terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Projeto de reajuste salarial de PMs e bombeiros é aprovado em primeira votação na Alepe

Com 32 votos de deputados, projeto recebeu primeira aprovação na tarde desta terça-feira (14). Onze parlamentares contrários à proposta deixaram o plenário no momento da votação.

A Assembleia Legislativa de Pernambuco aprovou, em primeira votação, o reajuste salarial para policiais e bombeiros militares na tarde desta terça (14). Depois de uma extensa discussão sobre a legitimidade do projeto proposto pelo governo do estado, 32 deputados estaduais votaram favoravelmente à proposta. Outros 11 parlamentares, contrários ao projeto, deixaram o plenário no momento da votação.

A proposta prevê um aumento que varia entre 25% e 40% para os profissionais e contempla desde os soldados até os coronéis, além de oferecer 300 novas vagas para subtenentes. As correções salariais devem ser feitas em maio de 2017 e nos meses de abril e dezembro de 2018. Na quarta (15), o projeto segue para segunda votação na Alepe e, na quinta (16), para redação final. Caso seja aprovada, a proposta segue para sanção do governo do estado na sexta (17).

Integrante do grupo favorável à proposta, o deputado Isaltino Nascimento (PSB) alegou que o projeto é benéfico para a categoria. "O custo que o governo está tendo é alto e essa proposta atende às necessidades dos profissionais", frisou.

O deputado Silvio Costa Filho (PTB) foi um dos deputados que se retirou da casa. Questionando a legitimidade do projeto, ele alegou que a proposta deveria ser votada somente após cinco reuniões ordinárias. "A Assembleia Legislativa de Pernambuco está rasgando o regimento interno ao colocar esse projeto em votação", pontuou o parlamentar.

Do lado de fora da Alepe, policiais e bombeiros militares se reuniram para aguardar o término da votação. Acompanhados por representantes da Associação de Cabos e Soldados de Pernambuco (ACS-PE), os profissionais garantiram a manutenção da operação-padrão, deflagrada desde dezembro de 2016.

Gritando frases como "não vai ter Galo", a categoria sinalizou que a segurança do carnaval pode ser comprometida devido à aprovação do projeto. "Nenhum dos policiais quer receber as diárias do carnaval depois desse projeto", pontuou o deputado Joel da Harpa (PTN).

Apesar do descontentamento com a aprovação da proposta do governo, o presidente da ACS-PE, Albérisson Carlos, alegou que a categoria não deseja greve. Ainda assim, ele não descartou a possibilidade de paralisação. "O governo quer que a categoria perca o controle, mas estamos fazendo tudo dentro da legalidade. Mesmo assim, seria leviano falar que não haverá greve de jeito nenhum", pontua.

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