Os Agentes Comunitários de Saúde do Brejo da Madre de Deus, Agreste Central de Pernambuco, na última sexta-feira, durante participação no Programa Sidney Lima, desmentiram a informação do prefeito Roberto Asfora (PP) que dava conta que a categoria não estava com seus salários atrasados.
“Estamos sem receber realmente, tá atrasado o nosso pagamento, pois ele falou na mídia que o salário tá tudo na conta, na conta deles, pois da gente ainda não, pois o de Junho, foi repassado desde o dia 12, o Ministério da Saúde manda o pagamento da gente junto com o de Endemias, os dos Agentes de Endemias estão em dia, mas Agente de Saúde não!”, enfatizou a ACS Jadivânia Souza.
O presidente da Associação dos Agentes Comunitários de Saúde do Brejo, Airon Dantas, informou que já enviou vários ofícios para o Governo Municipal, na tentativa de resolver o impasse, no entanto, sem solução até o momento.
“A gente tá recebendo 15 dias após o dia 30, em média, dia 12 a dia 15, então sempre é pago com atraso, ou seja, entrou agora dia 12 a parcela do mês 06/2023, que hoje a Prefeitura usa esse recurso do mês de junho pra pagar maio, se quisesse pagar hoje o salário do mês de junho dos agentes de saúde, já poderia, mas infelizmente não vem acontecendo isso, a gente vai receber o salário de junho lá quando chegar o repasse do mês de julho. Então sempre pagando com atraso”, pontuou.
Outros problemas apontados pela categoria é que, há muitos anos não recebe se quer fardamento para trabalhar, a defasagem do salário mínimo para Agentes de Saúde que não atende a lei federal vigente e a luta que se estende há cerca de dois anos, pelo programa de incentivo Previne Brasil que a gestão se nega a conceder.
Nesta quarta-feira, a secretária de Saúde, Anne Gabrielle, se pronunciou através de vídeo pontuando que o prefeito Roberto Asfora já havia enviado projeto para conceder o reajuste salarial dos Agentes de Saúde para o poder legislativo e estaria aguardando apenas a Câmara de Vereadores aprovar.
A reportagem do Agreste Noticia por sua vez, apurou que o projeto só chegou na Casa de Leis José Cupertino antes de ontem, ou seja, após a pressão da categoria e repercussão na Rádio Vale FM.
Já ao contrário da afirmação do prefeito de que não havia salário atrasado, a Secretária confessou que existe um mês pendente, no entanto, acusa o Ministério da Saúde de não ter feito o repasse da parcela de dezembro de 2021, há mais de um ano.
Ela evitou esclarecer pontos como a ausência do programa Previne Brasil e a falta de fardamento para a categoria que estuda até promover uma greve, caso os problemas não sejam sanados.
Do: Blog Agreste Notícia
Nenhum comentário:
Postar um comentário