sábado, 7 de novembro de 2015

Bate-Papo Bartôl Neves 

Nascido em Santa Cruz do Capibaribe, em 25 de julho de 1976. É um dos 12 filhos do casal Justo Januário da Silva e Maria das Neves. Herdou da mãe, os posicionamentos firmes e a maneira contundente. Bartolomeu Justos das Neves o irreverente e polêmico radialista foi mais um convidado do Bate-Papo Direto ao Ponto, contando sua trajetória de vida e carreira profissional. 

O pequeno Bartôl 

De infância humilde, morou em diversas ruas da cidade. “Não pagava o aluguel por isso se mudava tanto”, brinca. Ruas Siqueira Campos, Rua Grande, João Balbino, Francisco Barros, Lázaro Davi Monteiro, estão dentro do contexto. “Marcaram a Avenida Padre Zuzinha, onde brincávamos com filhos de dona Zeni, e a Rua do Rio”, destaca. 

O pai foi caixeiro viajante e retratista, viajando por diversos Estados. Enquanto isso, Dona Maria das Neves, costureira, criava os filhos com pulso firme e severidade. “Minha mãe era do tipo que não levava desaforo pra casa”, conta orgulhoso. 

“Herdei dela também esse gosto pela política. Essa coisa de querer ajudar os outros, de tá na luta. Ela foi militante de Severino monteiro”, relembra acrescentando que a mesma ajudava no encaminhamento de pessoas para centros hospitalares como Campina Grande e Caruaru. 

Estudos

Na infância estudou nos colégios Luiz Alves e Orlandina. Antes disso, na escolinha da professora Gercina, de quem guarda um carinho especial. “Ainda hoje chamo ela de tia. Minha mãe tinha uma aproximação muito grande com ela”, conta. 

Conselho de mãe – Os quatros filhos mais novos estudaram na mesma turma e Dona Maria das Neves pedia para que sentassem próximos, principalmente para trocar os lápis de colorir, pois não tinha para todos. 

Trabalhos 

Começou a trabalhar cedo. Vendeu picolé, sandália na feira, pegou frete e também começou a cortar lycra na tesoura em pequenos e grandes fabricos.  

“Vendi frutas na feira. Lembro que a fome era tanta que íamos 5h da amanhã para feira a pé, andava 15 minutos, no beco de Inocêncio Moraes, e o maior prazer não era prestar contas, era o almoço, comia pão com molho de carne no mosqueiro da feira era nossa alegria”, conta. 

Aproximação com Pitombinha (E Pitombinha de sua irmã...) 

Bartôl conta que a aproximação com o companheiro de trabalho Hamilton França que depois passou a ser amigo/irmão, deu-se pela paixão do amigo com sua irmã. 

“Ele se interessou por minha irmã. Jovem muito bonita, foi miss Santa Cruz, madrinha da Rádio Vale... ele botou os ‘zoião’ e eu não sabia. E me chamou para ajudar no teatro, no trem do Pitombinha e nos aproximamos”, conta. 

Ainda sobre amigo, diz que foi o ‘ultimo dos moicanos. E explica porque consegui trabalhar com o mesmo há tantos anos. “Consegui entender e respeitar do jeito que ele é”, fala. 

No teatro fazia a técnica de iluminação e criou também o palhaço ‘CuenCuen’ que animava festa e eventos infantis. 

Tempos na Bahia 

Em 1994 muda-se para o interior Baiano, onde tem suas primeiras experiências no Rádio bem como em produção e organização de eventos, ao lado do amigo Hamilton França. 
“Fui em 1994 para Bahia e chegamos a produzir um especial de Natal para TV Camaçari. Os caras gostaram da gente, queriam que fizéssemos um programa final de semana. Mas televisão para quem tá começando é só ilusão”, conta acrescentando que financeiramente não era rentável. 

“O palhaço ‘CuenCuen’ nasceu lá. Estudei, fui presidente de turma. Levei a quadrilha nossa também, já eles só tinham mais o estilizada. O teatro me deu o palhaço e o palhaço me deu o rádio”, diz falando da primeira experiência na Rádio de Mata de São João.

Além disso, foi comerciante na cidade de Dias D’Ávila. E fazia as feiras da região com familiares no fusca do Pitombinha. 

De volta pra casa, fixa-se no Rádio

“Voltei no dia 19 de dezembro de 1999. Minha mãe tinha falecido em 6 de novembro de 1998 eu ainda tinha morado um tempo sozinho em Salvador, mas é difícil morar em Capital”, diz. 

Na primeira Rádio Santa Cruz FM, ainda Pirata, começa com Claudemir Nunes. Faz o programa ‘Feijão com Arroz’ ao meio dia com Hamilton, antes de enveredar pelo radio jornalismo policial. 

“Nessa questão tenho que tirar o chapéu para duas figuras. Maurício Sobrinho: Um dos desbravadores e Antônio Carlos”, diz. 

Não é mole - Bartôl conta que enfrentou problemas de saúde trabalhando em porta de delegacia. “A dificuldade é quando se envolve emocionalmente com os casos. E quando se deixa levar e fazer amizade com a família e do outro lado tem a família da vítima também. E isso desenvolveu estresse, ansiedade, obesidade”. 

Como radialista trabalhou na Vale/AM, Comunidade, São Domingos, Santa Cruz FM e atualmente Polo.

No calendário - Ele ainda é um dos idealizadores do ‘Bregaribe’. Evento realizado no dia do trabalho, na cidade, com renomados cantores do mundo brega.

Família – Casado com Andrea, com que esta junto há 11 anos, é pai da pequena Ana Beatriz.

Jogo Rápido 
Teatro – Experiência de vida
Rádio Vale – Valeu a pena o esforço 
Comunidade FM– História na comunicação 
Rádio Polo – Atualidade 
Edson Vieira – Grande político e administrador 
Roberto Asfora – Homem a ser seguido 
Carlinhos da Cohab – Aprender a viver e respeitar o próximo 
Ernesto Maia – Peca por excesso 
José Augusto Maia – Sua história, com prós e contras, tem que ser respeitada 
Jason Lagos – Grande administrador de comunicação 
Ronaldo Pacas – Um dos maiores locutores que conheço 
Marcondes Moreno – Amigo e irmão. Sofredor, lutador e não se entrega nunca. 
Hamilton França – Um guerreiro, irmão talentoso e exemplo na cultura de Santa Cruz do Capibaribe 
Andreia  e Ana Beatriz – Minha vida 
Maria das Neves – Minha história 
São Domingos – Lugar que escolhi para viver estou há 12 anos e pretendo ficar até o ultimo dia de minha vida 
Santa Cruz do Capibaribe – É a terra onde nasci. Meu berço. 

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