quinta-feira, 21 de julho de 2016

Bate Papo com Rubens Monteiro
Rubens Monteiro de Barros nasceu em 29 de fevereiro de 1963, na cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Filho de Marciano Pereira de Barros e Ezil Monteiro da Silva Barros. Já foi jogador, treinador e atualmente ocupa o cargo de diretor de esportes em Santa Cruz do Capibaribe. Casado com Carmem Rejane Nunes de Barros, com quem tem dois filhos, Hugo e Renan.

Rubinho, como é mais conhecido, teve uma carreira, como jogador profissional, curta, mas cheia de destaques, principalmente, em programas de rede nacional, a exemplo do Fantástico e do Esporte Espetacular. Chegou a ser jogador do Sport Recife, Central e Porto, de Caruaru, além do Ypiranga de Santa Cruz do Capibaribe.

Infância

Falando de sua infância, o ex-jogador destacou que ela foi marcada por brincadeiras ligadas ao esporte, no qual era fã desde criança de futebol. Foi criado pelas redondezas da Rua Cabo Otávio, onde com 8 anos de idade já acompanhava jogos que ocorriam nas margens do Rio Capibaribe. 

“Eu ficava lá pegando as bolas, o famoso gandula, e quando tinha a oportunidade eu jogava com o pessoal lá, sempre fui ligado a essa área esportiva, várias histórias da minha vida fazem parte do futebol, e até os dias atuais sou apaixonado por isso”, disse ele.

Rubens ainda destacou que não foi de ter muitas amizades, e que apenas ficava em casa jogando futebol de botões, vez ou outra, saia para jogar pelada com os colegas de sua escola e da rua, as margens do Rio Capibaribe.

Estudos

Rubinho lembra como foi a sua passagem pelas escolas em que estudou, onde seus estudos foram divididos em duas cidades, Santa Cruz do Capibaribe e Caruaru, e o mesmo relembra que não era um aluno muito voltado ao estudo.

“Eu como aluno não fui muito chegado aos estudos não, acho que não nasci com esse dom, e eu procurei aprender algumas coisas nas escolas, iniciei os meus estudos na Escola Luiz Alves da Silva, depois estudei em Caruaru no Municipal e no Estadual, sendo que parei no 2º grau, minha praia era esporte”, relembrou.

Amigos daquela época – “Meus amigos da escola são os mesmo do futebol, pois conheci todos eles e na época alguns faziam parte do clube também, entre eles Domir, Papaco, Zé Nelson Negão e outros ex-jogadores do clube Ypiranga”, disse.

Início da sua vida futebolística

O início da vida esportiva de Rubens foi devido ao seu destaque em um torneio de Jogos Escolares, onde olheiros do Clube Atlético Caruaru (atualmente Porto) estavam observando e o convidaram para fazer parte da equipe, de pronto, Rubens aceitou e iniciou jogando na equipe de juniores de lá, sendo destaque rápido e chamando atenção de outros clubes, como  o Central de Caruaru e posteriormente o Sport Recife.

“Nos jogos escolares eu sempre participei e o pessoal daquela época do Atlético Caruaru iam olhar meus jogos e me convidaram, foi o primeiro clube que joguei, depois disso fui para o Central, onde fiquei 4 anos lá, e subi rápido demais entre 1978 a 1982 para o profissional do clube, depois ainda fiz alguns testes no Sport e fique lá uns 7 meses, depois voltei para Santa Cruz do Capibaribe e fiquei jogando pelo Ypiranga”, relembrou ele.

Convocação para a Seleção de Pernambuco – Ainda sendo destaque pelo futebol, Rubens disse que um dos momentos mais marcantes de sua vida foi quando chegou a ser convocado por dois anos pela Seleção de Pernambuco, onde jogou com o zagueiro Ricardo Rocha. “Além de ter feito uma participação importante na Seleção onde conheci várias pessoas e foi muito bom o momento de tudo isso”, disse.

“Era muito difícil de chegar até a Seleção Pernambucana, a federação passeava por várias cidades do estado analisando os jogadores e eu tive a felicidade de pegar uma das maiores Seleções do Estado, onde joguei mais de 43 partidas ao lado de figuras como Ricardo Rocha, que jogava no Real Madrid e na Seleção Brasileira, então para mim, que há época estava com 17 anos, isso era fantástico”.

