terça-feira, 3 de janeiro de 2017

No comando - Pressionado a assumir o comando do PT para evitar uma diáspora de insatisfeitos rumo a outros redutos de esquerda, o ex-presidente Lula já esboça um plano de reestruturação da sigla. Nos bastidores, fala em criar cinco vice-presidências regionais para ajudá-lo na inglória tarefa de resgatar o petismo das cinzas. Lula pretende tocar a máquina partidária de forma colegiada, com vices fortes a seu lado. Entre os cotados, Lindbergh Farias (RJ), Jaques Wagner (BA) e Luiz Marinho (SP).

Candidato - Mesmo com uma bancada de 57 deputados federais, a segunda maior do Congresso, o PT não lançará candidatura própria para presidente da Câmara. De acordo com o líder do partido, Afonso Florence (BA), a tendência é apoiar a candidatura do ex-ministro André Figueiredo (PDT-CE). "O PT não tem número de deputados para apresentar candidatura. Estamos discutindo a de André Figueiredo. A disputa está entre os golpistas", afirma. Ele menciona a tentativa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de disputar a reeleição mesmo com o veto da Constituição, que proíbe reeleição na mesma Legislatura.

Duvida - O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi diz duvidar do lançamento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas próximas eleições. Segundo Lupi, Lula "não quererá se expor após as denúncias" de que é alvo. Para o presidente do PDT, Lula apresenta a candidatura como "autodefesa no processo da Justiça" e como "palco para se defender". Ex-ministro de Dilma Rousseff e defensor da candidatura de Ciro Gomes (PDT) a presidente, Lupi afirmou nesta segunda-feira (2) que não acredita que o petista tenha seus direitos políticos cassados em decorrência da Operação Lava Jato, até porque "esses processos na Justiça demoram". Mas, na sua opinião, o próprio Lula não se lançará para a disputa. Segundo Lupi, "depois de toda essa exposição, a liderança do Lula nas pesquisas é um milagre que ele não vai jogar fora".

Na rua - Entidades, sindicatos e movimentos sociais dão como certa a realização de manifestações ao longo do ano que se inicia. A questão é saber quais serão os motes, as causas, as bandeiras que levarão as pessoas às ruas em 2017. Sem uma causa que unifique os diferentes grupos, as próximas manifestações devem ganhar novos gritos e propósitos, segundo organizadores dos principais atos no passado. Além do "Fora, Temer", estarão em pauta a reforma da Previdência, o pacote anticorrupção, a Proposta de Emenda à Constituição que limita os gastos públicos - a PEC do Teto -, os índices de desemprego e até "Diretas Já". 

Debate - O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), pré-candidato à presidência da Casa, divulgou vídeo no Facebook nesta terça-feira (3) no qual sugere a realização de debates na mídia entre os concorrentes ao posto. Segundo Rosso, a presidência da Câmara se tornou um tema ainda mais relevante para a população já que, em eventuais ausências do presidente Michel Temer, é o deputado que comanda a Casa quem assumirá interinamente a presidência da República. "É claro que os nossos eleitores são os deputados, porém, dado que o novo presidente da Câmara será na linha sucessória o vice-presidente ou substituto do presidente em eventuais necessidades do presidente Michel Temer, o povo brasileiro precisa conhecer quem são os candidatos e quem o parlamento vai escolher", afirmou Rosso no vídeo.

Movimentações - Em quanto os pré-candidatos à presidência da Câmara se movimentam durante o recesso em busca dos votos dos colegas, os partidos que ocupam cadeiras na Casa abriram uma disputa que envolve outros cargos da Mesa Diretora considerados estratégicos para as atividades e para o jogo de poder legislativo. No dia 2 de fevereiro, os deputados se reunirão no plenário para definir a nova composição da Mesa Diretora. Além da presidência da Câmara, estão em jogo os cargos de primeiro e segundo vice-presidentes, além do comando de quatro secretarias e quatro vagas de suplentes de secretários. As primeiras movimentações das bancadas da Câmara em torno desses postos de direção indicam que a definição dos novos integrantes da Mesa Diretora não será fácil. Parte dos cargos são cobiçados por mais de uma sigla. 

Preso - A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz, negou novo pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro Antonio Palocci (Casa Civil e Fazenda/Governos Lula e Dilma), preso preventivamente na 35.ª fase da Operação Lava Jato, desde 26 de setembro. A defesa de Palocci pediu que fosse reconsiderada a decisão do ministro Felix Fischer, relator da Lava Jato no STJ, que negou pedido de liminar para colocar o ex-ministro em liberdade. As informações foram divulgadas no site do STJ. 

Não vai - O Palácio do Planalto informou nesta terça-feira (3) que o presidente Michel Temer não participará da edição deste ano do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, entre os dias 17 e 20 deste mês. Segundo o Ministério da Fazenda, o ministro Henrique Meirelles deverá participar do fórum e representar o presidente no encontro. Os detalhes da viagem, porém, ainda não foram divulgados. Criado em 1971, o fórum promove encontros anuais entre as principais lideranças mundiais para discutir temas econômicos de interesse global, como estratégias para a retomada do crescimento e ações aquecer a economia nos países. 

Expectativa – Com o anúncio da equipe de Geraldo Julio, agora as atenções se voltam para a reforma do secretariado de Paulo Câmara. Ele deve retirar Francisco Papaléo (Cidades), Thiago Norões (Desenvolvimento Econômico) e Isaltino Nascimento (Desenvolvimento Social), além do mais precisará apresentar um nome para Suape e outro para a Empetur.

Feito - O prefeito eleito de Belo Jardim, João Mendonça (PSB), tomou posse, no domingo (01), ao lado do seu vice, Luiz Carlos, entrando para a história política do município como o único prefeito eleito por quatro vezes e reeleito por duas vezes. A cerimônia aconteceu na Avenida Siqueira Campos, no centro da cidade. 

Condenado - Uma decisão do juiz Honório Gomes do Rego Filho, publicada no site do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), condenou o ex-prefeito João Paulo (PT) e o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) a uma pena de três anos e seis meses de reclusão e estipulou uma multa para o petista e o comunista devido a um contrato firmado entre a Prefeitura do Recife e a Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec). Ainda de acordo com o juiz, “a pena privativa de liberdade será cumprida em regime aberto”. Em sua decisão, ele estipula que, com fundamento no artigo 15, III, da Constituição Federal de 1988, suspende os direitos políticos dos réus “pelo tempo que perduraram os efeitos da condenação penal”. João Paulo e Luciano Siqueira, que foi reeleito vice-prefeito na chapa de Geraldo Júlio (PSB), disputaram a eleição passada em palanques opostos, mas faziam parte da mesma gestão em 2002 a 2005 quando a prefeitura firmou três contratos com a Finatec. Em 2000, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou o contrato irregular e abriu uma auditoria especial.

Parceria - Nesta segunda-feira pela manhã, logo após a posse do secretariado da Prefeitura de Caruaru, Raquel Lyra seguiu em comitiva para sua primeira visita oficial pela cidade. A prefeita foi até à Vila Canaã, na Zona Rural do município, junto ao seu secretariado, vereadores da base e o prefeito de Toritama, Edilson Tavares. Lá, os dois prefeitos assinaram um Protocolo e Intenções em benefício da comunidade, que tem por objetivo desenvolver e executar o Projeto Vila Canaã, uma proposta de cooperação entre as duas cidades através de ações de infraestrutura urbana que envolvam pavimentação, drenagem, saneamento e iluminação, além de ações que desenvolvam as potencialidades locais e que gerem e renda para a população local.

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