quarta-feira, 30 de março de 2016

Comissão de Finanças e Orçamentos ouve testemunhas de Zé Augusto no caso das contas de 2008

Na manhã da última terça-feira (29) a Comissão de Finanças e Orçamentos da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe se reuniu para discutir procedimentos relacionados a defesa das contas do exercício de 2008 do ex-prefeito José Augusto Maia. Na última sessão do dia 15 de março, o advogado Tallys Maia solicitou a presença de duas testemunhas. O Secretário de Finanças da prefeitura, Cláudio Ferreira e o contador Daniel Mendonça, ambos cargos ocupados na gestão de Zé.

Em seus respectivos depoimentos, o ex-secretário de finanças do município, Cláudio Ferreira deu declarações referentes aos valores que foram apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado onde aponta irregularidades, e pede a rejeição, por parte dos vereadores, das contas do ex-prefeito. Já Daniel Mendonça, afirmou que houve falta de planejamento da gestão para gerir os recursos públicos do município.

“A maior testemunha de Zé é o TCE” declara Cláudio Ferreira

Em seu depoimento, o ex-secretário de finanças da gestão de Zé Augusto em 2008, citou que o Tribunal de Contas do Estado aprovou, por unanimidade, as contas do exercício de 2008, onde dirimiu sobre os pontos mostrados como irregular. “A maior testemunha de Zé Augusto é o próprio TCE, que aprovou por unanimidade na sessão da Câmara deles em agosto do ano passado, que aprovou e deu todas as oportunidades de Zé se defender, onde aceitou as mesmas, aprovando assim, as contas”, disse a testemunha.

“Houve falta de planejamento da gestão”, afirma Daniel Mendonça

Daniel Mendonça, a segunda testemunha convocada do dia, destacou o seu profissionalismo de mais de 23 anos à frente do ramo contábil e que diferenças apresentadas que resultaram em um déficit de 1,5% do valor dos gastos da educação, caracteriza-se como valores dentro da normalidade considerado pelo TCE.

Citando também as divergências em valores da saúde e da educação, Daniel afirmou que em um dos anos, foi investido cerca de 6,5% a mais na saúde, o que não é permitido.

Questionado por Fernando Aragão (PTB), sobre os restos a pagar desses valores, Daniel foi categórico e disse “as explicações não são muitas não, faltou um pouco mais de planejamento para adequar esses valores, acho que a gestão não teve esse cuidado”.

“Alguns prefeitos gastam mais do que o que pode, tem que haver planejamento para que esses valores emprenhados sejam aplicados de forma correta, sem faltar e sem ultrapassar os limites”, finalizou a testemunha.

“Os professores ficaram sem receber devido à falta de planejamento”, criticou Junior Gomes

Questionado por Junior Gomes sobre a falta de recursos no final do ano de 2008, onde resultou ao não pagamento dos professores, sendo levado para o ano de 2009, onde Toinho do Pará teve que arcar com os valores, Junior criticou a falta de planejamento. “Como é que o débito era de R$ 6 milhões e a prefeitura só tinha em caixa, R$ 2 milhões, aí ficou esse débito de R$ 4 milhões para a gestão seguinte, que foi a do ex-prefeito Toinho do Pará”, citou Junior.

Os próximos passos, segundo o Presidente da Comissão Junior Gomes (PSB) será a leitura na próxima reunião, e que após isso, na quinta-feira (07) será votado na Comissão o relatório dos processos, para em seguida ir para a votação em plenário.

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