Presidente do PMDB diz que crise na Câmara ainda deve 'demorar um pouco'
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), disse nesta quinta-feira (13) que, na opinião dele, a crise na relação entre os deputados do partido e o governo, "ainda deve demorar um pouco" a passar.
Nas últimas semanas, o PMDB, um dos principais partidos da base aliada, vem vivendo momentos de tensão com o governo.
Entre os motivos da insatisfação dos peemedebistas estão a não liberação de recursos para obras de emendas parlamentares previamente acertadas no ano passado e a resistência do governo em dar ao partido mais espaço na reforma ministerial. O foco da crise está principalmente na bancada do PMDB na Câmara.
Antes de acompanhar cerimônia de anúncio de investimentos do PAC 2 no Palácio do Planalto, Raupp foi questionado por jornalistas sobre até quando deve durar a crise entre PMDB e governo.
O senador disse ainda que a solução para o problema passa por um "conjunto de fatores", mas ressaltou que as negociações com o PT sobre alianças nas eleições regionais ajudam a amenizar o mal-estar entre as legendas.
"Vai dar uma melhorada [na crise] quando decidir esses 12 estados que estamos conversando com o PT para fazer aliança. Em oito ou nove deles, o PMDB deve ser cabeça de chapa e em quatro ou cinco, o PT. Isso facilita bastante", afirmou Raupp.
Novos ministros - Raupp também foi questionado sobre nomes do PMDB que devem ser anunciados pelo Palácio do Planalto como novos ministros. Nesta quarta-feira (12), o atual secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, disse que foi convidado pela presidente Dilma Rousseff para assumir o comando da pasta. Ele entraria no lugar do também peemedebista Antônio Andrade.
Além do nome de Neri Geller, Raupp ainda comentou sobre a possibilidade do ex-prefeito de Ouro Preto e atual presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Angelo Oswaldo, assumir o Ministério do Turismo. Para Raupp, a nomeação de Geller é bem aceita no partido, mas a de Angelo Oswaldo não "pacifica nem a bancada de Minas".