terça-feira, 31 de maio de 2016


Em entrevista ao Direto ao Ponto, o vereador Galego de Mourinha (PTB) revelou os motivos de não ser candidato a vereador pelo grupo Taboquinha. Ainda na entrevista descartou os rumores de que iria para o grupo de Edson Vieira e citou a escolha do novo vice-prefeito para o pré-candidato a prefeito, Fernando Aragão (PTB).

Direto ao Ponto: Galego estamos em um ano eleitoral, mas antes de falar de política vamos falar sobre o seu mandato. Na legislatura passada o senhor foi situação e agora é oposição. É possível trabalhar bem sem ter um prefeito aliado?

Galego de Mourinha: Olha, na verdade, quando a gente é situação, é possível usar mais do mandato para atender as necessidades da população, porque sendo situação, não se faz cobranças através de requerimentos e sim indo até os secretários e ao prefeito, temos o caminho mais livre, sendo situação é mais fácil de se trabalhar.

DP: Em nosso programa o senhor falou com exclusividade que não seria mais o pré-candidato a vice na chapa encabeçada pelo vereador Fernando Aragão. Agora o senhor diz que não concorrerá à reeleição na Câmara, o que aconteceu para tomar essa decisão?

Galego de Mourinha: Quando eu submeti meu nome para disputar uma pré-candidatura na majoritária, eu automaticamente esqueci uma eleição proporcional e surgiram três pré-candidatos a vereadores que tem um sonho na vida, foram eles Zomi do Pará, Adriano Baé e João Roqueira, além de Natálio Arruda que poderá concorrer. Então com isso eles lançaram seus nomes, pois realizaram trabalhos com a população, foi fazendo uma biometria, ou coisa parecida, e eu não poderia estragar o sonho dessas pessoas, eles alimentaram esse sonho logo quando fui escolhido para ser o pré-candidato a vice-prefeito de Fernando Aragão.

Se estou deixando a minha pré-candidatura de vice-prefeito, eu não quero frustrar ninguém chegando e colocando o meu nome de novo na disputa proporcional, e com isso eles verão que merece confiar na minha palavra, nas próximas eleições possa ser que eu retorne, mas nessa não.

DP: Como Galego avalia o atual momento de seu grupo político visando as eleições de 2016. O grupo perdeu nomes como Zé Elias, Dr. Nanau e Toinho do Pará. Há forças para disputar de igual com o grupo do prefeito Edson Vieira?

Galego de Mourinha: O que existem em Santa Cruz do Capibaribe são dois partidos fortes. Muitos não gostam de ser chamado de taboquinhas e bocas-pretas, mas são fortíssimos, agora você observa que Toinho do Pará foi a não conseguiu levar muitos nomes de expressão, Dr. Nanau e Zé Elias também, por que existem os apaixonados que não segue a sua decisão, agora repito que não pode vacilar se não perde o pleito, a eleição de Oseas Moraes mostrou isso, quando vários nomes vieram para nosso grupo e a gente ainda perdeu as eleições. 

DP: Em declaração à nossa reportagem, o ex-prefeito Toinho do Pará, disse que lhe convidou para aderir ao grupo Boca Preta. Houve esse convite? Existe essa possibilidade?

Galego de Mourinha: Na verdade não houve esse convite, ele é meu amigo e a gente sempre se fala, não votei nele em 2014 porque tinha meu acordo com Ernesto Maia, se Toinho disse que me convidou ele está equivocado, porque em momento algum ele me convidou, e ele sabe que se me convidar eu tenho história nesse grupo e podem me oferecer o que for, eu não quero, respeito os taboquinhas porque só tive todos esses mandatos graças a esse povo.
Eu não dou motivos de que seria Boca-Preta, se eu enfrento problemas aqui no meu grupo, imagina se eu fosse para lá, seria bem pior. Tenho 20 anos de política dentro desse grupo. O político Galego de Mourinha continua, só não vou disputar, mas estarei do lado do grupo. Só volto a ser candidato esse ano é se os três nomes que eu citei desistir.

DP: Além de Toinho. Alguém mais fez o convite a você? O prefeito Edson ou o Deputado Estadual Diogo Moraes?

Galego de Mourinha: Em outros momentos já houve sim muitos convites, houve para ser vice-prefeito, para ser Presidente da Câmara, o que automaticamente mostraria claro o meu rompimento com o grupo e eu não quis, na de presidente da Câmara, bastaria eu assinar, não precisava nem votar em mim que os outros cinco votariam e os Taboquinhas só teriam quatro votos, então eu ganharia, e nem por isso eu quis ir. Com isso eu ia me indispor com o meu partido e diante dos líderes do grupo.
Eu peço a Deus que nunca me deixe trair esse povo que me deu tantos mandatos e alegria.

