Bate Papo com Zilda Moraes
Zilda Barbosa de Moraes Mena nasceu na Vila Poço Fundo no dia 02 de setembro de 1949, divorciada, filha de Lourival Ferreira de Moraes e Severina Barbosa de Moraes e tem 12 irmãos.
Zilda tem uma história política de fidelidade, sempre foi defensora do grupo dos Mendonça, desde a época do deputado federal José Mendonça, e do atual Mendonça Filho.
Zilda Moraes já exerceu diversos mandatos de vereadora, totalizando seis participações, mas o fato mais marcante de forma triste, foi a sua quando exercia o mandato de presidente da câmara sob a acusação de superfaturamento na obra, ela deu a volta por cima e retornou ao legislativo.
Infância
Apesar de seu pai ter um poder aquisitivo maior, ela não era diferente de outras crianças, sempre brincando de bonecas, de bicicleta e se reunia para conversar com todas. “Na minha Vila de Poço Fundo, brinquei muito de boneca, andei de bicicleta, que era umas pequenas que apareciam por lá e sempre conversei com elas a noite inteira, passávamos horas juntas”, lembrou Zilda, que ainda citou que suas amigas faziam parte da família de Antônio Catanha e Zé de Roque.
Ida para Caruaru
Ainda muito pequena, com apenas 10 anos, Zilda lembra que foi morar em Caruaru e diz que até os dias atuais não entende a mudança de forma tão rápida, já que disse que seus pais deveriam ter vindo para Santa Cruz do Capibaribe e não à Caruaru. “Fomos a Caruaru e até hoje, eu me pergunto, o porquê dessa mudança para lá, pois tínhamos Santa Cruz do Capibaribe para morar e se deslocaram à Caruaru”, disse.
Estudos
Zilda relembra que estudou na escola de Erasta (hoje Escola Malaquias Cardoso), e disse ter professores nos quais marcaram a sua vida, a exemplo de Faustina, Eziu Moraes, Terezinha Arruda e tantos outros, alguns deles já falecidos. Além de citar que depois estudou em Caruaru, na Escola Vicente Monteiro, antes de seu retorno a Santa Cruz do Capibaribe. “Comecei os estudos na Escola de Erasta e depois fui até a cidade de Caruaru, onde estudei na Escola Vicente Monteiro e depois voltei, estudei na Escola Reunidas Rurais (Escola de Erasta), Grupo Luiz Alves e na Escola Cenecista, onde encerrei o Magistério”, disse.
A ex-vereadora disse que já teve aulas com Socorro Maia, a quem elogiou bastante e ainda citou Eziu Moraes, Terezinha Arruda e mais algumas professoras de Surubim. Além e citar Antônio Gomes Aragão, professor de matemática que deu aula no Luiz Alves, e o professor Santos, “que não me deixava filar nas provas, e depois, acabou casando com a minha irmã Sônia”.
Retorno a Santa Cruz do Capibaribe – Após morar durante a sua infância e metade da adolescência em Caruaru, a ex-vereadora disse que voltou a Santa Cruz do Capibaribe, na época da eleição de Raymundo Aragão contra Gaudêncio Feitosa, e disse que o seu pai foi vereador por três vezes e depois enfrentou Raymundo Aragão nas eleições de prefeito, não obtendo êxito.
Zilda ainda estudou em São Paulo e morou na Bolívia
“Em 1971, estive em São Paulo, onde eu era noiva do Dr. Luiz Mena, e depois de três meses casei com ele, fomos até a Bolívia e passei 6 meses lá, depois a saudade apertou e terminei voltando para cá com ele”.
Trabalhos
Zilda Moraes já foi professora, inclusive, deu aulas ao vereador Dida de Nan (PSB) e também já exerceu o cargo de diretoria do Hospital Regional do Agreste, em Caruaru. “Estive, na realidade nem lembro que havia dado aulas a Dida, nós tínhamos uma escassez de professores na Vila de Poço Fundo e ai me convidaram e eu fui, e com relação ao HRA, estive na Diretoria de lá, na época de Dr. Neves a frente do cargo e também de Dr. Tito de Belo Jardim”, relembrou Zilda, que disse que sempre cobra que seja dada prioridades a área da Saúde.
Vida Política
A descoberta de Padre Zuzinha
Zilda relembrou que o Padre Zuzinha, prefeito na época, descobriu a sua vocação política, e que acabou sendo um dos incentivadores de sua candidatura a vereadora, além de João Colóia, outro amigo de Zilda.
“Você olha hoje e ainda vê os calçamentos de Raymundo Aragão, então prova que as coisas eram feitas de forma mais comprometida”, frisou.
Fidelidade partidária?
Zilda Moraes é a única política santa-cruzense que sempre permaneceu no mesmo partido, o Democratas na atualidade, antes o partido já foi Arena I, PDS e PFL. Além de ser fiel defensora do nome dos Mendonças, na cidade. “Nós vemos que o que existe é um jogo de interesses, sempre me mantive no mesmo partido e o deputado federal Mendonça Filho também tem essa trajetória de ser fiel, prezo muito por isso, além de ter uma carreira com os Mendonças”, disse.
Primeiro mandato de Zilda e votações expressivas em eleições sucessórias
Zilda Moraes disse não relembrar quais foram as suas votações na primeira eleição em 1983, mas tem recordações dos fatos.
Primeiro discurso foi tenso – a ex-vereadora disse que no seu primeiro mandato foi discursar e teve a sensação de felicidade por representar ao povo. “No dia em que cheguei para discursar, sentir uma sensação de liberdade e de compromisso em estar representando o povo, foi muito bom e difícil, pois eu não sabia exatamente o papel dos vereadores”, citou.
Mão de ferro – Tratada como uma vereadora econômica, Zilda Moraes, na época em que foi presidente da Câmara, citou que tornou a casa independente, retirando os custos da prefeitura, alguns vereadores acharam uma atitude perigosa, mas depois exaltaram. “Sempre busquei gerir bem o dinheiro das pessoas, passava de sala em sala para apagar as luzes e questionar os motivos que deixaram acesas. Alguns vereadores queriam ir para Congressos e pediam dinheiro da Câmara, eu não permitia, e quando permitia, exigia que eles me fizessem uma apresentação do que aprenderam lá”, ratificou.
O momento da cassação
Após seis mandatos de vereadora, onde na oportunidade esteve por três vezes à frente da presidência da Câmara, Zilda não se conteve nas emoções de relembrar o momento de sua cassação, a “Guerreira” foi acusada de superfaturamento na obra de ampliação da Câmara de Vereadores, citando que pagou por um preço que não devia. “Quando eu lembro daquele momento, me dá uma revolta, por você ser honesta e querer fazer o bem por Santa Cruz, a inveja subiu à cabeça de alguns, e eu como inocente no caso, achei melhor ser cassada do que renunciar. Vocês não imaginam o sofrimento de um crime que você não cometeu”, falou.
Zilda disse que apenas Edson Vieira foi leal a sua inocência – O então na época vereador Edson Vieira, foi o
único que ficou ao lado da ex-vereadora, de acordo com Zilda, ele sempre afirmou que acreditava na inocência da guerreira e defendeu a mesma inclusive votando contra a sua cassação. “Queriam me enterrar, eu tombei, mas retornei mais forte ainda”, citou.
A volta, após decisão judicial – Zilda relembra que estava no Recife quando recebeu o comunicado de seu irmão, que disse que ela teria que retornar para assumir o seu mandato. “Voltei cheia de esperança e de alegria, preparei meu discurso e nele afirmei que perdoaria todos que queriam o meu mal”, diz emocionada.
A ida para os taboquinhas
Zilda Moraes, que rompeu com o grupo Boca-Preta, pouco tempo antes das eleições de 2012, disse que a sua ida para o grupo se deu por conta de divergências políticas com o atual prefeito Edson Vieira. “Todos sabem os motivos no qual eu deixei o grupo, mas o que me deixou feliz, é a amizade que tenho com todos eles, tem taboquinhas que gostam de mim e isso é importante”, relembrou.
Zilda 2016 – A ex-vereadora disse que está analisando os possíveis posicionamentos do DEM na cidade, e disse que está vendo os caminhos que melhor se apresente ao partido. “Estamos estudando o caminho do Democratas, recebemos filiações e estamos vendo o destino, tenho em mente que posso manter o desejo de ter uma chapa independente, se caso não for possível, vamos nos posicionar”, disse.
Jogo Rápido
A Política – Arte de bem servir
Padre Zuzinha – Um homem santo
Augustinho Rufino – Homem sério e honesto
Ernando Silvestre – Homem muito sério
José Mendonça – Grande Mestre que tive na vida
Mendonça Filho – Admiração por sua postura e trabalho nacional
Dimas Dantas – É um grande articulador
Rui Medeiros – Prefiro não falar
José Augusto Maia – Grande articulador, que teve seu auge, mas...
Fernando Aragão – Pessoa que tenho respeito, é meu amigo e é sério
Edson Vieira - Admiração por ser jovem que está trabalhando bem
Santa Cruz do Capibaribe – Meu amor, minha vida, na qual me dediquei a essa terra
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