Bate Papo Toinho do Pará
Antônio Figueroa de Siqueira (52 anos) nasceu na Vila do Pará no dia 08 de fevereiro de 1964, filho de Agostinho Roqueira de Siqueira e Terezinha Figueroa de Siqueira, tem seis irmãos: Sebastião Figueroa, Hosana Figueroa, Maria Gorete, José Roberto, Cláudio Figueroa, José Carlos (in memorian), divorciado e pai de cinco filhos: Poliana, Larissa, Tony, Maria Clara e Ana Cecília e avô de Júlia. Toinho do Pará como é mais conhecido, já exerceu os mandatos de vereador, vice-prefeito, deputado estadual e prefeito por um mandato. Antes de tudo isso chegou a se apontador de uma frente de emergência (um programa emergencial que Miguel Arraes criou para combate à seca e chegando), e depois chega a ser um dos políticos de maior carisma diante da população.
Atualmente exerce o cargo de assessor do deputado estadual Diogo Moraes e é suplente da ALEPE, tendo esse ano de 2016, a chance de assumir o seu mandato de deputado estadual, já que ocorrerão eleições municipais. Contaremos a trajetória de Toinho do Pará desde a infância até os dias atuais.
Infância - Nasceu no sítio Cactos, e se mudou sítio Areal, a 2km do Pará.
Vindo de família humilde, Toinho do Pará teve uma infância simples de sítio, onde tinha brincadeiras legais e jogava muita bola com o amigo Dida de Nan e Zé Boi. “Crescemos assim com essas brincadeiras boas e saudáveis”.
Pescar é seu hobby - Um de seu hobby preferido é a pescaria, e Toinho do Pará citou uma história “um pouco desconfiada”, que foi de uma pescaria em Alcantil, na Paraíba.
“As minhas histórias de pescaria são verdadeiras, como eu nasci na zona rural, eu aprendi a pescar e a jogar o anzol, hoje ficou difícil devido à falta de água. Mas recentemente eu, Branquinho da Água na Boca e Ubirajara fomos a uma pescaria em Alcantil, e eles jogaram a tarrafa para lá e cá e cadê vim peixe, ai depois eu chamei Branquinho e Ubirajara e disse, vamos embora que hoje não tá pra pescar. Mas fui arriscar e quando puxei a minha tarrafa havia 170 peixes nela, eles ficaram impressionados comigo”, disse ele garantindo ser verdadeira a história.
Estudos - “Nessa época, tínhamos uma escola que se chamava Intermediária, e cada sítio tinha a sua escola, fazia do primeiro a quarta série, e a partir daí, seria na Vila do Pará, que era onde tinha da quinta até a oitava série”, disse
Primeira Professora – “Minha primeira professora foi Dona Júlia Alves, e teve também Lícia Mendes, o que vemos hoje é a nossa zona rural vazia, na época era meio a meio a população da cidade com os sítios, só que devido a confecção e as dificuldades da época, a maioria das pessoas vieram embora para a cidade”, relembrou Toinho, que ainda disse ter cursado o segundo ano, do segundo grau na Escola Padre Zuzinha.
Encanação dos braços, como assim? - “A minha irmã Hosana teve um de seus braços quebrados em uma queda de jumento, indo para a escola, e nós não tínhamos como vir até o médico, aí até hoje ela tem um problema nesse braço, só que naquela época tinha um homem chamado Fulô Pedro, que era quem fazia os trabalhos nas pessoas que quebravam o braço”.
Toinho relembrou de pessoas que são conhecidas e lecionaram na época, a exemplo de Alvino, João Nunes, Francisco Ricardo e Galego de Mourinha.
Trabalhos - “Tive um trabalho onde passava o dia observando os animais para eles não passarem por onde havia plantação, isso é chamado de pastoril, todos os meus irmãos foram para outros locais, e eu fui o único que fiquei mais com meus pais”, disse Toinho que relembrou que começou a trabalhar logo aos seis anos de idade na Agricultura.
Apontador da Frente de Emergência - “Logo após, fui escolhido pela associação e me tornei apontador da frente de emergência, onde tínhamos a intenção de combater à seca, a nossa missão era melhorar as estradas vicinais e limpar barragens para um maior acúmulo de água, e graças a Deus fiz um trabalho que tive destaque, logo após isso, passei a gerenciar todo o município”, disse Toinho, que após os destaques foi despertado no seu grupo para ser candidato a vereador no grupo “cabecinha”.
Vida Política - Após trabalhar na frente de emergência, foi convidado a ser candidato a vereador e disse ter sido a campanha mais humilde de todas. E até os dias atuais, Toinho do Pará já exerceu seis mandatos políticos em sua vida.
“Fiz minha campanha em uma bicicleta, depois meu pai cedeu o carro para que eu pudesse me deslocar e intensificar a minha campanha”, lembrou.
Na época, o seu grupo tinha 34 candidatos, e Toinho foi eleito na 4º colocação, tendo uma votação muito expressiva para a época, 750 votos, o ano era 1992.
Tremi no primeiro discurso – “Quando peguei no microfone, tremi nas bases, hoje estou mais habitual a isso, só que na época, nós de sítios nunca tínhamos nem visto som, imagina pegar no microfone para discursar”. Toinho foi reeleito em 1996, ampliando sua votação para 1696 votos.
Escolha para ser vice-prefeito em 2000 – Eleito vice-prefeito pela primeira vez, Toinho do Pará revelou que foi feito pesquisa e o seu nome era disparado pela opinião popular, “Foi uma campanha muito difícil, onde eu e Zé Augusto tínhamos que enfrentar Ernando Silvestre, que já era prefeito e estava indo para a reeleição, havia dificuldades porque eu e Zé Augusto não tinha dinheiro, o que eu tinha era um carro que após os comícios só pegava no empurrão”, disse ele relembrando que a eleição foi conhecida como a eleição do “tostão contra o milhão”.
Eleição a deputado estadual em 2002 – “Continuei a minha preocupação, fui eleito e comecei a atuar em áreas como saúde e nas causas sociais do meu povo, já havia o deputado estadual Augustinho Rufino de Melo, e eu fui enfrentar ele, ganhando aqui no um município e também fui eleito no Estado, só no sertão, sem ter nem comparecido de forma efetiva tive quase 3 mil votos”.
Comeu o Cartão de Silvio Costa? – Considerado um candidato a deputado estadual de um potencial pequeno, Toinho do Pará relembrou que o hoje, deputado federal Silvio Costa denominava ele de “caldo pequeno”, o que só serviria para eleger outros nomes, e a supressa estava para acontecer, Toinho do Pará teve mais votos do que o próprio Sílvio Costa que por pouco, não ficou de fora com apenas 18 mil votos.
“Silvio Costa quando me encontra, sempre relembra e diz que eu comi o cartão ele, que devido a isso quase que ele não consegue ser eleito, tenho um apreço muito grande por ele”.
Eleição de 2008 Toinho x Edson - “Foi uma eleição difícil, mas num determinado momento demos uma arrancada que nos levou a vitória”. Disse ele falando que na sua administração foi vítima de muito “fogo amigo” o que desgastou sua gestão o impossibilitando de concorrer a reeleição.
“O que me tirou a vontade de permanecer com os Taboquinhas e de até me reeleger, foi o Fogo Amigo, tinham pessoas que estavam conosco que não demonstravam vontade de ajudar ao meu mandato, isso me deixou muito decepcionado até mesmo com a política”.
No ano de 2014 foi candidato a deputado estadual com o apoio de José Augusto Maia ficando na primeira suplência com 22.854 votos, vê o grupo dividido e migra para o grupo boca-preta, onde segundo ele está muito bem a vontade.
Curiosidades - Considerado um dos políticos que mais está no “meio do povo” Toinho diz que já é de sua natureza servir as pessoas e ajudar enquanto pode, nunca se renegando a fazer qualquer tipo de coisa.
“Sempre tive a intenção de ajudar as pessoas, e isso é o que faço, às vezes passo em algum lugar tem um carro quebrado, eu vou lá olho, se não puder ajeitar ligo para alguém, só fico triste que quando tento ajudar e não consigo, mas enquanto eu puder faço qualquer coisa pelo meu povo, eu nasci para servir a todos”, disse Toinho.
“Peguei o meu botijão e dei a ela” - “Ajudo tanto as pessoas que uma vez uma mulher estava com uma gestante em minha casa e veio me pedir uma ajuda para comprar um botijão de gás, e eu no dia estava sem condição financeira, aí mandei ela levar o meu botijão e ela ainda passou quase 15 dias utilizando o que era meu”.
Sonhos para 2016 - Sendo cogitado para ser candidato a vereador e até a vice-prefeito, Toinho do Pará afirma que irá em busca de ajudar às pessoas e o grupo no qual pertence, deixando-se também a disposição de qualquer mandato.
“Quero ajudar ao prefeito Edson Vieira, Diogo Moraes e os vereadores, primeiro estou para ajudar a todos, se for para ser vereador eu irei, vice-prefeito também aceito, e se for pra ser cabo eleitoral aí sim é que vou correr atrás de votos e mantermos um governo que avança”.
Jogo Rápido
Miguel Arraes – Um mito;
Fernando Aragão – Pessoa boa;
Zé Boi – Amigo;
Zé Elias – Um grande homem;
Dida de Nan – Outro amigo;
Dimas Dantas – Pessoa boa;
Zé Augusto- Também não tenho o que dizer, meu amigo;
Diogo Moraes – Irmão camarada;
Edson Vieira- Estamos junto para o que der e vier;
Vila do Pará – É minha terra;
Santa Cruz do Capibaribe – Minha cidade, é meu amor de coração.

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