terça-feira, 31 de janeiro de 2017

PF cumpre quatro mandados de condução coercitiva em desdobramento da Operação Turbulência

Seis mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva foram cumpridos pela Polícia Federal (PF) na manhã desta terça-feira (31) dentro da Operação Vortex, que é um desmembramento da Operação Turbulência. Genro do ministro do Tribunal de Contas da União, José Múcio, e outros dois sócios da Lidermac Construções, foram conduzidos coercitivamente pela Polícia Federal (PF) para depor.

De acordo com a PF, ao analisar as contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas utilizadas para a compra do avião Cessna envolvido no acidente fatal do ex-governador e então candidato à Presidência Eduardo Campos, observou-se que os valores transferidos por uma das empresas investigadas na Operação Turbulência lhe haviam sido na verdade repassados, dois dias antes, por uma terceira empresa, que ainda não havia sido alvo da investigação original.

Os investigadores apontam ainda que a exatidão do montante e o curto lapso temporal envolvido nas duas transações sugerem que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido mera conta de passagem e que a empresa remetente dos recursos possui contratos milionários com o governo do Estado. Também foi observado que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

O empresário Rodrigo Leicht Carneiro Leão, que é genro do ministro do Tribunal de Contas da União, José Múcio, e outros dois sócios da Lidermac Construções, que possui contratos com o governo de Pernambuco e com vários municípios no Estado, foram conduzidos coercitivamente pela Polícia Federal (PF) para depor na Operação Vórtex.


A empresa tem contratos milionários com o Governo de Pernambuco. O montante, de acordo com a PF, chegou a R$ 87 milhões. Destes, R$ 75 milhões foram feitos durante o governo Eduardo Campos. Os valores chamaram a atenção dos investigadores. Dos quatro sócios da empresa, três estavam na cidade e prestaram depoimento na sede da PF, no Cais do Apolo. O quarto não estava na cidade e se comprometeu a falar posteriormente com os federais. Nesta fase da investigação, 30 policiais federais cumpriram dez ordens judiciais. São investigados os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

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