Adesão da bancada Taboquinha a Luciano Bivar pode dar discurso a Zé Augusto
Por paradoxal que possa parecer, a adesão da bancada de vereadores taboquinhas pode dar ao deputado federal José Augusto Maia (PROS) um mote para um bom discurso, coisa que ele não conseguiu até agora.
Ao anunciar que não seria candidato nas eleições deste ano, o deputado apresentou, como fatores determinantes para tal, a renúncia pessoal em favor da unidade do grupo e as maquinações de adversários políticos, como os deputados Eduardo da Fonte (PP) e Diogo Moraes (PSB), o prefeito Edson Vieira (PSDB) e o vice-prefeito Dimas Dantas (PP). O discurso não “pegou”, nem mesmo para aliados como o vereador Fernando Aragão (PROS).
Desta feita, caso os vereadores confirmem a rejeição já anunciada a Ricardo Teobaldo (PTB), e assumam publicamente o apoio a Luciano Bivar (PSL), o discurso de vítima que deverá ser levado à praça pública por José Augusto tem tudo para ser assimilado pelos eleitores, pelo simples fato de ser verdadeiro.
No fundo, o que acontece hoje no grupo Taboquinha é uma prematura disputa pela liderança do grupo, provocada pelo vereador Ernesto Maia (PSL), com o apoio da maioria dos vereadores oposicionistas.
Líder inconteste do grupo até bem pouco tempo, o deputado federal José Augusto Maia não deverá imitar o histórico chefe do grupo Cabecinha, Raimundo Aragão, que decidiu sair da vida pública, ao invés de travar uma luta interna pela direção do grupo com o empresário Severino Monteiro, na segunda metade da década de 70.
O mais provável é que, mantida a decisão dos vereadores em apoiar Luciano Bivar, Zé Augusto vá às ruas fazer campanha para o candidato a deputado estadual Toinho do Pará (PHS). A música de campanha está pronta há anos: “Eu e Toinho, Toinho e eu; nós e o povo, de mãos dadas, fé em Deus”.
Se isto acontecer, as urnas é que dirão, em 05 de outubro, se o grupo Taboquinha, a partir de então, terá um novo líder, ou se Zé Augusto continuará no comando.
Jason Lagos
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