A sessão plenária da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) desta quarta-feira (13) foi marcada por denúncias de deputados sobre supostos perfis organizados para atacar instituições e políticos do estado nas redes sociais.
O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), defendeu os parlamentares e pediu respeito ao Legislativo. Chamando o grupo de “milícia digital”, ele criticou o possível uso de recursos públicos para financiar os ataques.
“Em nome desta Casa, eu exijo respeito. Isso vai ser apurado. Já há indícios de que estão usando dinheiro público para atacar deputados. São cerca de 18 parlamentares sendo alvo. A Justiça vai agir e, no momento certo, voltarei a esta tribuna para falar como deputado Álvaro Porto. Essa milícia digital, esses canalhas, vão ter a resposta porque não sabem com quem mexeram”, afirmou.
A primeira a abordar o caso foi a deputada Dani Portela (Psol), que disse ter identificado mais de 300 perfis atuando de forma coordenada para disseminar notícias negativas e promover ataques contra sua página no Instagram e de outros 16 parlamentares. Segundo ela, há indícios de ligação entre os perfis e pessoas lotadas na Secretaria Estadual da Casa Civil.
“Mapeamos e rastreamos uma rede com mais de 300 perfis interligados que, de forma sistemática, atacam personalidades políticas e poderes constituídos. Foram alvos o presidente Álvaro Porto, o presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco, desembargadores, o Tribunal de Contas do Estado e seus conselheiros. Nesta Casa, 16 parlamentares, além de mim, foram vítimas desses ataques”, denunciou Dani Portela.
Sobre o caso, a Secretaria Estadual de Comunicação afirmou, em nota, que a publicidade institucional segue critérios técnicos baseados em alcance e interesse do público, negando qualquer envolvimento no financiamento de ataques pessoais.
Confira a nota completa:
Nota da Secretaria de Comunicação do Governo de Pernambuco
A veiculação de publicidade institucional do Governo de Pernambuco segue critérios técnicos, baseados em alcance e afinidade de públicos, sempre com o objetivo de garantir que as informações de interesse da população cheguem de forma ampla e eficiente.
A Secretaria de Comunicação não fomenta qualquer tipo de ataque pessoal, disseminação de informações falsas ou uso indevido de recursos públicos para fins que não sejam estritamente institucionais. O canal em questão servia tão somente para a divulgação de ações do Governo, sem ofensas ou mesmo menções a grupos políticos.
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