Bate Papo com Rubens Monteiro
Rubens Monteiro de Barros nasceu em 29 de fevereiro de 1963, na cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Filho de Marciano Pereira de Barros e Ezil Monteiro da Silva Barros. Já foi jogador, treinador e atualmente ocupa o cargo de diretor de esportes em Santa Cruz do Capibaribe. Casado com Carmem Rejane Nunes de Barros, com quem tem dois filhos, Hugo e Renan.
Rubinho, como é mais conhecido, teve uma carreira, como jogador profissional, curta, mas cheia de destaques, principalmente, em programas de rede nacional, a exemplo do Fantástico e do Esporte Espetacular. Chegou a ser jogador do Sport Recife, Central e Porto, de Caruaru, além do Ypiranga de Santa Cruz do Capibaribe.
Infância
Falando de sua infância, o ex-jogador destacou que ela foi marcada por brincadeiras ligadas ao esporte, no qual era fã desde criança de futebol. Foi criado pelas redondezas da Rua Cabo Otávio, onde com 8 anos de idade já acompanhava jogos que ocorriam nas margens do Rio Capibaribe.
“Eu ficava lá pegando as bolas, o famoso gandula, e quando tinha a oportunidade eu jogava com o pessoal lá, sempre fui ligado a essa área esportiva, várias histórias da minha vida fazem parte do futebol, e até os dias atuais sou apaixonado por isso”, disse ele.
Rubens ainda destacou que não foi de ter muitas amizades, e que apenas ficava em casa jogando futebol de botões, vez ou outra, saia para jogar pelada com os colegas de sua escola e da rua, as margens do Rio Capibaribe.
Estudos
Rubinho lembra como foi a sua passagem pelas escolas em que estudou, onde seus estudos foram divididos em duas cidades, Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, e o mesmo relembra que não era um aluno muito voltado ao estudo.
“Eu como aluno não fui muito chegado aos estudos não, acho que não nasci com esse dom, e eu procurei aprender algumas coisas nas escolas, iniciei os meus estudos na Escola Luiz Alves da Silva, depois estudei em Caruaru no Municipal e no Estadual, sendo que parei no 2º grau, minha praia era esporte”, relembrou.
Amigos daquela época – “Meus amigos da escola são os mesmo do futebol, pois conheci todos eles e na época alguns faziam parte do clube também, entre eles Domir, Papaco, Zé Nelson Negão e outros ex-jogadores do clube Ypiranga”, disse.
Início da sua vida futebolística
O início da vida esportiva de Rubens foi devido ao seu destaque em um torneio de Jogos Escolares, onde olheiros do Clube Atlético Caruaru (atualmente Porto) estavam observando e o convidaram para fazer parte da equipe, de pronto, Rubens aceitou e iniciou jogando na equipe de juniores de lá, sendo destaque rápido e chamando atenção de outros clubes, como o Central de Caruaru e posteriormente o Sport Recife.
“Nos jogos escolares eu sempre participei e o pessoal daquela época do Atlético Caruaru iam olhar meus jogos e me convidaram, foi o primeiro clube que joguei, depois disso fui para o Central, onde fiquei 4 anos lá, e subi rápido demais entre 1978 a 1982 para o profissional do clube, depois ainda fiz alguns testes no Sport e fique lá uns 7 meses, depois voltei para Santa Cruz do Capibaribe e fiquei jogando pelo Ypiranga”, relembrou ele.
Convocação para a Seleção de Pernambuco – Ainda sendo destaque pelo futebol, Rubens disse que um dos momentos mais marcantes de sua vida foi quando chegou a ser convocado por dois anos pela Seleção de Pernambuco, onde jogou com o zagueiro Ricardo Rocha. “Além de ter feito uma participação importante na Seleção onde conheci várias pessoas e foi muito bom o momento de tudo isso”, disse.
“Era muito difícil de chegar até a Seleção Pernambucana, a federação passeava por várias cidades do estado analisando os jogadores e eu tive a felicidade de pegar uma das maiores Seleções do Estado, onde joguei mais de 43 partidas ao lado de figuras como Ricardo Rocha, que jogava no Real Madrid e na Seleção Brasileira, então para mim, que há época estava com 17 anos, isso era fantástico”.
Jogo marcante – Rubens Monteiro destaca um gol de falta que fez contra o Sport, época em que jogava pelo Central, onde o mesmo chegou a ser destaque na mídia nacional, especificamente no Fantástico, onde teve seu gol eleito como o mais bonito da rodada, denominado na época de “Gol do Fantástico”.