DP: Na sua opinião, como deve ser a escolha para o vice de Fernando?

Galego de Mourinha: A escolha deve partir da indicação de Zé Augusto, em outros momentos ele indicou Tallys, depois tirou e me colocou e agora depois que desisti, aí ele tem novamente essa decisão e vai usar a sua sabedoria para escolher bem, vai usar seu poder de união para podermos juntar todos com a chapa de Fernando. Tem que ter a postura de trabalho, que esteja junto com Fernando e que tenha disposição para trabalhar em conjunto com os vereadores e todo o grupo e vencer as eleições. O vice tem que ser uma pessoa de Zé Augusto.

DP: Fernando na cabeça da chapa é prego batido e ponta virada? Existe alguma possibilidade de haver mais mudanças na chapa Taboquinha?

Galego de Mourinha: O que eu posso dizer é o seguinte, Fernando é meu pré-candidato a prefeito, e que se Deus permitir vai vencer e ser um bom prefeito, Agora pensando em grupo, eu acho que não vai mudar, não é hora para isso, temos é que buscar apoios e vencer.

DP: Galego não candidato a vereador. Vai indicar algum nome? Vai apoiar algum dos vereadores? Ou vai se dedicar exclusivamente a majoritária?

Galego de Mourinha: É evidente que irei me preocupar mais com Fernando, quero está com ele na campanha, na vitória e na gestão. Não quero ter cargos de nada, apenas para dar opiniões e apoios, ajudando ele a administrar. E eu tenho compromisso com os três vereadores da Vila do Pará, vou ajudar eles sem atrapalhar ninguém, é claro que também vou pedir votos para todos os outros, mas os três serão os mais objetivos.

DP: Mesmo fora da disputa, o senhor está animado para a campanha que se aproxima?

Galego de Mourinha: A gente só depende de uma coisa “A união”, e isso não está acontecendo, tudo se caminha para que se concretize, no momento que for indicado o vice-prefeito, eu acredito que essa união virá. Espero que ela comece a partir do dia 10, o que já era para ter acontecido há um bom tempo atrás.

DP: José Augusto Maia é a maior liderança do partido?

Galego de Mourinha: Hoje Zé Augusto ainda é a maior liderança do grupo, mesmo que alguns não queiram por raiva ou algo do tipo, mas ele ainda permanece com esse título. Se Zé Augusto decidir colocar um candidato a prefeito, ele tem status para isso e de certo modo atrapalharia Fernando, mas ele vai esperar indicar o vice-prefeito e que a maioria possa aceitar, convencendo também a minoria a querer esse nome que ele colocar, para de fato, concretizar a nossa união.

DP: Qual o melhor perfil para ser pré-candidato a vice no seu grupo?

Galego de Mourinha: Primeiro precisa ser alguém que venha unir o grupo. Zé Augusto tem condições para isso, o próprio grupo está dando um norte desse vice-prefeito, uma pessoa que tenha credibilidade e disponibilidade e tudo isso nós podemos encontrar em nosso grupo, várias pessoas tem esse critério e vamos escolher bem.

DP: A união Taboquinha. Na sua visão o que falta para acontecer de forma definitiva?

Galego de Mourinha: O que falta é a gente acabar com essas picuinhas de Grupo A ou B, Zé Augusto tem que chamar seu grupo e dizer que está na hora de querer Fernando prefeito, aí daí será o início de tudo.

DP: Galego, no evento que está previsto para o dia 10 de junho, onde possivelmente sairá o pré-candidato a vice-prefeito de Fernando, você estará presente?

Galego de Mourinha: Eu farei de tudo para estar lá, porque tenho meus compromissos e ando viajando muito, mais Fernando falou comigo e eu estarei sim, posso chegar depois dos outros, mas estarei prestigiando o nosso povo e ao lado de meus amigos, 99% de chances de estar lá.

Ainda na entrevista, Galego de Mourinha criticou uma fala do vereador Zé Elias que havia afirmado que Edson Vieira (PSDB) ganharia com quatro mil votos. “É preciso respeito aos dois grupos e eu discordo da fala de Zé Elias que disse que iria ser quatro mil votos de frente, eu me lembro que Ernesto disse isso a quatro anos atrás e o nosso mais forte candidato, que foi Zé Augusto perdeu com três mil votos, se tivesse sido outro teria sido 4, 5 mil votos, no mínimo.

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