Lugar de mulher é onde ela quiser
Estamos terminando o mês Março, mês duplamente significativo, primeiro por ser um mês que é comemorado o dia Internacional da Mulher, momento onde intensificamos a reflexão sobre o redirecionamento da mulher na sociedade e todas as suas lutas para a conquista de seu espaço para fazer valer sua voz, com alguns grandes desafios, como superar a violência que ainda somos diariamente acometidas numa sociedade que insiste em manter traços patriarcais , heterossexuais , Branco.
Segundo porque estamos vivendo um período que antecede eleições municipais onde poderemos renovar nossas câmaras de vereadores. Nesse contexto tão significativo que gostaria de me debruçar, pois o Brasil tem arraigado em suas raízes históricas a participação discreta de mulheres no espaço de poder.
De forma específica gostaria de citar Santa Cruz do Capibaribe, cidade de uma grande pujança econômica onde o papel da mulher foi e é imprescindível para esse desenvolvimento, mas que nos espaços de poder temos apenas uma vereadora eleita em meio a dezessete vereadores.
É importante saber que essa participação mais ampla é imprescindível para que o espaço seja ampliado para que mais mulheres possam fazer valer vozes que insistem em ser invizibilizadas mesmo mediante alguns singelos progressos. O peso de militar na vida pública é um grande desafio para mulheres, sendo mãe, dona de casa, mantenedora muitas vezes de seu lar, tendo que ter diversas jornadas de trabalho, e além disso fazer valer sua ideias, com a militância necessária para que a sociedade reconheça as bandeiras de luta.
Portanto é importante nos mulheres que somos maioria em nossa cidade entender que legitimar a participação, valorização e respeito também perpassa da ocupação dos espaços de poder, pois neles se dão as decisões e priorização de políticas públicas que poderão propiciar ainda mais a igualdade de direitos. Só a voz do oprimido pode libertar do opressor, jamais poderemos esperar o contrário.
Esperamos então que 2016 seja um marco onde as mulheres de Santa Cruz possam ser conduzidas pelo povo para fazer de fato a diferença no legislativo, na perspectiva de uma sociedade mais justa e mais igualitária.
Jéssyca Cavalcanti