Alunos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos são medalhistas em campeonatos pernambucanos de Jiu-Jítsu
Prevenir as práticas ilícitas durante a formação de crianças
e adolescentes, além de oportunizar o acesso às informações sobre direitos e
participação cidadã, tem sido uma missão diária da Prefeitura de Santa Cruz do
Capibaribe através da Secretária de Cidadania e Inclusão Social. O núcleo do
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) no bairro D. Lica I
e II, tem acolhido diariamente aproximadamente 300 crianças e adolescentes para
os treinos de jiu-jítsu, judô e capoeira. Entre outras ações socioeducativas,
como palestras e encontros quinzenais para discussão de temas contemporâneos.
Para a secretaria de Cidadania e Inclusão Social, Alessandra
Vieira, os diversos núcleos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de
Vínculos, espalhados pelo município, tem atribuições socioeducativas que visam
contribuir para a formação dos usuários. “O SCFV tem um caráter preventivo e
proativo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de
capacidades e potencialidades dos usuários, objetivando o alcance de
alternativas emancipatórias para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais,”
explicou a Secretária. Além do bairro Dona Lica, contam com núcleos do SCFV, os
bairros Santa Tereza, Bela Vista, Acauã, Oscarzão, Nova Santa Cruz e Palestina.
Na zona rural, em Cacimba de baixo e na Vila do Pará.
O SCFV realiza atendimento a crianças e adolescentes, de 6
aos 17 anos, visando garantir especialmente o direito à convivência familiar e
comunitária. Segundo a coordenadora do SCFV, Emanuela Silva, o programa ocorre
por meio de trabalho em grupos ou coletivos e organizam-se de modo a ampliar
trocas culturais e de vivências. “Buscamos desenvolver o sentimento de
pertencimento e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a
socialização e a convivência comunitária. No caso do núcleo do bairro Dona
Lica, as práticas esportivas do jiu-jítsu, judô e capoeira, tem proporcionado
benefícios físicos e psicológicos para os assistidos pelos SCFV,” declarou a
coordenadora. Os demais núcleos dispõem de oficinas de artesanato, teatro,
música, percussão, entre outros.
As aulas de jiu-jitsu, acontecem diariamente no núcleo do
Dona Lica, no contra turno do horário escolar dos alunos. A monitora, Meiry
Farias, explicou com acontece algumas práticas socioeducativas no SCFV.
“Mensalmente, a secretária de Cidadania e Inclusão Social, envia um estudo
temático sobre os temas que norteiam a vida dos usuários. No dia 15 de cada
mês, fazemos um grande encontro com todos os assistidos pelo nosso núcleo para
dialogarmos sobre o tema proposto; e no dia 30, nos reunimos com todos os
núcleos no teatro municipal para assistirmos as palestras.” Após cada
atividade, seja nas dependências dos núcleos ou fora dele, é dedicado um tempo
para o lance, onde crianças e adolescentes compartilham as experiências e ações
do seu núcleo.
Professor do projeto social Gracie Barra – PE, o oficineiro
Rogério Farias, ressalta que a prática de esportes contribui para que as
crianças e adolescentes adquira hábitos saudáveis. “Neste núcleo, ensinamos e
treinamos nossas crianças e adolescentes para o Jiu-Jitsu, uma modalidade
esportiva que muda os hábitos alimentares e comportamentais de seus
praticantes. Além de agregar valores e princípios para promoção da vida”,
disse. Muitas das crianças e adolescentes assistidos pelo programa tornaram-se
medalhistas. “Temos uma campeã mundial, um Pan-americano, um Sul-americano, um
Mercosul e vários pernambucanos”, enumerou Rogério. Recentemente, o programa
enviou 66 alunos para a primeira etapa do Campeonato Pernambucano, dos quais 58
retornaram com medalhas. A segunda etapa está marcada para os dias 12 e 13 de
setembro e contará com 90 alunos do SCFV.
Disciplina e formação de Cidadãos
A disciplina pregada nas aulas de jiu-jítsu tem sido
aprovada pelos pais das crianças acompanhadas pelo Serviço de Convivência e
Fortalecimento de Vínculos. “A pratica do Jit-Jítsu oferecida por este núcleo,
foi primordial para que o meu filho ficasse mais obediente e concentrado nos
seus objetivos,” declarou o servidor público Jairo Nascimento. Opinião
semelhante a do confeccionista Junior Nascimento. “Antes ela não participava de
nenhum tipo de atividade esportiva, ao ingressar neste núcleo, ela se apaixonou
pelo Jiu-Jítsu e hoje não perde uma aula. Pelo contrário, me lembra dos
horários das aulas. Só a gradecer a prefeitura e ao professor Rogério pelo
excelente trabalho realizado com nossas crianças.”
Assistido pelo programa desde os 09 anos de idade,
Ronyanderson Santos, já participou de 15 campeonatos e sonha em alcançar a
faixa verde. “Antes de participar do SCFV, eu não tinha nada pra fazer em casa,
passava boa parte do tempo brincando na rua. Hoje, não perco uma aula do
programa e se Deus quiser um dia serei mestre,” planeja o adolescente. O
sistema de graduação de faixas de Jiu-Jítsu representado pela sequência de
cores do Jiu-Jítsu foi criado com o intuito de uniformizar e facilitar o ensino
e a prática do Jiu-Jítsu brasileiro. Para participar do SCFV, os pais ou
responsáveis devem se dirigir a secretaria de Cidadania e Inclusão Social, com
a cópia do RG, CPF, cartão do Bolsa Família e comprovante de residência do
responsável e Declaração da Escola e RG ou Certidão de Nascimento, da criança
ou adolescente.
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