A tarde desta terça-feira foi muito movimentada nos bastidores da Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Capibaribe, que foi palco da última sessão ordinária do semestre, marcada pela entrada, por parte de membros da oposição, de dois pedidos de instalação de CPIs, uma para averiguar possíveis irregularidades na distribuição de bancas do Calçadão Miguel Arraes de Alencar e mais uma, que tem por objetivo apurar o processo licitatório do caso dos coffes-breaks.
Em meio aos debates em torno do assunto e muitas especulações, a presença do vice-prefeito Dimas Dantas (PP) chamou a atenção de todos. Dimas foi o grande articulador da CPI do Calçadão e não esconde de ninguém que pretende levar a questão até as últimas consequências. “Na verdade eu fui o grande fiador da campanha de Edson Vieira em 2012. Eu fui eleito vice-prefeito com ele e nos comprometemos e fazermos uma política inovadora aqui em Santa Cruz, e pedimos uma chance para fazer algo transparente, porque era isto que se criticava tanto nas gestões passadas. Nesta questão especifica, fiz duas reuniões com o prefeito Edson e em uma delas no Cabana Clube e me comprometi a, junto com ele, fazer com o que as pessoas voltassem para o mesmo canto no Calçadão”, disse ele, em entrevista ao programa Direto ao Ponto.
Dimas falou ainda sobre o objetivo da CPI. “O que estou querendo através da CPI é dar explicação a sociedade e cumprir com aquilo que eu e o prefeito nos comprometemos com as pessoas. E olha que não digo em minha denúncia que há corrupção, mas que é necessário esclarecer. Se por ventura o prefeito nada tiver feito qualquer ato de corrupção na distribuição dos bancos, que há honra seja lavada com o melhor alvejante possível e se houver culpados que sejam punidos”.
A possibilidade de Dimas retornar ao grupo Taboquinha tem sido muito debatida e da mesma forma, negada por ele. “Este meu pedido não significa alinhamento político com os Taboquinhas, e não tive reuniões, a não ser uma única vez que me encontrei com os vereadores aqui na Câmara e percebemos a necessidade de uma criação de uma CPI”, disse ele, que emendou, “quero reiterar que não estou fazendo alinhamento com grupo nenhum, não tenho vínculo nenhum com grupo. Entendo que os dois grupos são idênticos e pertencem à mesma semente que geraram a mesma árvore, deram frutos idênticos com o mesmo sabor e a população não tem conseguido provar de uma administração verdadeiramente diferente”.
Para finalizar, ele afastou a possibilidade de voltar a disputar um mandato eletivo na eleição do próximo ano, mesmo com sua volta à cena política local. “Não tenho mais interesse em disputar mais cargos. Esta é uma decisão justamente com minha família, mas não faltam propostas de pessoas nas ruas para que eu não desista”.
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