Líder do governo responde ao senador Armando Monteiro
O líder do governo na Assembleia Legislativa,
deputado Waldemar Borges (PSB), em resposta ao senador Armando
Monteiro (PTB) que criticou em discurso no Senado o abandono do “Pacto pela
Vida” pelo governo Paulo Câmara, disse que o governador “não lança mão de
justificativas e relativizações para tratar da segurança pública”.
“No caso de 2015, conforme demonstra o Anuário
de Segurança Pública, os Estados do Nordeste estão no topo do ranking de
homicídios. As estatísticas são um reflexo da grave crise econômica que afetou,
especialmente, nossa região”, disse o líder governista. Segundo ele, a crise em
que os Estados se encontram, alimentada pelo desemprego e pela recessão, “foi
gerada dentro do governo Dilma do qual o senador Armando foi ministro e um dos principais
porta-vozes”.
Acrescentou que a ex-presidente da República
“desconheceu a segurança como sendo um problema da nação, mas apenas dos
estados brasileiros. Pois não há hoje uma política nacional, tampouco recursos
disponíveis, para apoiar as ações de segurança e combate aos crimes contra a
vida”. “A mesma ausência se vê na questão do sistema penitenciário, que
continuará insolúvel enquanto não houver uma política nacional, com
financiamento federal, para auxiliar os Estados no desafio de ressocializar
seus detentos”, acrescentou.
De acordo ainda com o deputado, “enquanto na
Saúde e na Educação temos uma contrapartida da União, abaixo das necessidades
dos estados, o que vemos na gestão do sistema prisional e na segurança pública
é o vazio em um conjunto de responsabilidades que deveriam ser compartilhadas
com todos os entes federativos”. “Esses são desafios nacionais,
suprapartidários, que jamais se resolvem com divisão, discursos sem substância
e forjados no rancor das derrotas políticas”, disse o líder governista.
E concluiu: “O crime se reinventa e as nossas
forças de segurança estão fazendo os ajustes necessários para reverter a
situação, com muito trabalho e seriedade. Medidas estruturantes nas áreas
operacional, de gestão de efetivo e investimentos já estão sendo
implementadas”.
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