domingo, 21 de abril de 2013


Perigo a vista: PEC 37 cria embate entre MP e polícias

Um verdadeiro embate público vem sendo travado, por meio da Imprensa, entre os integrantes do Ministério Público e delegados sobre a Proposta de Emenda Constitucional de número 37 (PEC 37), que limita a atribuição de investigar apenas às polícias, excluindo, portanto, o MP de realizar essa atividade. De um lado, os promotores e procuradores anunciam, aos quatro cantos do País, que a proposta é uma ação articulada pelos poderosos e que visa a beneficiar os corruptos.

De outro, estão os delegados que insistem em dizer que a medida apenas regulamenta o que já é determinado pela Constituição Federal. No meio dessa guerra, que parece ter muito de vaidade, estão os deputados federais, donos do poder de decidir quem está certo ou errado. A matéria tramita na Câmara e está pronta para ser votada, a previsão é que o assunto seja decidido já no próximo mês.    


O debate sobre a PEC 37, que foi apresentada na Câmara Federal em 2011, de autoria do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), esquentou nas últimas semanas. Manifestações por todo o País são lideradas por representantes do Ministério Público, que buscam apoio popular para tentar evitar que a proposta seja aprovada no Congresso.
O próprio procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vem combatendo sistematicamente a PEC, que ganhou o apelido entre os membros do MP de “PEC da Impunidade”. Isso, porque o grande argumento da entidade é que a medida visa a beneficiar uma minoria que detém o poder político e econômico no Brasil, já que não haveria controle sobre as investigações.
OPINIÃO

A sociedade brasileira vive um momento ímpar em sua história. Aquela sensação de impunidade que predominava e causava indignação a tantos, tem perdido forças, graças a figuras como Joaquim Barbosa e membros do próprio Ministério Público o nosso povo voltou a acreditar que o crime não compensa.

Uma sociedade forte se constitui de instituições e segmentos fortes. Tirar do Ministério Público a legitimidade de investigar bandidos travestidos de bons moços pode representar um retrocesso.

Cabe à sociedade ficar atenta e cobrar que processos investigativos, principalmente contra os “ratos do poder”, possam ocorrer sem a influência nefasta daqueles que querem apenas salvar sua pele.

Da Redação – César Mello com informações da Folha de Pernambuco


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