quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Jessyca Cavalcanti comenta conflito entre os professores e gestão municipal sobre recursos do extinto FUNDEF

A vereadora eleita e professora, Jessyca Cavalcanti (PTC), durante participação ao programa Rádio Debate, esteve comentando todo o processo que culminou no conflito entre a categoria dos professores e a gestão municipal de Santa Cruz do Capibaribe a respeito da discordância na aplicação de verbas do extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF). Os profissionais da educação reivindicam o recebimento de 60% de um repasse de R$ 18 milhões, referente a uma indenização do Fundo.

Jessyca lamentou a situação desencadeada durante a ocupação dos professores ao prédio da prefeitura, na última segunda-feira (14), onde alguns educadores ficaram presos dentro do imóvel, após o término do expediente. “Eu discordo completamente. Eu estava indo com Edson para Recife e ao ficar sabendo (da situação), fiquei muito agoniada. Me sinto culpada, porque se eu estivesse aqui (em Santa Cruz do Capibaribe), aquela situação não teria acontecido, porque eu não admito de forma nenhuma. E também digo e reafirmo que não houve de forma nenhuma um comando do prefeito Edson Vieira para que uma situação daquela ocorresse”, disse. 

Jessyca destacou a presença do diálogo na gestão Vieira. “O sindicato de Santa Cruz do Capibaribe tem uma história de luta, e o governo Edson Vieira tem uma história nos seus quatro anos de atendimento a categoria. Em nenhum momento, Edson se negou a receber o grupo de professores, nós tivemos duas reuniões, as duas eu estive presente”, afirmou. 

A vereadora eleita declarou que a situação desencadeada na segunda-feira partiu de atos isolados. “As pessoas que trataram mal, fecharam a prefeitura, tem que retratar publicamente. Não é esse o direcionamento do governo, foi uma atitude isolada de algumas pessoas. Ontem foi conversado com Edson, foi dito de fato como aconteceu. E Edson expôs que ele não quer que isso aconteça de forma nenhuma, que isso não é a diretriz do governo dele. Edson não é um governante autoritário”, disse.

Na oportunidade, Jessyca explicou que durante reunião realizada nesta terça-feira (13) entre os professores e o prefeito Edson Vieira (PSDB), o gestor continuou com o posicionamento de que não mexerá no dinheiro fruto do conflito enquanto não sair a decisão definitiva por parte do Supremo Tribunal Federal, segundo a vereadora, Edson só mexerá com 25% desta verba, para investir justamente na área de educação.  

Diante deste posicionamento do prefeito, os representantes da categoria colocaram como uma possibilidade a formação de um Conselho de Controle Social, formado por representantes dos professores e do governo, para acompanhar a movimentação destes recursos por parte da gestão municipal. A possibilidade foi aceita pelo prefeito Edson Vieira. 

Entretanto, ao apresentarem a proposta da formação do Conselho de Controle Social à assembleia dos professores, realizada logo após a reunião com o prefeito, a categoria rejeitou a possibilidade e votou pela solicitação por parte do sindicato de uma ação judicial para assegurar o bloqueio de 100% da verba. “Entendo também que a partir do momento que sai da esfera da discussão e da negociação e entra para a questão jurídica, ai é outro viés”, afirmou Jessyca. 

Após a reunião com prefeito Edson, os professores desocuparam a recepção da prefeitura, na tarde desta terça-feira.

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