quinta-feira, 23 de junho de 2016

PGR apresenta denúncia contra Eduardo da Fonte

A Procuradoria Geral da União apresentou, na tarde desta última quarta-feira (22), uma denúncia contra o deputado federal pelo estado de Pernambuco, Eduardo da Fonte (PP) no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com as informações, as investigações tem ligação no âmbito com a Operação Lava-Jato, de um suposto esquema.

O deputado federal ainda é acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ter intermediado uma negociação entre o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, que faleceu em 2014, com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobrás. Essa negociação estaria sendo apontada com a movimentação de mais de R$ 10 milhões de reais. Esse valor estaria relacionado com a intenção de barrar as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobrás no Senado Federal em 2009.

Segundo a denúncia, a propina veio de empresas participantes de esquema criminoso instalado na Diretoria de Abastecimento da Petrobras, na época ocupada por Costa. De acordo com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Sérgio Guerra era membro da CPI no Senado e atuou para que correligionários não aprofundassem as investigações. Janot afirma ainda, que Eduardo da Fonte tinha conhecimento do esquema criminoso e interesse na sua manutenção e que, por isso, participou da negociação para a solicitação e o acerto da propina.

O partido de Eduardo da Fonte, o PP, foi o responsável pela indicação e manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor e beneficiário de contratos firmados pela diretoria. A denúncia é suportada por investigações que tiveram origem nos depoimentos de Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa. Os dois também confirmaram o valor.

No segundo semestre de 2009, Eduardo da Fonte e Sérgio Guerra se encontraram com Paulo Roberto Costa reservadamente em hotéis no Rio de Janeiro. Teriam ocorrido pelo menos três encontros. Ainda segundo a denúncia, uma quarta reunião em sala comercial teria acontecido no Rio.

Outro lado


Em nota divulgada por sua assessoria, Eduardo da Fonte informou que a denúncia “será respondida, no tempo e forma devidos, perante o Supremo Tribunal Federal”. Além disso, ainda ressaltou que os membros da CPI enviaram 18 representações ao Ministério Público “solicitando a adoção das providências necessárias à apuração das notícias de crime identificadas no decorrer dos trabalhos da comissão, em especial as pertinentes às obras da refinaria Abreu e Lima”.

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