terça-feira, 15 de outubro de 2013

CLASSE MÉDICA PROMETE OFENSIVA CONTRA DILMA

Revoltados com as novas medidas anunciadas pelo governo federal na área da Saúde, os médicos prometem uma ofensiva contra a reeleição da presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014. Rompidas com o governo, as entidades de classe estão insatisfeitas principalmente com a aprovação, na Câmara dos Deputados, da medida provisória que cria o programa Mais Médicos. O texto retira dos Conselhos Regionais de Medicina, ainda, o papel de conceder o registro profissional para os médicos que trabalham no Brasil.
Essas associações também defenderam os protestos ocorridos em diversos locais do País contra a contratação de médicos estrangeiros para trabalhar em regiões longínquas, onde há falta de profissionais. Agora, a ofensiva será focada na influência que os médicos têm sobre os pacientes, especialmente em locais menos favorecidos. A intenção é, num discurso indireto, fazer com que a população que frequenta os hospitais ou postos de saúde desses médicos não votem na presidente Dilma Rousseff no ano que vem.
No cálculo do presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira Filho, se mobilizada, a classe médica consegue decidir 40 milhões de votos em 2014, com base no fato de que cada profissional influencia cerca de cem pessoas – pacientes e seus familiares. Em sua avaliação, hoje, 90% dos médicos são oposição ao governo.