Campanha eleitoral no ciberespaço
Estamos
a poucos meses de começar a campanha eleitoral – apesar de que, para muitos, já
ter começado no ciberespaço. E como vamos vê, mais uma vez, são campanhas que
terão um show à parte, principalmente na internet. Assistiremos e
visualizaremos diariamente a um “show” de iniciativas capazes de seduzir o
grande público.
Neste
caso, a web será mais uma vez posta em evidência, já que deverá ser utilizada
em todas as suas instâncias. Mas uma coisa não podemos deixar de ressaltar, a
ampliação da participação política dos cidadãos a partir do momento em que são
ofertadas ferramentas digitas como chats, redes sociais e espaços para
comentários.
A
cada campanha eleitoral é perceptível aos olhos dos eleitores uma lógica diferente
de conduzir o processo por meio das ferramentas disponíveis na internet daquela
que éramos acostumados com os meios de comunicação tradicionais (televisão,
rádio e jornal impresso). Isso porque a internet oferece novas possibilidades
ao processo político, como maior interação entre atores e cidadãos, além de
publicação instantânea de conteúdo a baixo custo.
Nas
eleições anteriores foi possível perceber a sofisticação e a utilização cada
vez mais de ferramentas digitais para compor os hotsites dos candidatos na
campanha política, incluindo nesse espectro tanto as redes sociais, chats,
espaço para comentários, e-mails, arquivos para baixar jingles e logomarcas,
indo além da campanha online.
A
internet, como todos nós sabemos, tornou-se um canal de visibilidade e
espetacularização das ações para os políticos. Os hotsites e perfis nas redes
sociais dos candidatos se configuram o espelho das ações e comportamentos
pré-determinados pelos atores no cenário político. E a partir do que é
disponibilizado, os espelhos se multiplicam e o cidadão é cobiçado.
A
cobiça por uma imagem pública sempre favorável resume o movimento da política
contemporânea nas disputas de conquista ou manutenção de poder. Cabe aos atores
políticos, que entrarão em cena no próximo ano com mais veemência, organizar
seus discursos e narrativas de acordo com a gramática específica das linguagens
dos meios onde devem circular, pois cada um possui uma característica própria,
e a internet não foge à regra.
E
você, o que espera da próxima campanha online?
Silvana Torquato Fernandes
Jornalista e professora
Mestre em História (UFCG)
Trabalho, pesquiso e ensino sobre mídias digitais
Email para contato,
sugestões e dúvidas (silvanatorquato@gmail.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário