segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Bate-Papo Joselito Pedro

Professor formado em Letras, nascido em Santa Cruz do Capibaribe em 9 de junho de 1970, Joselito Pedro da Silva é o mais velho dos 8 filhos de Dona Délia e Jordão Pedro. De infância pobre, o atual secretário de educação do município se considera um vencedor na vida e contou, na ultima quarta-feira (07), causos e curiosidade que marcaram sua trajetória ao longo dos seus 45 anos.

Mais velho, ele é visto como referencia para os irmãos. Viaje no tempo e confira, nas próximas linhas, um pouco mais da vida do professor Joselito.

Infância

De infância simples, Joselito conta que suas lembranças de infância remetem à Avenida Padre Zuzinha, das brincadeiras, das primeiras pedaladas e dos amigos. “Meu pai tinha uma venda perto do Cruzeiro da Padre Zuzinha e minha infância, além de lá foi na Rua dos Currais e Rua do Alto”, diz.

Uma das brincadeiras preferidas: Escolinha. E ele coincidentemente, era o professor demonstrando que a vontade de lecionar surgiu cedo em sua vida.
Saudade eterna
A personalidade de Joselito tem a contribuição maciça de Dona Raimunda (Mãe Nana). ‘Queridinho da vovó’, além do ciúme dos outros netos e filhos, Joselito adquiriu ensinamentos que leva consigo até hoje.

“Fui muito mimado por ela... Minha vó mãe Nana, é de fato minha referência, a pessoa que me faz mais falta e devo praticamente tudo. Minha infância foi praticamente na casa dela. Passava o dia lá e só voltava pra casa para dormir”, relembra.

Foi com ela também que o pequeno Joselito aprendeu a fazer queijos. “E modéstia a parte, meu queijo é muito gostoso”, brinca.

Estudo

Boa parte dos seus estudos foram na Escola Padre Zuzinha, onde concluiu o ensino médio. Disciplinado e organizado, nunca chegou a repetir em nenhuma disciplina. Aluno da primeira fila e responsável por organização de alunos para passeios e atividades.

Ensino Superior

Aos 21 anos conclui, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (FAFICA), o curso de Letras. “Foi o melhor tempo da minha vida. Estudei com professora Nice, Avani Lopes, e tantas outras. Não tinha dinheiro pra sopa, mas era feliz”, conta.

Trabalho

Aliado aos estudos, o trabalho é algo presente na vida de Joselito desde os oito anos, ajudando uma tia na produção de calções. “Estudava pela manhã e cortava calções à tarde na casa de tia Rosa. Pegava o dinheiro na segunda e dava a minha mãe com oito anos”, diz. 

Além disso, estampador, office-boy e operador na Rádio Vale do Capibaribe. “Era ‘Ondas de Arte’ a estamparia. Existe até hoje e é do meu irmão”, fala.

Sobre os ‘tempos de Rádio Vale’, Joselito conta como conseguiu o emprego, os colegas de trabalho e um caso inusitado durante a disputa eleitoral de 1988 entre Ernando Silvestre e Oseas Moraes.

“Comecei na inauguração em 1985. Antes da inauguração, minha vó já tinha dito a Zé Mendonça (deputado e primeiro dono da Rádio) que colocasse o neto, se não ela ‘se passava’”, brinca e prossegue. “Comecei como office-boy, levava o jornal todos os dias para que fosse jeito a leitura no ar Pela manhã”.

“Nesse tempo, trabalhava Amaro Dias, Compadre Neto. Silvio José chegou eu já estava, Geraldo Silva, HildoTeixeira, Ronaldo Pacas, Messias Chagas, Leno Silva... e trabalhei com Natálio Arruda no ‘Terreiro da Fazenda’ também”, relembra.

O caso – Em 1988, Ernando Silvestre e Oseas Moraes eram os protagonistas da eleição municipal. E Joselito era o operador da Rádio Vale que transmitia os guias eleitorais dos candidatos.

Durante o guia de Oseas, Joselito se confundiu nos botões na mesa de som, e junto com a gravação do candidato a prefeito, saiu no ar a voz de uma senhora que gravava seu programa de mandigas e magias.

Não demorou muito tempo para que o candidato e correligionários fossem até a rádio tirar satisfação com o jovem. Sua salvação foi Pedro Maia, amigo de Joselito acredita que não havia sido maldade.

“Mesmo na hora que a mulher falava de galinha, encruzilhada... e Professor Colares me liga perguntando se eu estava louco e quando vejo tá na porta Oseas e a tropa toda. Pedro Maia, sempre gostou muito de mim, acalmou todo mundo e disse que não era maldade. Mas Oseas ficou brabo”, diz e prossegue. “Daí surgiu a historia da pomba gira, mas foi não foi minha culpa”, diz aos risos.

Como professor...

Ele lecionou no Santo Antônio, Dinâmica antes mesmo de ser o proprietário, Sevy Barros, Senador Ronaldo Aragão e na Zona Rural do município, tendo sido, inclusive, gestor na escola do Pará.

Família

Casado há 23 anos com Sioneide Xavier, tem três filhas: Crislayne Priscila (23 anos), Jordânia (19) e Maria Eduarda (15).

Político

Joselito começou a militância ainda menino. Tradição da avô e mãe e ele seguiu e não perdia um comício ou passeata.
“Eu tinha um macacão que usava para pular nas passeatas
de Salete, e certa vez Ronaldo Pacas de cima do carro falou ‘Joselito e sua turma da juventude’, eu ficava doido e muito eufórico por que essa paixão vem desde a minha mãe, romeira de Padre Zuzinha”, diz acrescentando jingles da campanha do padre.

Por vários motivos conta que a campanha de 2012, vitória de Edson Vieira frente a José Augusto Maia, marcou sua vida.
“Indiscutivelmente 2012 foi a eleição da minha vida. Uma luta enorme e um sonho de uma Santa Cruz do Capibaribe melhor. Campanha de vereador , de prefeito quando perdemos para Toinho... então essa vitória de Edson foi um marco. Algo que nunca vou esquecer na minha vida”, frisa.

Fato triste

Em 2013 um acidente assustou familiares e amigos. O caso é guardado como exemplo. “Muito grave e sério. Fica a lição. Eu misture álcool com volante e não deu certo. Exemplo negativo para que as pessoas não sigam. Fiquei 45 dias internados e tenho sequela desse acidente. Tudo que vivemos, precisa ser contado para que as pessoas fiquem com exemplos do que fazer e não fazer, e esse é um exemplo claro para não seguir”, diz.

Jogo rápido

Mãe Nana (avó) – Minha vida
Dona Délia (mãe) – Amor maior
Jordão Pedro – Meu exemplo
Priscila, Jordânia e Maria Eduarda – Maior presente que Deus me deu
Dimas Dantas - Um amigo que respeito
Zé Augusto - Não gosto dessa figura
Alessandra Vieira - Uma irmã que a vida me deu
A educação – É o que mais me preenche me dá orgulho a profissão que escolhi e não me arrependo
Santa Cruz do Capibaribe – Meu amor minha paixão.

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