sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

“Eu acho que Lero foi Pilatos, lavou as mãos", afirma Geovane Cezar sobre polêmica envolvendo eleição da Mesa Diretora da Câmara de Taquaritinga do Norte

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Taquaritinga do Norte, vereador Geovane Cezar (PR), concedeu entrevista ao programa Patrulha do Agreste, onde falou a respeito da eleição para a Mesa Diretora da Casa no último domingo (01), que culminou na derrota do seu projeto de recondução a presidência, e consequentemente, na vitória do seu correligionário Eraldo de Pedra Preta. 

Os vereadores situacionistas, Oscar Miguel (PMDB), João Eugênio (PPS) e Demir (PMDB), acompanharam Geovane durante a entrevista. Os três parlamentares, juntamente com a vereadora Rogéria de Zeca (PSDB), apoiavam o projeto de recondução de Cezar a presidência da Câmara, diferentemente dos vereadores Eraldo de Pedra Preta (PTN) e Professor Jurandi (PTB), que também governistas, compuseram uma chapa com a oposição para derrotar a reeleição do companheiro de bancada.

Ao comentar o processo que levou o vereador Eraldo a presidência da Câmara, Geovane, afirmou, “Foi um processo no meu ponto de vista, muito mal conduzido, pelo vereador colega Eraldo, uma pessoa que respeito muito. Mas eu acho que ele conduziu de uma forma totalmente errada, ele não, as pessoas que estavam ao seu redor, e ele se deixou levar, ele não conduziu o processo, conduziram por ele”.

Pivô - O vereador depositou a responsabilidade do processo na pessoa vereador Jurandi, que foi eleito vice-presidente ao lado de Eraldo. “O pivô de tudo foi o vereador Professor Jurandi, digo sem medo de errar. É a ânsia de poder, é a sede de poder, ele não pensou no grupo, ele pensou no projeto pessoal. Foi banido ai do meio político por 10 anos, quando conduziu aquela Casa de uma forma irresponsável, fez o que não devia, e quando volta, quando Pão de Açúcar dá mais uma chance, ele trai o grupo”, declarou. 

Acordo - Geovane ainda rebateu afirmações proferidas pelo vereador Eraldo, de que havia um acordo em que se comprometia a votar no mesmo. “Nunca teve acordo. Nunca teve compromisso nesse sentido”, disse o ex-presidente, que ainda destacou que o seu nome era de consenso entre as lideranças do grupo, “Nunca pensei em ir para a disputa. Mas passada as eleições, fomos discutir a Mesa Diretora, e meu nome eu não apresentei, mas alguns membros da ala política de Taquaritinga não votam em Eraldo (..). Então no entender do ex-prefeito Zeca, no entender do ex-prefeito Evilásio, no entender do deputado estadual Diogo Moraes e no entender, naquele momento, do prefeito Lero, o nome ideal seria o meu, pela continuidade do trabalho lá na Casa, pela governabilidade para continuar a união entre Taquaritinga e Pão de Açúcar”, explicou. 

Justiça - “Sim, vamos entrar (na justiça), é um direito nosso. Assim que acabou a posse, em seguida seria a eleição, e os cinco vereadores se ausentaram em forma de protesto a traição e ingratidão que estava acontecendo com o grupo (...). O regimento é bem claro, é do nosso entender, no Art. 7 ele é bem claro, quando se diz que para se começar a eleição tem que ter a maioria absoluta, mas para eleger a Mesa Diretora só precisa-se da maioria simples”, informou. 

Para perder de novo? - “Mas uma vez se a gente perder, vamos sair derrotados, vai sair derrotado o grupo de Lero, o grupo governista. Então, será que se o vereador Jurandi e Eraldo, se a gente conseguir mostrar que eles também foram iludidos a conduzir uma sessão de forma irregular e ilegal, vão cometer o mesmo pecado de novo? (...). Eu acho que se os dois vereadores, se foram grupo, se forem Calabar como disseram na Tribuna, eles vão rever os posicionamentos que tiveram no domingo passado”, disse. 

Pilatos - O ex-presidente afirmou na oportunidade, ter faltado liderança por parte do prefeito Lero (PR). “Eu acho que Lero foi Pilatos, lavou as mãos, o que acho que não é bom para um líder político. Ele tem que ter liderança. Não se pode ser líder de um grupo, ter 7 e perder para 4”, destacou.

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