sexta-feira, 18 de agosto de 2017

"A gente não pode admitir isso", afirma Daniel Coelho sobre fundo de financiamento para campanhas  

Movimenta o Congresso Nacional nos últimos dias a tramitação da Reforma Política, com algumas propostas de mudanças no sistema eleitoral, já aprovadas em comissão e que podem ser votadas no Plenário. A Câmara dos Deputados até iniciou nesta quarta-feira (16) no plenário a discussão sobre a proposta da reforma, mas, uma hora e 20 minutos depois, a sessão foi encerrada e a votação, adiada devido ao risco de não ter quórum suficiente para aprovar as medidas. A votação deve ser iniciada na próxima terça-feira (22). 

Em participação ao programa Direto ao Ponto, o deputado federal pernambucano Daniel Coelho (PSDB) falou sobre alguns pontos presentes na reforma, e criticou a proposta de criação do Fundo Especial de Financiamento da Democracia, mantido com recursos públicos, que pode chegar a cerca de R$ 3,6 bilhões. "A maior preocupação nossa com essas mudanças é esse fundo vergonhosos de 3,6 bilhões, dinheiro que deveria está sendo gasto na educação, na saúde, na segurança, e que querem colocar para as campanhas eleitorais", afirmou. 

Segundo o deputado, serão concentrados esforços para evitar a aprovação do fundo. "A gente não pode admitir isso, divergência sobre sistemas políticos são naturais, agora esse (Fundo Especial de Financiamento da Democracia) é o ponto no qual nós devemos nos concentrar ao longo da próxima semana para que ele de forma alguma venha a ser aprovado. Quanto a mudança de sistema, eu acho que aí sim é uma discussão valida e merece ser aprofundada", destacou. 

Desde 2015 as doações empresariais aos candidatos estão proibidas, tornando escasso a captação de recursos para realização das campanhas eleitorais, o que resultou na proposta da atual reforma política, que pretende ampliar o financiamento público das campanhas

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