Dimas quebra o silêncio e coloca nas ‘mãos’
de Edson o seu futuro político
Depois
de meses de silêncio, o vice-prefeito de Santa Cruz do Capibaribe, Dimas Dantas
(PP) concedeu entrevista na manhã desta terça-feira (03) a Rádio Polo FM. Dimas
falou inicialmente sobre a polêmica deflagrada a partir da
publicação da Revista Capibaribe, onde em uma de suas reportagens, a
publicação mostrou o que pode ser o fim de uma disputa judicial iniciada em
1997 e que envolve a doação de áreas públicas no fim do governo do ex-prefeito
Aragãozinho, em 1996, para mais de 400 pessoas.
Para
o vice-prefeito, a Lei está correta em sua essência, já que, para ele, não teria sido elaborada para legalizar as
doações, mas para regularizar outros casos vindos de outras gestões,
priorizando pessoas carentes. “O espírito da Lei era: se o imóvel está
construído, você vai derrubar a casa de uma pessoa porque ele está lá e
construiu? Mesmo que de forma ilegal, mas construiu. O Poder Público foi omisso
ao deixar ele construir, porque o Poder Público deveria embargar a obra na hora
em que se começasse a cavar”.
Segundo
Dimas, a maioria esmagadora dos políticos de Santa Cruz nunca pensou e nem
pensa nessa questão. “Desde o governo de Padre Zuzinha existem pessoas que
ocupam terrenos públicos em Santa Cruz que não são legalizados. É necessário
que se busque uma maneira de legalizar esses terrenos”, disse ele, que seguiu,
“tem muita gente que ganhou dinheiro demais negociando terrenos públicos, teve
gente que enricou vendendo áreas públicas, algo que chega a ser vexatório”.
Audiência
em Recife - Outro assunto abordado por Dimas na entrevista foi a audiência,
ocorrida na ultima semana, em Recife, entre o prefeito de Santa Cruz, Edson
Vieira (PSDB), o secretário de Defesa Social do Estado, Alessandro Carvalho e
representantes de segmentos de classe da Capital das Confecções. “Meu amigo,
quando falamos de segurança pública, o dever de casa tem que ser feito
primeiro. Além disso, o prefeito agiu com acepção com as pessoas, pois um
assunto como o que foi tratado na oportunidade, deveria ser discutido por
todos”.
Futuro político –
o vice-prefeito falou ainda do seu futuro politico, considerado uma incógnita
por todos. “Eu me sinto responsável pela atual administração, pois participei
de uma campanha e discursei em palanques. Se Edson não for um bom prefeito eu
não continuarei na política, pois eu não sou homem de duas palavras”, falou.
Ele
colocou nas ‘mãos’ de Edson a decisão de seguir ou não na política local.
“Resta saber se Edson permitirá ou não que eu continue na política. Se ele for
um bom prefeito, eu continuarei a militar na cena politica local, caso
contrário, se ele for um péssimo prefeito, eu não terei cara de olhar na cara
das pessoas de minha cidade”.
Críticas a Edson e Diogo –
“Eles, o deputado e o prefeito, enganaram o pessoal de Santa Cruz com a duplicação da estrada (PE-160).
Disseram que a estrada era uma conquista do prefeito e do deputado, quando na
verdade a obra não existe. Vejo festas promovidas pelo prefeito e pelo deputado
onde o povo vai até lá aplaudi-los e confesso que não entendo, como as pessoas
enganadas e vão até lá aplaudir”.
Críticas a oposição –
“A oposição precisa tomar uma posição. Se não houver pressão por parte da
oposição essa estrada não sai nem tão cedo, pois o deputado não tem força de
exigir que a obra seja retomada”, disse Dimas, que prometeu ainda visitar
outros meios de comunicação, ao longo das próximas semanas, em uma demonstração
clara de que resolveu quebrar definitivamente o silêncio.
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