“Eu não posso esquecer jamais as coisas que marcaram a minha vida e a historia da minha cidade”. Desta forma José Bezerra da Costa o ‘Zé Minhoca’ inicia o Bate-Papo Direto ao Ponto, relembrando causos e curiosidade da sua vida.
Nascido em 4 setembro de 1950, ele é um dos 11 filhos de Manoel Floro da Costa e Florinda Bezerra da Costa. É vereador de segundo mandato, foi jogador de futebol, é Policial Rodoviária Federal, formado em Direito e Ciências Sociais e cheio de histórias para contar.
Infância
As curiosidades da vida de Zé minhoca já iniciam na data de nascimento. Registrado apenas um dia após o nascimento (que aconteceu na Rua Padre Zuzinha), sua documentação consta do dia 5.
Filho do popular Manuel do ‘Motor’, tem orgulho em dizer os motivos de tal referencia. O pai era responsável pelo motor de energia, em tempos que a cidade de Taquaritinga do Norte ainda era precária com iluminação Pública.
“Nasci na Rua Grande. Foi lá que solidifiquei minha formação moral, cívica e religiosa”, diz contando que teve como amigos de infância Zé Elias, hoje vereador, ex-prefeito Aragãozinho, advogado Manuel Ramos, entre tantos outros.
“Nas casas que existiam nas nossas poucas ruas, não existia muro de alvenaria. Era de vara mesmo. E tínhamos essa grande aproximação”, diz e acrescenta. “Eu amo lembrar essas coisas”.
Desvendando o ‘mistério’ - José Bezerra da Costa se transformou em ‘Zé Minhoca’ ainda criança, quando catava minhocas nas terras do Rio Capibaribe, e vendia por ‘notinhas de papel de cigarro’. “Eu puxava um carrinho e quando passava ‘Seu Rodolfo’ que já foi vereador, dizia ‘lá vem o Zé da Minhoca’”.
Menino travesso
A paixão pelo futebol surgiu desde cedo. Desde o tempo em que a diversão, na areia do Rio Capibaribe, era diária com os amigos Nivaldo, Ademir, Zé Elias e tantos outros garotos da época. “Desse tempo ainda jogava com Fernando Aragão, era goleiro muito ruim e Zé Elias só jogava por que era o dono da bola”, brinca com os atuais colegas vereadores. “Jogávamos com bola de meia que enchíamos com outros farrapos, quando não tinha uma bola de verdade”, completa mais à frente.
‘Bola’ pesada – Das travessuras de meninice, relembra uma das que aprontou com Zé Elias, que lhe rendeu remorso e intriga por alguns dias. “Zé Elias era quem tinha dinheiro para comprar bola e certa vez peguei um coco e falei olha aqui Zé comprei a bola desta vez”, fala acrescentando que o amigo sempre teve dificuldade de visão. O chute foi de primeira e evidente que não gostou nem um pouco. “Ele ficou chateado e eu depois fiquei com remorso, mas são coisas de criança e depois fizemos as pazes novamente, ele me perdoou”, conta aos risos.
O estouro – As travessuras do pequeno Zé Minhoca foram determinantes para ganhar uma proibição de entrada no ‘Cinema de Joel’, lugar de encontro e diversão da época. Uma bomba em meio a um suspense numa sessão foi o estopim para ganhar a suspensão definitiva.
Coisa séria
As brincadeiras de menino lhe fizeram jogar no Ypiranga e Central de Caruaru, como meia esquerda. “O futebol abriu muitas portas sociais e políticas para mim depois”, conta.
“Uma partida aqui contra o Central foi o que fez despertar esse interesse em mim, para seguir para Caruaru. Depois levei Domir e outros. Eu tinha esse sonho de ser jogador, depois disseram que era melhor seguir na polícia”, relembra com saudade.
“Mas o tempo que passei por isso foi muito bom. O esporte me levou a conhecer e frequentar a casa de Zé Queiróz. E tinha uma Brasília na época e só emprestava a mim. Foi através disso que cheguei a Fernando Lyra também que foi meu líder e professor. Minha família em Caruaru tem até hoje uma convivência harmônica com eles”, destaca.
Estudo e trabalho
Os estudos básicos foram concluídos no Ginásio Santa Cruz e seguiu para Caruaru para completar e ingressar, no ensino superior, em Caruaru.
Formou-se em Direito pela Faculdade Associação Caruaruense de Ensino Superior (ASCES) e Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FAFICA).
Na Capital do forró ingressou na Polícia Rodoviária na turma de 1975 e trabalhou na Serra das Russas e em São Caetano, Quipapá, Moreno, além de ter sido superintendente em Garanhuns.
Política
A política esteve presente na vida de Zé Minhoca desde jovem, em disputas e participações em Diretórios Acadêmicos. Ainda criança, o pai era um dos poucos homens que tinha um caminhão na cidade, que era cedido em períodos eleitorais para o grupo denominado ‘Boca-Preta’ realizar seus comícios.
2000 - Pra disputar de fato uma vaga na Casa José Vieira de Araújo, porém, não foi fácil. “Não permitiam que eu fosse candidato. Nanau sabe a luta que foi. Eu insisti, inssti até conseguir ser candidato”, relata.
O resultado não foi o esperado. Ficou na primeira suplência conquistando 803 votos e vendo seu candidato a prefeito, Ernando Silvestre ser derrotado para José Augusto Maia.
2004 - Vence pela primeira vez para Câmara. Obtendo 1523 votos foi oposição no segundo mandato de José Augusto Maia como prefeito, que havia vencido Dr.Nanau.
A outra versão - Durante esse mandato, uma polêmica circula nos bastidores da Casa. Contam que Zé Minhoca ameaçou presentes com uma arma, no Plenário. Ele reconhece que expulsou alguns desordeiros, mas desmente estar armado.
“É lenda. O presidente era Dimas Dantas e a situação, liderada pelo vereador Ernesto Maia, levava funcionários da Prefeitura para tumultuar e Dimas não teve coragem de fazer o que eu fiz, de botar para fora, como faria hoje, por que a Casa é do povo, e moleques foram para vaiar colegas. Nem foi comigo, mas tomei as dores. Já fui trabalhar de farda, mas tirava a arma e guardava no cofre, tudo certo”, diz.
2008 – Fica novamente na suplência, por poucos votos, com 1447 votos. Para prefeito Toinho do Pará é eleito sob Edson Vieira.
2012 – Conquistando a votação mais expressiva até hoje, com 1707 votos é eleito pela segunda vez. Sendo pela primeira vez situacionista na Câmara, com o prefeito Edson Viera derrotando Zé Augusto.
Jogo rápido
Augustinho Rufino - Meu líder político numero 1
Ernando Silvestre – idem
José Augusto Maia – Deixa muito a desejar
Dimas Dantas – Esse, prefiro ficar calado
Zé Mendonça – Idem
Ernesto Maia – Tem talento, porém deve mudar o seu comportamento político
José Queiroz – Nota 10
Zilda Moraes - Já fez muito pela nossa cidade
Carlinhos da COHAB - Sem comentários
Diogo Moraes- Muito bom
Edson Vieira - Eu seria suspeito para dizer que é nota dez? É nota 10. Ypiranga – Minha vida
Santa Cruz do Capibaribe - Mais que minha vida é minha alma. Meu passado, meu presente meu futuro, por que eu vou embora, mas minhas gerações vão ficar aqui. Só se cair no oceano, caso contrário vou ficar aqui nessa terra.
Nenhum comentário:
Postar um comentário