segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Rui Falcão: É natural que Lula se apresente...


O ex-presidente Lula confirmou apoio a Dilma em 2014 e teria chamado de "burrice" a tentativa de companheiros de entoar o coro do "Volta, Lula" para a eleição de 2014. Ele desautorizou quem tenta passar a imagem de que ele é um "reserva" no banco, à espera da saída da afilhada política.

No entanto, o clamor por sua volta dentro do PT é reforçado pela queda recente de Dilma nas pesquisas. Em entrevista à revista Piauí deste mês, o presidente do PT, Rui Falcão, ignora a orientação para fidelizar o partido em torno de Dilma e deixa a possibilidade de mudança no ar: "Não tem isso de volta Lula'. Mas é evidente que, se ano que vem a presidenta não estiver bem nas pesquisas, é natural que ele se apresente", diz. A informação foi divulgada na coluna de Mônica Bergamo, da Folha. 

Pesquisa Ibope/Estadão divulgada em julho mostra que o desempenho do ex-presidente tende a ser melhor que o da presidente Dilma Rousseff na eleição de 2014. Levantamento feito entre quinta-feira e domingo passados mostra que, contra os mesmo adversários, Lula atingiria 41% num primeiro turno, enquanto Dilma teria 30%. 

No cenário com quatro candidatos a presidente, Dilma tem 30% das intenções de voto na pesquisa estimulada, contra 22% da ex-ministra Marina Silva (sem partido), 13% do senador Aécio Neves (PSDB) e 5% do governador Eduardo Campos (PSB). 

Contra os mesmos adversários, Lula chegaria a 41%, enquanto Marina teria 18%, Aécio ficaria com 12% e Eduardo, 3%. Por comparação, a taxa de Lula é 37% maior que a de Dilma. 

A presidente entendeu o recado e passou a propagar a imagem de que ela e Lula são indissociáveis. Em entrevista à Folha de S.Paulo, ela disse que "Lula não vai voltar porque não saiu." 

Também na entrevista à Piauí, Falcão reafirmou que o PT lançará o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao governo do Rio, apesar da pressão do PMDB e do governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, para que os petistas apoiem o candidato Luiz Fernando Pezão. "O Cabral não está em condições de fazer exigências".

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