quarta-feira, 15 de junho de 2016

Cônsul-geral dos EUA no Recife profere palestra para parlamentares e servidores na Alepe

Na manhã desta terça-feira (14), parlamentares, servidores legislativos e convidados participaram da palestra “Sistema Eleitoral Americano”, proferida pelo Cônsul-geral dos Estados Unidos da América (EUA) no Recife, Richard Reiter, no Plenário do Palácio Joaquim Nabuco. Estavam presentes no evento, o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, o deputado Guilherme Uchoa e o primeiro-secretário da Casa, deputado Diogo Moraes, que teve a iniciativa de convidar o representante norte-americano. Também compuseram a mesa a Superintendente Geral, Cristiane Alves, o Superintendente da Escola do Legislativo, Coronel Rufino e a Secretária Executiva de Relações Internacionais do Governo, Patrícia Lyra.

Na abertura da palestra, o Deputado Estadual Diogo Moraes agradeceu a presença das autoridades, dos servidores do poder legislativo e de outros órgãos e instituições. De acordo com o parlamentar, a palestra foi fruto de uma parceria entre o poder legislativo, através da mesa diretora, intermediada por ele e o consultor Cláudio Alencar, com o Consulado Americano. “A iniciativa certamente contribui para fortalecer nossos laços de cooperação e amizade. Laços que têm profundas raízes históricas, afinal, a representação consular norte-americana está instalada em Pernambuco há mais de 200 anos, sendo a primeira do Brasil e a segunda mais antiga em funcionamento no ocidente”, destacou Moraes.

O presidente da Alepe, deputado Guilherme Uchoa, analisou ser necessário que os legislativos estejam atentos às experiências de democracia ao redor do mundo, “principalmente ao sistema de um país que é modelo de economia, de política e de produção de conhecimento e tecnologia”. O Cônsul-geral Richard Reiter explicou as normas que orientam a escolha do presidente dos EUA, evidenciando o caráter regionalizado da corrida pela presidência norte-americana como o principal traço distintivo entre a disputa pela Casa Branca e pelo Palácio do Planalto.

Segundo o diplomata, a “rule number one” (regra número um) para entender o pleito americano é que não existe eleição nacional, mas sim várias eleições estaduais. Isso acontece porque cada unidade da federação, isoladamente, representa uma quantidade de votos para o candidato vencedor, proporcional ao seu número de habitantes. Os maiores estados, como Califórnia, Texas, Flórida e Nova Iorque, somados, significam 209 dos 270 votos necessários para eleger um presidente. As campanhas, por conta disso, são focadas nos estados, sobretudo naqueles considerados estratégicos – onde a preferência do eleitorado costuma oscilar entre os partidos.

Richard Reiter citou outras diferenças entre o sistema político estadunidense e o brasileiro e mencionou que as prévias nos partidos também são mais longas, caras e importantes na corrida presidencial nos EUA. Assim como na eleição propriamente dita, os filiados escolhem seus candidatos estado a estado, o que também intensifica o cunho regionalizado das campanhas primárias. “São as leis estaduais que regulam todo o processo. Não existe lei federal sobre as eleições”, ressaltou o cônsul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário