sexta-feira, 19 de maio de 2017

Denúncias de corrupção nas esfera federal repercutem na Alepe

As notícias divulgadas pela imprensa de que o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Aécio Neves (PSDB-MG) estariam envolvidos em práticas ilícitas repercutiram na Reunião Plenária desta quinta (18) na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O tema foi debatido pelos deputados Teresa Leitão (PT), Sílvio Costa Filho (PRB), Priscila Krause (DEM) e Terezinha Nunes (PSDB), que apontaram para a necessidade de se preservar as instituições e a democracia neste momento de instabilidade política.

Primeira a se pronunciar sobre o tema, a deputada Teresa Leitão defendeu o afastamento do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas para escolha do sucessor. “Precisamos exigir a irrestrita apuração dos fatos denunciados e dizer que Temer não tem condições de governar o Brasil", disse a parlamentar, que acrescentou. “Não dá para aceitar que esse Congresso, que sequer foi eleito para aprovar as profundas reformas hoje em discussão, eleja um presidente”, declarou.

Líder da Oposição, o deputado Sílvio Costa Filho avaliou o momento político como o mais difícil de sua geração. Assim como a sua companheira petista, o parlamentar defendeu a saída do presidente e a convocação de eleições diretas. “A situação de Temer é insustentável. Um novo processo de impeachment, no entanto, seria muito ruim neste momento. O melhor caminho seria a renúncia. Defendo as eleições diretas porque, só através do voto popular, o Brasil fortalecerá sua democracia”, justificou.

“Questiona-se a legitimidade do Congresso, mas ele foi constitucionalmente eleito. Temos o dever de preservar as instituições democráticas”, posicionou-se a deputada Priscila Krause, que voltou a defender a constitucionalidade do impeachment de Dilma Rousseff (PT). “Temer assumir a presidência foi uma saída constitucional que não deu a ele imunidade. Não podemos, no entanto, achar que esse fato que o envolve agora absolve erros anteriores”, avaliou. Para a parlamentar, as consequências da instabilidade política no mercado “é um preço que teremos que pagar”, afirmou a deputada.

Para a deputada Terezinha Nunes, não fazer eleições indiretas, conforme determina a Constituição, significa dar um golpe no País. A parlamentar pediu ponderação da sociedade e da classe política e defendeu a continuidade das investigações. “Se o presidente do meu partido tem culpa, que seja preso. O PSDB nunca acolheu corrupto; é um partido responsável, que deu sustentação ao Governo Temer na ocasião do impeachment e que defende as reformas em nome do País”, salientou.

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