terça-feira, 23 de maio de 2017

PSB avalia expulsão de Fernando Bezerra Filho que permanece no Governo Temer

O PSB decidiu abrir processo por indisciplina partidária com pena de expulsão contra o ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, na Comissão de Ética da legenda. O ministro já foi citado nesta segunda-feira (22) pela comissão e terá prazo de 10 dias para apresentar defesa por não acompanhar decisão da legenda de acompanhar de deixar o governo.

"O fato de não sair do ministério agrava muitíssimo a situação dele", disse o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, lembrando que Fernando Bezerra Filho já estava na mira da Comissão de Ética por ter se licenciado do cargo para votar a favor da reforma da Previdência."Espero que ele não deseje compor a cena do funeral do governo Michel Temer. Não dá para ficar agarrado a cargos. Peço que ele tenha bom senso e se retire antes", disse o presidente.

Apesar do ultimato, no último sábado (20), dia em que a sigla decidiu fazer oposição ao governo e anunciou que passará a defender a renúncia de Temer, o secretário-geral do PSB, Renato Casagrande (ES), afirmou que a decisão de Coelho Filho de permanecer ou deixar o cargo caberia ao próprio ministro na medida em que, segundo ele, a nomeação foi uma escolha pessoal de Temer, e não uma indicação do partido. Fernando Bezerra Filho já estava na mira da comissão de ética do PSB por ter se licenciado do cargo para votar a favor da Reforma Trabalhista.

Em uma nota, Fernando anunciou que vai permanecer à frente da pasta do governo Temer. No texto, o mesmo afirma que o desembarque não contribui para a construção de saída para a crise que enfrentamos. "O momento exige responsabilidade ante os graves problemas da pauta nacional. Responsabilidade e equilíbrio. Há um ano, recebi do presidente da República a confiança e a missão de reestruturar setores estratégicos, marcados por conflitos e incertezas em decorrência de um modelo esgotado e incapaz de atender às necessidades do Brasil", escreve.

Ameaçado de expulsão, Fernando Bezerra Filho, recebeu apoio de associações do setor elétrico para permanecer no cargo. Em uma reunião com 22 associações na segunda-feira (22), o ministro recebeu pedidos para continuar no comando da pasta. Associações presentes no encontro avaliam que o ministro conseguiu avanços em assuntos importantes, como o déficit de geração das usinas hidrelétricas causado pela escassez de chuva, que vinha causando prejuízo às concessionárias.

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