terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O que Santa Cruz tem a comemorar nos seus 60 anos de emancipação política?

A cidade de Santa Cruz do Capibaribe comemorou seus 60 anos de emancipação política, mais do que uma data formal, a história da cidade e consequentemente de seus habitantes foi recordada, história essa que se confunde com a atividade econômica predominante “a confecção”, isto porque a indústria local faz parte de cada casa, de cada família da cidade.

Foto Zé Romildo

Mas afinal, o que Santa Cruz do Capibaribe tem para comemorar?

A cidade tem a comemorar a capacidade empreendedora de seus habitantes que ergueram uma estrutura econômica e social pautada no trabalho e em habilidades comerciais impressionantes o que resultou no desempenho vigoroso da economia local. No início essas habilidades empreendedoras foram responsáveis pela criação da “Feira da Sulanca” e por todo dinamismo mercadológico advindo do seu funcionamento, posteriormente essa capacidade empreendedora fez surgir o “Moda Center Santa Cruz” centro de comercialização dos produtos locais que recebe compradores de todo país e comporta os diferentes estabelecimentos da indústria de confecção.

Além das conquistas supracitadas, Santa Cruz do Capibaribe possui atualmente diversas empresas que se destacam a nível nacional, as quais servem de referência para o funcionamento das demais empresas do setor, outro fator que merece destaque é o elevado índice de emprego que a cidade oferece, o que a torna atrativa e rota dos que buscam oportunidades de negócios.

Porém, tão importante como comemorar as conquistas alcançadas ao longo desses 60 anos, é preciso analisar as falhas, perceber as carências e mais ainda, traçar alternativas para as novas conquistas.

Um ponto crucial a ser discutido é a necessidade da atuação mais efetiva dos agentes externos (governo, instituições de fomento) para subsidiar o desenvolvimento local e transformar os indicadores econômicos em melhorias de vida para a população, além disso, a participação coletiva dos agentes locais (confeccionistas, comerciantes, representantes de associações, políticos, etc) nos rumos da cidade é condição indispensável para as mudanças necessárias.

No mais, a história de um povo que conseguiu transformar necessidade em oportunidade já é um bom motivo para comemorar, o que não se pode é conduzir os negócios nesse mesma lógica de subsistência, de curto prazo, de sorte, os próximos 60 anos exigem profissionalismo, modernização e engajamento coletivo.

De todo modo, parabéns à Santa Cruz do Capibaribe e a seus habitantes que forjaram um enredo de sucesso contrariando a lógica das regiões nordestinas assolados com o clima da seca.

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