segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Bate-Papo Zé Boi

Com cinco eleições disputas em Santa Cruz do Capibaribe (tendo conquistado êxito em três delas), o ex-vereador José Manoel da Silva, o popular Zé Boi, foi o entrevistado da quarta-feira (18) do ‘Bate-Papo Direto ao Ponto’ onde contou causos de sua vida como comerciante, parlamentar e produtor de eventos. Confira um pouco mais de sua história:

Infância
Nascido em 30 de novembro de 1961, no Distrito do Pará, em Santa Cruz do Capibaribe, ele é o caçula dos oito filhos do casal Manoel Antônio da Silva (Mané boi) e Josefa Maria de Soledade, (ambos in memória).

Como mais novo era o mimado da casa. “Os mais velhos trabalhavam no pesado e eu sempre no mais maneiro”, relembra.

‘Inimigo da roça’ – O pai costumava dizer que ‘homem de verdade’ era o que trabalhava na roça, e o rapaz nunca foi disposto a trabalhos ‘pesados’. Esperto, colocava os sobrinhos para o trabalho e apenas trazia as colheitas para casa.

Estudos- O jovem estudou até a 8º série na escola intermediária José Quirino da Silva, na Vila do Pará.  Depois, como não tinha ensino de segundo grau na Vila, começa os estudos no Padre Zuzinha, onde estuda até o meio do terceiro ano. “Quando mudei para o padre Zuzinha, fiquei muito ocupado, trabalhando muito e desisti no meio. Sempre gostei de estudar e minha falha foi ter desistir”, relembra.

Ainda no Pará, recorda alguns professores. “Quem ensinava era Galego de Mourinha, João Nunes, Alvino, Francisquinho...”, diz.

Trabalhos
Multitarefas - Ele já foi dono de bar, confeccionista de
calcinha, calça social, vendeu cimento, pão e calçados. Além de tudo, quando jovem foi passador do jogo do bicho. E tinha
um motivo ‘especial’ para isso. “Eu não gostava de pegar no pesado. Mas já fiz de tudo. Além disso, já matei boi também. Só não gostava de ficar dentro de casa”, fala.

Rodeado de ‘crianças’  - Além de diversos afilhados, contabilizando cerca de 40, Zé boi foi responsável por formação de times de futebol amador. “Sempre fui amante do futebol. Passava o dia inteiro na vila batendo bola e depois comecei a formar time”, conta destacando o ‘Estrelinha’ da Vila do Pará, conhecido por disputas e títulos no futebol amador do município.

Mudança
Em 1986 muda-se em definitivo para a sede do município. E conta com uma ajuda primordial do compadre Deco Coreiro. Vai morar em sua casa na Rua Duque de Caxias e monta uma loja de material esportivo (Manoela Calçados), na Avenida João Francisco Aragão.

É no período também que investe no ‘Estrelinha’. Equipe de futebol amador.

Zé Boi – O produtor de eventos
Responsável por trazer diversos artistas para cidades, Zé boi organizou o primeiro “Brega e Chique”, realizado no Novo Clube. Entre as apresentações Baltazar e José Ribeiro. “O primeiro evento foi em 1986, com Núbia Lafaiet. Deu certo e depois eu e o finado Armando fizemos o Brega e Chique. Depois acostumou, com grandes sucessos, Zé Ramalho entre eles”, conta orgulhoso.

Curiosidade – Um imprevisto antes da realização do show de Cassiano Costa obrigou-lhe vender um fusca para cobrir investimentos. O evento superou as expectativas e logo que o evento terminou correu ao negociante e comprou novamente o veículo.

Foi também o primeiro produtor a trazer Mauricio Reis, ao Novo Clube.

Anos mais tarde - Com o ingresso na vida pública, passou anos sem dedicar-se aos eventos. Quando retorna, realiza ‘o’ grande encontro’ com Delmiro Barros e Nico Batista, em Cacimba de Baixo, que estavam no auge.

Os Nonatos, Brasas do Forró, Amado Batista, Roberta Miranda, Mastruz com Leite, Almir ex-fervers, Vicente Nery e Waldonys estão entre bandas e artistas que já participaram de eventos sob sua organização.

Com o passar do tempo, os eventos já não rendiam o esperado financeiramente e decidiu por encerrar.  “O grande encontro nunca mais esqueço. Mas depois a maré foi baixa só fazendo e caindo...aí a mulher disse ‘eu ou os eventos’ e tive que decidir”, diz às gargalhadas.

Família – Casado com Maria Lucia Ramos da Silva, desde 1984, estão juntos a mais de 33 anos, tendo duas filhas Manoela e Mariane.

Detalhe – O nome da primeira filha era pra ser Gabriela. Foi o Zé Boi que registrou com Manoela sem nem a mãe ter conhecimento.

Curiosidade do casório– Casaram sob as bênçãos do padre Bianchi, numa quinta-feira, ao meio dia. Detalhe: Zé Boi calçando botas.

Na política
Disputou a primeira em 1992. De família tradicional do grupo boca preta, disputa as primeiras eleições pelo grupo denominado, à época, cabecinha. Isso por que lideranças do seu grupo diziam que não tinha espaço para mais uma candidatura.

“Na minha primeira eleição tinha votado em Galego de Mourinha. Muito meu amigo. Em 1992 decidi disputar, mas Augustinho e Ernando disseram que não queriam por questão financeira e Zinha me perguntou se queria sair candidato do grupo cabecinha, sendo o candidato da Vila do Pará”, conta acrescentando que à época lideranças do grupo Boca-Preta, como Salete Jordão foram à sua residência tentar mudar.

Primeiro discurso– Passou a semana todinha ensaiando o que e como iria falar. Eis que por coincidência do destino vários ‘figurões’ do partido estavam presentes ao evento. E
ele é colocado para falar exatamente após o então governador Miguel Arraes de Alencar. “Eu simplesmente travei. Saiu nada”, diz.

1996 – Na campanha do padre Bianchi para prefeito, ele é reeleito, para o legislativo local.

1998 – Com a briga entre Zé Augusto e Edson Vieira, Zé boi fica com o segundo e rompe com o grupo cabecinha.

2000 – Se reelege mais uma vez para Casa José Vieira de Araújo. Houve muita aposta que o mesmo não conseguiria, após a mudança de ala. Foi à eleição, porém, que teve mais votos: Cerca de 1200.

2004 -Primeira derrota – Não conseguindo pela quarta vez a vaga, ainda viu o candidato a prefeito, Dr. Nanau, ser derrotado por José Augusto Maia.

2008- Apoia Junior Gomes para o poder legislativo.

2012 – Tenta, mas fica novamente de fora.

Jogo rápido
Dona Lucia- Minha companheira, minha esposa 
Manoela e Mariane - Dois anjos. Duas bênçãos que Deus me deu 
Toinho do Pará - Gente cara. Muito atencioso 
Galego de Mourinha – Um amigão 
Padre Bianchi – Meu conselheiro 
Padre Zuzinha – Eterno padre 
Zé Augusto Maia – Um político meio traiçoeiro 
Natálio Arruda – É  a caixa de ferramentas 
Junior Gomes – É uma máquina quente 
Grupo boca-preta – Gosto demais. Desde pequeno
Grupo Taboquinha – Só tenho a agradecer
Edson Vieira – Prefeito que está trabalhando muito
Vila do Pará – Minha terra. Amo demais 
Santa Cruz do Capibaribe – Minha terra, meu amor, minha paixão. 

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