Jogo marcante – Rubens Monteiro destaca um gol de falta que fez contra o Sport, época em que jogava pelo Central, onde o mesmo chegou a ser destaque na mídia nacional, especificamente no Fantástico, onde teve seu gol eleito como o mais bonito da rodada, denominado na época de “Gol do Fantástico”.

“Estava jogando contra o Sport e consegui marcar esse gol de falta, no goleiro País (goleiro do Sport), eu tive a sorte de marca à história naquele momento, onde eu batia muito bem as faltas e tive esse privilégio, sem contar que esse gol empatou o jogo, isso que foi mais marcante”, afirmou.

Jogador do Sport – Como teve destaque em sua passagem pelo Central de Caruaru, Rubinho relembra que passou cerca de 7 meses no Sport e após esse período, o mesmo veio para Santa Cruz do Capibaribe, fato que propiciou a realização de seu casamento com a sua atual esposa, diante disso, resolveu não retornar mais ao clube recifense. “Me dediquei aos trabalhos e comecei a marcar história pelo Ypiranga, fiquei morando aqui e trabalhando na confecção”, afirma ele.

Ypiranga

Com 20 anos de história dentro do clube Ypiranga de Santa Cruz do Capibaribe, Rubinho teve altos momentos no clube, onde chegou a ser vice-campeão pernambucano pelo clube como treinador e lembra que se dedicou também a outros cargos no clube, além de ter jogado pela equipe. “Era uma equipe intermediária e eu consegui chegar a ser vice-campeão pernambucano, imagina você com um time pequeno, sem recurso, mas que deixa para trás grandes clubes do Estado”, disse.

O Rei das Goleadas... (sofridas e aplicadas) - Coroado como o treinador das maiores goleadas do Ypiranga, Rubens marcou o clube quando o assumiu em 1995 onde relembra que Gaúcho, Mimi e Jacozinho, fizeram parte do time que chegou a disputar uma fase do Campeonato Pernambucano contra o Santa Cruz.

“Estava em uma situação muito ruim, e como o meu trabalho na base de juniores estava sendo bom, me convidaram e eu aceitei, aí começamos em penúltimo lugar e terminamos o campeonato em 5º colocado devido o meu trabalho ter sido bem-sucedido”, relembrou.

O treinador das calcinhas - Sendo nacionalmente conhecido pelo fato de ter ocorrido uma história inusitada com ele, Rubens destaca e explica como ficou conhecido pelo “Treinador das Calcinhas”, onde obteve reportagens importantes de vários meios de comunicação do país inteiro e nisso ele afirma que o clube acabou tendo um retorno financeiro interessante, pois lojistas se uniram e começaram a investir mais no time.

“Maviael era o presidente do Ypiranga e estávamos enfrentando uma situação financeira bastante ruim, o clube chegou a atrasar meus salários em até 3 meses e ele chegou para mim e ofereceu lycra de calcinhas, na época eu fabricava e acabei aceitando a proposta, deixando as nossas dívidas quitadas, mas quando menos espero chega várias equipes de reportagens para retratar essa história. O que mais me deixou feliz foi porque divulgou o Ypiranga e a nossa cidade. Lembro que cheguei em algumas cidades para treinar e torcedores de lá sempre me perguntavam sobre as calcinhas, tem uma foto minha na Placar com o tecido na cabeça, deitado sobre eles, foi muito legal”, disse ele.

O boom de patrocínios – Depois dessa reportagem, vários empresários e lojistas se reuniram para estampar as suas marcas no clube, o que ocasionou em um boom de patrocínios na camisa, tirando o déficit financeiro do clube naquele momento. “Foi interessante porque depois dessa reportagem o nosso clube recebeu incentivos e patrocínios de nossos amigos lojistas da cidade, foi aí que a situação financeira deu uma melhorada e equilibrou as dívidas”, afirmou ele.

Jogo Rápido

Futebol – É uma coisa que é de dentro de mim e vou terminar nisso.
Esporte – Falei e falo, é importante na vida do ser humano.
Jacozinho – Tive o prazer de trabalhar com ele e foi muito marcante.
Mimi – Outra pessoa que marcou demais, foi muito bom nossa relação.
Central – Clube de 4 anos que aprendi e vai ficar marcado em minha vida.
Sport – Sinceramente foi muito bom, aprendi bem demais naquele clube.
Ypiranga – Time nosso, de coração, onde dei tudo de mim e acredito no recomeço.
Família – Não tem outra coisa tão importante quanto ela, desejo o melhor para todos.
Santa Cruz do Capibaribe – A nossa terra, igual a essa não existe igual, melhor lugar de se viver.

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