“Estava jogando contra o Sport e consegui marcar esse gol de falta, no goleiro País (goleiro do Sport), eu tive a sorte de marca à história naquele momento, onde eu batia muito bem as faltas e tive esse privilégio, sem contar que esse gol empatou o jogo, isso que foi mais marcante”, afirmou.
Jogador do Sport – Como teve destaque em sua passagem pelo Central de Caruaru, Rubinho relembra que passou cerca de 7 meses no Sport e após esse período, o mesmo veio para Santa Cruz do Capibaribe, fato que propiciou a realização de seu casamento com a sua atual esposa, diante disso, resolveu não retornar mais ao clube recifense. “Me dediquei aos trabalhos e comecei a marcar história pelo Ypiranga, fiquei morando aqui e trabalhando na confecção”, afirma ele.
Ypiranga
Com 20 anos de história dentro do clube Ypiranga de Santa Cruz do Capibaribe, Rubinho teve altos momentos no clube, onde chegou a ser vice-campeão pernambucano pelo clube como treinador e lembra que se dedicou também a outros cargos no clube, além de ter jogado pela equipe. “Era uma equipe intermediária e eu consegui chegar a ser vice-campeão pernambucano, imagina você com um time pequeno, sem recurso, mas que deixa para trás grandes clubes do Estado”, disse.
O Rei das Goleadas... (sofridas e aplicadas) - Coroado como o treinador das maiores goleadas do Ypiranga, Rubens marcou o clube quando o assumiu em 1995 onde relembra que Gaúcho, Mimi e Jacozinho, fizeram parte do time que chegou a disputar uma fase do Campeonato Pernambucano contra o Santa Cruz.
“Estava em uma situação muito ruim, e como o meu trabalho na base de juniores estava sendo bom, me convidaram e eu aceitei, aí começamos em penúltimo lugar e terminamos o campeonato em 5º colocado devido o meu trabalho ter sido bem-sucedido”, relembrou.
O treinador das calcinhas - Sendo nacionalmente conhecido pelo fato de ter ocorrido uma história inusitada com ele, Rubens destaca e explica como ficou conhecido pelo “Treinador das Calcinhas”, onde obteve reportagens importantes de vários meios de comunicação do país inteiro e nisso ele afirma que o clube acabou tendo um retorno financeiro interessante, pois lojistas se uniram e começaram a investir mais no time.
“Maviael era o presidente do Ypiranga e estávamos enfrentando uma situação financeira bastante ruim, o clube chegou a atrasar meus salários em até 3 meses e ele chegou para mim e ofereceu lycra de calcinhas, na época eu fabricava e acabei aceitando a proposta, deixando as nossas dívidas quitadas, mas quando menos espero chega várias equipes de reportagens para retratar essa história. O que mais me deixou feliz foi porque divulgou o Ypiranga e a nossa cidade. Lembro que cheguei em algumas cidades para treinar e torcedores de lá sempre me perguntavam sobre as calcinhas, tem uma foto minha na Placar com o tecido na cabeça, deitado sobre eles, foi muito legal”, disse ele.
O boom de patrocínios – Depois dessa reportagem, vários empresários e lojistas se reuniram para estampar as suas marcas no clube, o que ocasionou em um boom de patrocínios na camisa, tirando o déficit financeiro do clube naquele momento. “Foi interessante porque depois dessa reportagem o nosso clube recebeu incentivos e patrocínios de nossos amigos lojistas da cidade, foi aí que a situação financeira deu uma melhorada e equilibrou as dívidas”, afirmou ele.
Jogo Rápido
Futebol – É uma coisa que é de dentro de mim e vou terminar nisso.
Esporte – Falei e falo, é importante na vida do ser humano.
Jacozinho – Tive o prazer de trabalhar com ele e foi muito marcante.
Mimi – Outra pessoa que marcou demais, foi muito bom nossa relação.
Central – Clube de 4 anos que aprendi e vai ficar marcado em minha vida.
Sport – Sinceramente foi muito bom, aprendi bem demais naquele clube.
Ypiranga – Time nosso, de coração, onde dei tudo de mim e acredito no recomeço.
Família – Não tem outra coisa tão importante quanto ela, desejo o melhor para todos.
Santa Cruz do Capibaribe – A nossa terra, igual a essa não existe igual, melhor lugar de se viver.
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