terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Indicado - O presidente Michel Temer (PMDB) decidiu indicar o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes (PSDB-SP), para ocupar a vaga no STF (Supremo Tribunal Federal) deixada pelo ministro Teori Zavascki, morto no dia 19 de janeiro em um acidente aéreo. A indicação do Planalto foi confirmada na tarde de ontem pelo porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, e precisa agora receber o aval do Senado. 

Sinal verde - Em meio à versão de que a indicação de Moraes não agradaria Cármen Lúcia, Celso de Mello telefonou a Temer com elogios ao então ministro da Justiça. A ida de Moraes para o STF alivia a vida de Geraldo Alckmin. O ministro era candidato à sucessão do governador em SP, o que podia complicar sua estratégia para atrair apoios em 2018. 

Preocupante - O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), definiu como “preocupante” a indicação pelo presidente Michel Temer do nome do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para o lugar de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. “Como ministro, por mais de uma vez, Alexandre de Moraes deu demonstrações de não conseguir gerir a segurança pública brasileira. Foi assim quando estourou a crise penitenciária, que culminou com mais de 100 mortes nos presídios brasileiros, cidades sitiadas e muita dor e sofrimento para centenas de famílias. Como alguém que fracassou na segurança vai ser indicado para o Supremo?”, questionou o senador pernambucano. 

Inquérito - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) abertura de inquérito para investigar os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Renan Calheiros (PMDB-AL) e o ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP). O pedido tem como base a delação premiada do ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado. Os investigadores apuram se os políticos cometeram crime de embaraço às investigações da Operação Lava Jato. Em delação premiada, Sérgio Machado citou manobras dos políticos para interferir nas investigações. 

Defesa – A defesa do presidente Michel Temer junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai se concentrar na tese de que ele não tinha conhecimento de fatos irregulares supostamente cometidos pela campanha de 2014 encabeçada pela ex-presidente Dilma Rousseff. Com isso, a defesa quer argumentar na Corte que Temer tem uma responsabilidade menor nas irregularidades de campanha detectadas até o momento nas investigações. O próprio Temer já deu aval para esse encaminhamento junto ao TSE. O advogado responsável pela defesa do presidente no tribunal é o ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Marcus Vinicius Coelho. 

Prazo - O juiz Sérgio Moro deu prazo de cinco dias para o que senador Renan Calheiros escolha quando e como será ouvido como testemunha de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que envolve o tríplex no Guarujá e o armazenamento do acervo presidencial, pago pela OAS. Moro sugeriu três datas na primeira quinzena de março (dias 2, 7 e 15) para que a audiência seja realizada por videoconferência na sede da Justiça Federal no Distrito Federal. Informou ainda que, caso o Senado tenha equipamento próprio de videoconferência, é possível definir outras datas e, ainda, caso prefira, o senador poderá comparecer em audiência, pessoalmente, na Justiça Federal em Curitiba. 

Candidato? - No discurso que proferiu na convenção da candidata do PTB à prefeita de Ipojuca, Célia Sales, o senador Armando Monteiro Neto praticamente assumiu sua candidatura a governador em 2018, ressaltando que a vitória da trabalhista, na eleição suplementar de abril, representava o início da mudança que os pernambucanos podem promover no pleito do próximo ano. “Ipojuca é a arrancada para a grande transformação que o Estado terá em 2018”, profetizou. Para um bom entendedor, o senador já está em plena campanha para enfrentar Paulo Câmara, mais uma vez. 

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