domingo, 15 de maio de 2016

Jogo de cintura: Hostilizado por servidores Mendonça pede diálogo

O novo ministro da Educação e Cultura, Mendonça Filho, sentiu nesta sexta-feira os efeitos da longevidade do PT no poder. Deputado do DEM de Pernambuco, Mendonça fez questão de se apresentar aos servidores. Foi desaconselhado. Avisaram-no que seria hostilizado, mesmo assim não abriu mão de falar. Ouviu vaias de uma plateia petista, foi chamado de golpista. Em resposta, pregou o diálogo e o respeito à diversidade.

A hostilidade foi maior na Cultura (confira vídeo acima), além da irritação com o afastamento de Dilma Rousseff, os servidores estavam irritados com a fusão do ministério à pasta da Cultura. “Algumas pessoas chegaram a me desaconselhar, a dizer que eu não deveria vir aqui. Mas quero dizer que, em nenhuma parte do território nacional, um cidadão livre pode ser impedido de circular”. Disse.

Mendonça prosseguiu: “Ainda mais num ambiente que represente a Cultura, que dignifica a diversidade. Eu respeito a todos, respeito as pessoas que pensam diferente de mim.”

Sobre a fusão dos ministérios, Mendonça afirmou que não há a intenção de esvaziar a Cultura. “A mensagem que trago aqui é que nós vamos trabalhar no sentido de termos um secretário nacional de Cultura, com autonomia e identidade com a área.” Comprometeu-se a manter projetos e órgãos públicos vinculados ao setor. 

O novo ministro encerrou o discurso evocando uma frase de Deng Xiaoping, ex-secretário-geral do Partido Comunista chinês. “…Ele disse que não importa a cor do gato, importa que o gato persegue e come o rato. O que quero dizer é o seguinte: não tenho partidarismo em relação à Cultura. Pouco importa se é do PT, do PMDB, do DEM ou qualquer que seja o partido. O que importa é que a Cultura é do Brasil e dos brasileiros.” Ouviram-se novas vaias. Mas também soaram no auditório alguns aplausos.

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