domingo, 10 de abril de 2016

Bate Papo Gilberto Geraldo


Gilberto Geraldo dos Santos (38 anos), nasceu em Caruaru no dia 02 de novembro de 1977, mas sua família residia em Fazenda Nova-PE. Filho de Emília França Santos e Geraldo Manoel dos Santos, mais conhecido por “Geraldo da Pamonha”. Gilberto Geraldo é formando em Jornalismo na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) concluindo o TCC.

Atualmente é Diretor de Cultura da prefeitura municipal de Santa Cruz do Capibaribe, onde vem resgatando a cultura da cidade. É também um dos sócios da casa de shows, Usina 231. 

Infância

Nascido em Caruaru, mas residente em Fazenda Nova - PE, Gilberto Geraldo relembra que teve uma infância mais detalhada apenas quando chegou a Santa Cruz do Capibaribe, quando tinha oito anos de idade.

“Eu fui feito em Fazenda Nova e nasci em Caruaru, depois disso voltei para lá (Fazenda Nova) e tive parte de minha infância lá, só que ela só veio me marcar com maiores amizades quando cheguei aqui (Santa Cruz) aos oito anos, foi a minha base de vida”.

Gilberto afirma que o seu gosto pelo Teatro se deu por ter um envolvimento muito amplo em Fazenda Nova, cidade que recebe anualmente atores para encenar a Paixão de Cristo. “É com essas bases que eu tenho esse gosto teatral digamos assim, porque meus pais participavam sempre dessas peças lá e eu via ensaiando e achava tudo muito legal”.

Amigos da infância – Gilberto Geraldo afirmou que teve poucos amigos, citou que os mais chegados da sua infância, Billú Tetéu, Willian e Toco, além de Leone e Edmilson, que segundo Gilberto, eram os amigos mais próximos dele.

Estudos

Aluno dedicado? - “Sempre fui muito dedicado aos estudos, mas não gostava muito de ler, eu ia até a biblioteca apenas para ver as figurinhas do livro, era meio preguiçoso para ler”, diz ele. 

Gilberto Geraldo relembrou também, que quando estudava na Escola José Francelino Aragão e saía da aula ia para a Biblioteca junto com outros amigos que ficavam lá por horas lendo livros, o de sua preferência era apenas olhar as artes. “Eu era um aluno dedicado, sempre que saíamos das aulas, eu e Edmilson íamos para a Biblioteca e ficávamos lá por várias horas, eu e ele competíamos para ver quem tirava as melhores notas”, cita.

E após essas apostas... “Quando ele (Edmilson) tirava 10 em uma prova, eu tirava 9,5 e ficávamos assim, um próximo ao outro, mas ele sempre levou uma mínima vantagem em relação a mim, no encerramento do ano, a professora Gercina dava prêmios aos melhores e ele sempre ganhava em primeiro”, disse Gilberto.

O Padre Zuzinha – Depois de estudar na Escola José Francelino Aragão, Gilberto teve que ir para a Escola Padre Zuzinha estudar o 2º grau, já que apenas lá teria esse avanço no ensino e foi onde começou a ter mais aparecimento nas peças teatrais da escola, isso acabou gerando uma “ciumeira” entre as escolas.

“Quando passei a estudar na Escola Padre Zuzinha, passei a participar mais ativamente de peças teatrais como um dos principais da peça, a professora Gercina acabou tendo uma mágoa comigo devido eu ter feito isso lá, e no Francelino sempre ficar apenas nos bastidores”, relembrou.

“Dona Gercina e Avaní Lopes foram fundamentais na construção teatral que tenho hoje, através dos trabalhos com elas, eu pude aprender bastantes coisas sobre o tema”, diz.

A peça mais marcante?

Gilberto Geraldo disse que a peça teatral na qual fez parte, nos tempos de Padre Zuzinha foi uma sobre um livro de Mário Quintana em que ele encenou com Avaní Lopes e que ficou marcada em sua vida. “Uma peça que me marcou muito que foi a de um livro de Mário Quintana, que Avaní fez e eu encenei com ela, foi a que me marcou mais”, diz.

Padre Zuzinha e Luiz Alves, a rivalidade na cultura

Gilberto disse que na época em que estudava, as escolas que mais se destacavam eram as escolas Padre Zuzinha e Luiz Alves, que eram muito fortes em termos de Esportes e Cultura.

“Era um trabalho muito massa, e acredito que o que falta nos dias atuais é a integração e motivação das escolas, sentimos falta dessas ações nas escolas estaduais de hoje, naquela época as escolas eram quem incentivava os seus alunos, era muito motivacional isso”, disse.

Movimento Estudantil - Participante ativo dos Movimentos Estudantis da cidade, Gilberto disse que foi convidado a pedido de Afrânio Marques a compor a União dos Estudantes de Santa Cruz do Capibaribe (UESCC).

“Fui convidado no segundo ano do 2º grau, por Afrânio Marques, que foi ser professor no Padre Zuzinha e viu que eu era bem envolvido com essas causas estudantis, e me convenceu a usar esse potencial em defesa da causa, e eu aceitei”, disse.

Voz da UESCC – “Foi um jornal bastante interessante e de uma dificuldade extrema, pois antes do computador fazíamos o jornal datilografado, e era feito por Fábio Ferreira”, citou.

Gilberto Geraldo fez parte do jornal assim que entrou na entidade, foi fazer parte da equipe e diz que foi a experiência mais legal que já teve. “Era muito massa fazer aquele jornal, porque até então, só tínhamos a Rádio Vale AM que passava as informações aqui na cidade, aí na minha época chegou o computador e eu fiz o primeiro jornal pelo Corel 5”, relembra.

Gilberto citou nomes que faziam parte da época nos movimentos estudantis, sendo eles, Giovanni, Professor Afrânio Marques, Lenildo, Rosangela, Rose e Gilson Julião.

Trabalhos

Iniciando desde cedo os seus trabalhos, Gilberto cita que o seu primeiro emprego era “dá desculpas aos clientes”, o mesmo era ajudante de marceneiro e a sua função era dizer os clientes que os móveis não estavam prontos, e sempre apresentava um guarda-roupa a mais de um cliente. “Meu medo era se chegasse três clientes do mesmo guarda-roupa no mesmo horário", disse ele relembrando que seu emprego era localizado na Rua Lídia Gomes Ribeiro.

Dificuldades de trabalhar com a Cultura da cidade – Gilberto Geraldo já fez parte de bandas de rock, de teatro, e orquestra sanfônica, o que lhe credenciou a ser chamado pelo prefeito Edson Vieira a assumir a vaga de Gestor de Cultura da cidade. “Eu tive a incumbência de mostrar para todos que a cidade tem cultura, num vou deixar de chamar um cantor pelo partido que ele vota, vou chamar por ele ser artista da terra”, disse.

Gilberto relembrou que as peças que foram resgatadas no Teatro Municipal, já que passou algum tempo sem receber eventos, “era exclusivo de casamentos e aniversários, mas resgatei e fiz vários eventos que trouxeram de forma positiva a imagem de nossa cultura”, citou.

Entrada na era comunicacional

Gilberto Geraldo foi idealizador junto com Geraldo Moura e Rivaldo Feitosa da Revista A Capital e comentou sobre os desafios que eram enfrentados por eles. “Era muito difícil, pois além de ser caro, nós não tínhamos a profissionalização do material, mas foi muito interessante e me fez se apaixonar ainda mais pelo ramo da comunicação, que na época era bastante restrita aqui, apenas alguns tempos depois as rádios comunitárias começaram a surgir”.

O Debate

Nas eleições de 2004, onde Dr. Nanau e Zé Augusto eram os principais protagonistas, Gilberto Geraldo promoveu um debate e os dois candidatos ficavam “com medo do outro”, jogando sempre, e quando Dr. Nanau aceitou Gilberto relembra que Zé Augusto ficou preocupado, mas foi ao local.

“Dr. Nanau e Zé Augusto estavam tentando me jogar contra eles, e quando os dois aceitaram o debate, eu passei a organizar o local, teve muita confusão, Socorro Maia disse que havia perdido as senhas para eu dar mais e ela colocar pessoas lá dentro para apoiar Zé Augusto, e eu barrei todo mundo, mas conseguimos fazer o debate, que até hoje é considerado um dos mais marcantes da história”, relembrou Gilberto.

Gilberto Geraldo ainda citou que apesar do amadorismo, o debate foi muito organizado em termos de promoção, pois as perguntas eram fundamentais e não houve direcionamento de nenhum deles.

Política

Gilberto Geraldo quando começou a fazer parte de Movimentos Estudantis que gerou o lema da campanha de Ernando Silvestre que foi “Verdade e Trabalho”, Gilberto disse que na época todos ficaram surpresos com a escolha desse nome para ser explorada na campanha, e que ninguém foi procurado para saber se poderiam usar o nome, para que não fosse confundido com o movimento.

Filiação ao PT – “Na questão é o seguinte, nunca sai do partido, mas não participo de reuniões depois de Ernesto, Deomedes e outros ingressarem no partido

Ser candidato ou não em 2016? – “Não sou candidato a vereador, mas se Afrânio for candidato a vice-prefeito eu sairia sim, mas por enquanto não, porque Afrânio me representa e estou satisfeito. Não só eu como Lenildo pode ter essa possibilidade”, finalizou.

Jogo Rápido

Teatro – Cultura

Música – Vida, Minha vida...

Avaní Lopes – Mãe...

Professora Gercina – Segunda Mãe...

Política – É Necessária...

A Capital – Passou...

UESCC – Minha Base

PT – Ficaram bons amigos dos quadros antigos, e agora só tem os ruins

Dilma Rousseff – Admiro

Taboquinha – Nojo.

Boca-Preta – Não concordo com esses grupos

Professor Afrânio – Meu irmão, amigo

Zé Augusto – Tchau Zé

Edson Vieira – Agradeço pela oportunidade



Santa Cruz do Capibaribe – É meu amor, uma cidade que me adotou e que amo demais, espero que todos os políticos possam fazer tudo de bom para ela crescer e se desenvolver mais.

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