quinta-feira, 18 de maio de 2017

Protestos e pedidos de Impeachment são desencadeados após gravações envolvendo Michel Temer

Manifestantes se reuniram em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília, na noite desta quarta-feira (17), para protestar contra o presidente Michel Temer. O ato fazia referência às denúncias, reveladas pelo jornal "O Globo" no fim da tarde, de que Temer foi gravado dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Por volta das 22h20, a Polícia Militar contabilizava mais de cem manifestantes no local. Naquele momento, uma pessoa já tinha sido detida por tentar invadir a área privativa do Palácio do Planalto, de acordo com a PM. O protesto invadiu a madrugada, e os participantes diziam ter intenção de fazer uma "vigília" no local. No fim da noite, os manifestantes puxaram um panelaço contra Temer em frente ao prédio presidencial e quem não tinha o "instrumento" usou a própria grade metálica do edifício. Neste momento, Temer já tinha deixado o local.

Fogos de artifício também foram lançados na área próxima ao Palácio do Planalto. Por volta das 23h30, um grupo queimou pneus na Praça dos Três Poderes. Não houve registro de feridos ou de confronto nestes momentos.

Impeachment - Diente de tais fatos envolvendo Michel Temer, dois deputados federais, Alessandro Molon (Rede-RJ) e João Henrique Caldas (PSB-AL), entraram na noite desta quarta-feira com um pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Alguns parlamentares pedem ainda a renúncia do presidente

Molon argumenta que Temer incorreu em um dos crimes de responsabilidade elencados na lei que os define, delito contra a probidade na administração, tendo procedido de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), terá que analisar o pedido de impeachment, para decidir se dá prosseguimento à solicitação.

O deputado afirmou que o segundo passo será requerer as gravações com Temer feitas por Joesley Batista e chamar as testemunhas do caso para serem ouvidas no Parlamento. Para Molon, a conduta está devidamente tipificada na lei de responsabilidade e, segundo as informações noticiadas, há provas robustas para que Temer seja submetido ao processo de cassação.

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