sábado, 19 de setembro de 2015

Bate-Papo Alessandra Vieira

O quadro ‘Bate Papo Direto ao Ponto’, que vai ao ar às quartas feiras, recebeu a Secretária de Cidadania e Inclusão Social e atual Primeira dama do município, Alessandra Xavier da Rocha Vieira. Contando travessuras de criancice e adolescência, também não escapou os ‘maus bocados’ já adulta e a história ao lado do prefeito Edson Vieira, que já dura 25 anos.

Tempos difíceis

Caçula dos cinco filhos do casal Pedro Alves da Rocha (in memoria) e Dona Adalva Olinda Xavier da Rocha, ela nasceu em 17 de setembro de 1973, em Santa Cruz do Capibaribe. Com poucos meses perdeu o pai e conta a luta da mãe, que com muito trabalho e dedicação criou ela e os irmãos.


“Minha mãe ficou viúva com 29 anos. E arregaçou as mangas trabalhando dia e noite para criar os 5 filhos. Ela foi ‘muito macho’”, diz orgulhosa, acrescentando que no período a família da mãe estava no Estado do Paraná, o que dificultava mais ainda as coisas.

Atenção das ‘tias’

Durante os tempos mais difíceis a contribuição de amigos foi fundamental. Dona Paulina e suas filhas tornam-se figuras presentes e prestativas para Dona Adalva e principalmente para pequena Alessandra.

“Minha infância foi nas casas dos vizinhos. E com Dona Paulina, casada com Seu Amaro, e com 7 filhos encontrei um apoio. Todos os dias ia me buscar para minha mãe conseguir trabalhar, enquanto Aninha (irmã) ficava com minha avó”, conta.

Marco

Durante o ano de 1984 a cidade de Santa Cruz do Capibaribe sofreu com uma das chuvas mais fortes do período. Alessandra, então com 11 anos dormia na residência de dona Lindalva, na Rua dos Pacas, que ficou completamente inundada.

Muito criança não entendia a situação.  “Enquanto Dau (Lindalva) levava a filha Silvinha nos braços, me pegou pela mão e saiu correndo. Deixou a gente no Malaquias. Lembro que no dia seguinte chegou várias doações. Eu achava tudo uma festa, ganhando brinquedo, comida, não entendendo exatamente o motivo”, conta.

A imagem da travessura

Em algumas das fotos da família, observa-se duas meninas com os cabelos curtos. Resultado de travessura... “Foi eu e Aninha que ficamos sem franjas. Cada uma cortou o cabelo da outra. Ainda tentaram corrigir, mas ficou o famoso ‘ninho de rato’”, relembra aos risos.

Na confecção

Assim como os demais irmãos, começou a trabalhar na “Sulanca” cedo. Aos 14 anos fazias as feiras de Santa Cruz e Caruaru.

“Saia meia noite num Toyota. Com toda a família e chegava lá dividia a mercadoria com os cinco irmãos. Sempre ficava no mesmo banco com Aurinha, ainda era menor, e chegamos a vender também no balaio”, relembra.
Além de Auréa Xavier, tem como irmãos Agnaldo Xavier, Arnaldo Xavier e Ana Xavier.

Estudos

Aliando trabalho e estudo, Alessandra concluiu ensino fundamental e médio no Instituto Dr. José Vieira de Araújo (atual Menino Jesus), e Principalmente na Escola Padre Zuzinha.

“Era uma aluna do ‘fundão’. Estudei no Dr. José Vieira de Araújo, que foi parte de minha vida. Tinha meses que minha mãe dizia ou pago a mensalidade ou a comida das minhas filhas. Então são fatos que marcam a minha vida”, diz.
Das colegas relembra Maria Tereza Jordão, Isabela Monica, Yanara, Humberto de Balieira, Andreia Moraes. Dos professores destaca Robério, Inacinho, Marizélia, (esposa de Zé minhoca) Fátima Oliveira, Fátima Maia e Cícero.

Relação com Edson Vieira

O ano era 1988. Campanha política. De um lado Ernando Silvestre tendo como vice João Januário, do outro Oséas Moraes e na vice Zinha Vieira, pai do atual prefeito Edson Vieira. Em meio a um comício em Poço da Lama se conhecem. “Já começou na política”, diz aos risos. “Depois começamos um namoro em 8 de abril de 1989,  em show de Alcymar Monteiro, no Novo Clube”, conta puxando da memória sem tanta dificuldade.

De início não foi fácil convencer a mãe do garoto, que enxergava a relação como algo muito precoce para ambos. Tanto que na obediência de filho, o garoto Edson terminou a relação em 1991. Detalhe, dia dos namorados.

Muito jovens - “Ele era tão obediente que na noite dos namorados ele entregou o presente, ‘uma Gata Ofélia’ branca de pelúcia, e disse que tinha que terminar. Eu claro fiquei chorando e ele foi perguntar a mãe se ela agora estaria satisfeita”, diz.

O reencontro não demorou. Meses depois no Cabana Clube em show de Beto Barbosa o casal se reencontrou. Dona Marizélia, que anos antes acreditava ser muito cedo para relacionamento sério, foi a mesma que anos depois cobrou um casamento.

“Em 98 ela começou a cobrar. Em setembro de 99 noivamos e em dezembro de 2000 casamos”, relembra.

Bebê não entende de hora

Da relação nasceram três filhas. Raquel, Gabriela e Sofia. O nascimento da segunda, conta, daria um roteiro de um filme.
“Gabi nasceu 17 julho de 2006 e estávamos esperando que o parto ocorresse no fim do mês. Estava numa festa quando senti a dor, mas imaginava que fosse algo normal. Na mesma madrugada, por volta das 4h da manhã a bolsa rompeu”, conta acrescentado que o corre-corre foi geral.
No caminho para Caruaru, enquanto a mãe mandava acelerar o veículo, familiares pedia para diminuir a velocidade. O motorista da família, Heleno “Cabeção”, conta que foi a viajem mais rápida para capital do forró.

No caminho duas viaturas policias ainda seguiram o carro, em alta velocidade. Mas só conseguiram alcançar quando o motorista já estava descansando no estacionamento do hospital.

Choro e risos

Militante e entusiasta de campanhas políticas, desde a primeira disputada pelo companheiro, em 1992, Alessandra conta que aprendeu com a derrota de 2008, para ver o marido ser eleito prefeito do município, 4 anos mais tarde.
Hoje desenvolve atividades na área social, como Secretária de Cidadania e Inclusão Social.

Jogo rápido

Dona Paulina –Mulher de Deus. Que apareceu como um anjo na minha vida. 

Dona Adalva–Guerreira. Mulher macho. Tudo pra mim. 

Dona Lindalva –Outra mulher na minha vida. Uma terceira mãe. 

Arnaldo Xavier – Super herói. Superação. 

Emanoel Glicério – Pra mim foi exemplo em Santa Cruz. 

Heleno ‘Cabeção’ – Posso dizer que é um pai. Cuida das minhas filhas como se fossem dele. Sei que posso contar com ele para qualquer lugar enquanto não estiver com elas.
Edson Vieira – Meu amor. Minha vida. Minha paixão. 

Raquel, Gabriela e Sofia – Minha metade. 

Santa Cruz do Capibaribe – Minha terra que amo. Santa Cruz meu amor, Santa Cruz minha paixão, Santa Cruz do meu coração. 

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