Escola Dinâmica aponta dicas para orientar seu filho a usar a internet de modo seguro
Alerta: Não São apenas amigos que navegam na internet |
Como ninguém sabe ao certo o que fazer, cada família (e escola) opta por um modo de conduta. O comportamento deve ser idêntico ao que se assume em sociedade. Se existem direitos e deveres em casa e na escola, também existem na rede. E, mesmo na ausência de uma ética instituída, existe o bom senso. Segurança, na internet, é tarefa a ser resolvida por pais e professores.
É preciso educar os mais jovens a se comportar na internet. As crianças já nascem mexendo na internet, mas isso não significa que elas sabem como agir. Cabe aos pais orientar como deve ser a navegação na internet. É igual ao que acontece em qualquer outro momento da vida de uma criança, que aprende a se portar com os mais velhos, a ter maneiras à mesa etc. Só que isso não acontece de modo automático. Em algum momento, é preciso ensinar à criança o ser e o estar na rede. O que não pode ser entendido de modo diferente à ética que se deve ter no trânsito, no trabalho etc. Afinal, o respeito ao próximo tem o mesmo valor na internet. A seguir, dicas que orientam pais e professores em nome da navegação segura de filhos (e alunos) na internet.
1 - Controlar o tempo de uso do computador, do tablet etc, é questão de rotina, que deve ser seguida com disciplina
Crianças precisam ter o dia a dia organizado - hora de comer, de brincar, de tomar banho, de estudar e também de se conectar a internet. E isso não é diferente das outras atividades diárias da criança, é preciso criar horários razoáveis de acordo com a maturidade e o interesse dela por navegar. O importante é estabelecer um combinado, que deve ser seguido à risca para dar certo. Porque o perigo não mora apenas no computador, mas sim no Ipad ou no celular que se tem acesso no escuro do quarto etc. Por isso, é fundamental criar uma relação de confiança com a criança desde cedo, fazendo prevalecer o combinado.
2 - Seu filho faz ideia do que deve ou não postar na rede social?
Atenção: quanto mais cedo você trabalhar com ele o significado de privacidade melhor! Aos poucos, ele irá aprender a categorizar os contatos, colocá-los em ordem de importância - pode ser imagem ou comentário. É preciso trabalhar logo com a questão da privacidade, eu diria que a partir dos quatro anos a criança já consegue entender por que ela não deve divulgar fotos pessoais na rede. Navegar de modo seguro significa não se expor, nem ficar ostentando do tipo ‘o que eu tenho’, ‘o que vou comprar. Os pais precisam estimular seus filhos a compartilhar ideias na internet, evitando a valorização excessiva do que é material. Vale a pena bater na tecla, repetir a ladainha para seu filho perceber o grande perigo - seja texto ou seja imagem, basta cair na rede para ficar armazenado
3 - A internet é um imenso espaço público. Os documentos que seu filho compartilha com os amigos dele não ficam apenas entre eles
Sim, a internet torna pública qualquer informação pessoal que for divulgada numa rede social, por exemplo. Por isso, atenção! As redes são bacanas para encontrar amigos e divulgar comentários, fotos e vídeos... Mas há um perigo: os cadeados e bloqueios de acesso podem ser removidos por pessoas mal intencionadas - e os dados acabam sendo manipulados por quem deseja ofender e mesmo chantagear.
4 - Pais e professores devem assumir o compromisso de se manter informados sobre a internet
É preciso conhecer os ‘cantos’ desse território para ser capaz de avaliar o que acontece diariamente entre seu filho/aluno e a rede, ou se corre o risco de generalizar, continuando a lidar com um universo desconhecido. O que é aconselhável fazer: Mamãe e papai deveriam fazer um grande ‘tour pela rede. Pais que aprendem a navegar saberão orientar os filhos a privilegiar a navegação com segurança. É igual à leitura - pais com hábito de leitura têm filhos mais afeitos a lerem também.
5 - Pais precisam encontrar tempo para dedicar aos filhos. Só assim serão capazes de acompanhar as mudanças que acontecem com enorme velocidade no universo da internet
Entre outros exemplos, é preciso evitar aquele comportamento típico de quem chega cansado do trabalho e não quer saber mais de se aborrecer em casa, pegando no pé do filho que gasta o tempo inteiro grudado na tela do computador. Claro, se existir uma relação de confiança, será bem mais fácil aos pais, por exemplo, participar das redes sociais dos seus filhos - e assim conseguir algo muito importante, acompanhar que tipo de site eles gostam de acessar, com quem preferem trocar mensagens, que chats visita e assim por diante. Mostre que você se interessa em navegar na internet e que gostaria de participar desse tipo de atividade com seu filho, facilitando a aproximação.
6 - Computadores devem estar instalados em lugar de passagem - e não atrás de uma porta com chave
Desse modo, será mais difícil para o seu filho acessar um site adulto ou algo não recomendável para a idade dele, por exemplo. Ou mesmo, sofrer algum tipo de constrangimento na rede social, sem despertar a atenção de quem vive ao lado dele.
7 - Não há filtro capaz de tornar 100% segura a navegação na internet
Apesar da boa oferta de filtros que hoje podem ser adaptados aos sistemas de navegação (Explorer, Google Crome etc.) - e que conseguem evitar o acesso a sites em nada recomendados para os mais jovens -, segurança total não existe ao navegar na rede, assim como o que acontece na programação da TV. A título de exemplo, e se uma imagem forte, pornográfica, aparecer de repente na tela do computador, você acompanhando a navegação do seu filho, como deve reagir? Ser frontal, explicar porque aquele conteúdo nada tem a ver com a vida dele, com a rotina da casa em que vive, evitando fugir desse tipo de conversa. Filtros podem ser úteis, minimizam o acesso, mas não são a solução. Na verdade, eles funcionam como muletas dos pais que querem se livrar de agir com disciplina na relação com os filhos.
Sabe-se que nos dias atuais é tarefa difícil controlar o uso de eletrônicos, mas quanto melhor informados pais, responsáveis e professores estiverem, melhor.
Texto selecionado e adaptado por Escola Dinâmica.
Conteúdo original do site Educar para Crescer.
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