segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Afrânio Marques avalia campanha eleitoral e fala sobre futuro político



A campanha – “Foi uma campanha mais intensa, tivemos a redução da campanha pela metade e tivemos que acelerar as visitas. Tínhamos em nosso palanque uma quantidade grande de candidatos e isso dificultou a vida de todos, só que tenho certeza que fizemos o que deveria fazer”, frisou.

Dificuldades e Expectativas – Comentando quais as dificuldades que enfrentou, Afrânio citou que a discussão em torno da Previdência Própria, foi a mais prejudicial de sua candidatura. “A nossa expectativa era de ser reeleito, mas o povo é soberano e nós não chegamos. Acredito que a discussão do projeto da Previdência me prejudicou, mas também a quantidade de candidatos”, elencou.

Ainda nesse quesito, o vereador afirmou que o voto ideológico ainda é existente na cidade. “São 947 votos ideológicos, significa dizer que a chama continua acesa, o voto ideológico não acabou, eles irão se multiplicar. Esse projeto irá continuar”, frisa.

Culpas por sua derrota? – Afrânio não apontou culpados pela sua não-eleição, porém afirmou que duas coisas foram decisivas, a primeira delas foi a quantidade de candidatos e a segunda ficou em torno do polêmico projeto da Previdência Própria. “Colocamos as CPI´s para funcionar, mesmo sendo situação e com relação a Previdência Própria não foi a aprovação em si, foi o prefeito que deixou de pagar a parte patronal e o “patinho feio” da história ficou sendo eu, alguém teria que levar a culpa e esse fui eu”, desabafou.

O vereador ainda defende a atitude do prefeito. “Na realidade o que aconteceu foi que disseram que Edson meteu a mão no dinheiro do servidor, e isso não é verdade, o que aconteceu foi que a prefeitura reconheceu o erro e isso foi provocado pelo momento econômico que enfrentamos. Nesse aspecto a previdência sim me prejudicou, tive que ir na casa de professores para explicá-los sobre o projeto. Fui o único vereador que me reuni com os quatro sindicatos, intermediei a negociação com o prefeito e enquanto presidente deixei que fizessem audiências”.

Apoio a Edson Vieira – Questionado sobre seu apoio a Edson Vieira, o parlamentar disse que já esteve com Edson desde tempos passados e que não caiu de paraquedas no grupo. “Não fui paraquedista, já apoiava Edson desde a derrota dele em 2008. Estive com ele para deputado duas vezes e depois para prefeito e consecutivamente a reeleição. Defendi o nome dele para se tornar a liderança que ele já era, fizemos um trabalho de oposição e permitimos a volta dele de ser candidato e agora na reeleição temos um governo que, apesar dos problemas que houveram, mostrou que avançou, e se não fosse a crise teríamos mantido o ritmo dos dois primeiros anos que foram intensos, agora nos dois últimos teve uma desaceleração, mas estávamos juntos, nunca faltou gesto da Câmara”, afirma.

Carreira Política - Já analisando a sua derrota e os próximos passos de sua vida tanto profissional quanto política, Afrânio afirmou que não sabe se foi a sua despedida das disputas eleitorais, mas disse que o povo decide, além de afirmar que nunca viveu de cargos públicos. “Olhe quem diz que encerrou ou não é o povo, agora devemos analisar que foram 947 votos ideológicos e isso não é para se jogar fora”, diz.

“Ainda tô esperando uma conversa com Edson, que ele me disse que queria ter e a partir daí iremos definir o futuro, porém afirmo que nunca dependi de cargos públicos para viver, eu sou professor, tenho profissão. Faço política porque acredito em uma transformação da sociedade. Se o povo disser que eu não sirvo mais, aí sim entenderei e deixarei a política”, finaliza.

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