domingo, 26 de janeiro de 2014


 Tempo de Guia em Rádio e TV 
define eleição?
A resposta pura e seca, e sem querer se esquivar é depende. Especificamente da estratégia adotada para a obtenção do êxito eleitoral e a conquista do coração do eleitor. Mas é evidente que ter um tempo mais a ser explorado e assim expor tanto a plataforma de governo quanto a cara do candidato é uma vantagem e tanto. 

No cenário nacional, segundo aponta o consultor Maurício Romão, a disputa leva, com apoio da máquina eleitoral, a presidente Dilma Rousseff com uma dianteira evidente. Ela conta com 12 minutos e 26 segundos para apresentar sua gestão e divulgar seus planos futuros. Para se ter uma idéia, em 2010 ela teve 10 minutos e 38 segundos no guia. Atualmente sua base partidária é composta por 13 legendas que dão (ou não) sustentação. Realmente é um osso duro de roer.

O senador Aécio Neves, que dispõe de um pouquinho (pouquinho mesmo) de carisma a mais que os seus candidatos derrotados, afinal, quem não lembra da dupla picolé de chuchu, Serra e Alckmin que perderam disputas, mas agora tem o fato novo FHC, esquecido pelos colegas e relembrado agora. Os tucanos contam com o apoio do SDD, PMN, PTdoB e já namora faz tempo com o DEM, terão o segundo maior tempo do guia, 4 minutos e 35 segundos.

Já o socialista Eduardo Campos vai ter o desafio enorme de mostrar seu conteúdo programático e apresentar sua cara em pouco mais de 1 minuto e 52 segundos (até agora fechado com o PPS e PPL), só que entram aí dois fatores importantes que merecem destaque. 

A provável companheira de chapa, Marina Silva, com 30 segundos a menos de guia, obteve cerca de 20% dos votos válidos nas últimas eleições e que conquistou a juventude e os formadores de opinião através das redes sociais. O outro fator é o desgaste de 12 anos da gestão petista, permeadas de avanço, mas recheadas de escândalos o que, segundo Datafolha, IBOPE e demais institutos, criam um desejo de mudança em todas as esferas do eleitorado nacional.

Então a reflexão principal que fica é quantidade de tempo - verdadeiramente uma vantagem em se tratando de campanha presidencial – seria fundamental para a vitória na disputa? A máquina é poderosa, só que os desgastes com a Copa, protestos e economia em declínio podem virar o jogo, pode ser que sim, mas o fundamental é a utilização da melhor forma possível dos sagrados e preciosos segundinhos. 

O candidato tem que ser claro, objetivo, falar a língua do povo e ter empatia (carisma) e, acima de tudo, conquistar o coração dos brasileiros.


Guia em Pernambuco – Ao contrário da esfera nacional, em Pernambuco, a coligação encabeçada pelo PSB terá 9 minutos e 57 segundos de rádio e TV. Eduardo Campos conseguiu em torno de seu candidato a união de 18 legendas, mas quem vai fazer um incremento robusto no tempo de guia é o PMDB de Jarbas e o PSDB de Sérgio Guerra.

Cotas de Deputados – Na coalizão socialista, o enorme tempo de guia tem origem na representatividade das 18 legendas, que perfazem 331 dos 513 deputados na Câmara Federal, é um apoio e tanto para aquele que será ungido pelo Governador. 




Tempo de Armando – Ainda segundo os cálculos, se confirmada aliança entre PT, PP, PROS e PSC, a chapa do senador trabalhista ficará com 5 minutos e 56 segundos, sendo que 1 minuto e 20 segundos é o tempo igualitário para as legendas com representantes na Câmara Federal e os 4 minutos e 33 segundos são referentes aos 177 deputados federais que representam as legendas.

Taboquinha Fest – Foi divulgada no programa “Oposição em Ação” deste final de semana a realização da “Taboquinha Fest”, tendo a banda baiana Cheiro de Amor como atração principal.


Erro de Estratégia? – O partido de oposição em Santa Cruz do Capibaribe vem passando por um momento difícil que não é de hoje, derrotas no Moda Center, Conselho Tutelar, Prefeitura Municipal, entre outras, não precisa ser cientista político para descobrir que algo está errado.




Errar é humano, permanecer no erro é ...- Na campanha eleitoral de 2012, o grupo sofreu uma derrota acachapante, foram 2.902 votos de diferença. E inúmeros fatores foram considerados, como desgaste da gestão Toinho do Pará e conflitos internos do grupo. Para políticos experientes ou que tenham um mínimo de inteligência sobre as regras da boa tática eleitoral, essa diferença deveria servir para levar o grupo para outro rumo.

Fatores do Fracasso – Acabo de recordar um dos fatores desse declínio, no guia eleitoral da Frente Trabalhista Popular, por exemplo, um GÊNIO teve a brilhante idéia de colocar massivamente o spot “Taboquinha Vota em Taboquinha”, dando a entender que o foco discursivo do grupo seria voltado apenas para os seus “clientes” (eleitores) e agora o erro continua. Nada contra a festa, pelo contrário, como bom baiano, curto uma boa balada, contudo, depois de levar uma surra de quase 3 mil votos, agora a salvação da lavoura é uma festa para a “galera Taboquinha”, e tudo acontece na “Arena Taboquinha”, onde ficam os eleitores que nem sabem a diferença entre taboquinha e boca-preta? 




Lógica do Mercado Eleitoral - Se você é partidário e tem uma padaria, e tiver a brilhante idéia de vender o pãozinho francês apenas pra clientela que veste sua cor partidária, o que é que acontece? Você quebra! Meu caro leitor (em especial o padeiro).No jogo eleitoral não é diferente, se você foca numa parcela do eleitorado apenas, você perde!

Frase da Semana


“A história do grupo taboquinha é grande e maior ainda será a festa para o povo”


Vereador Helinho Aragão (PTB),  sobre a “Taboquinha Fest” que será realizada no próximo mês e vai tentar dar um fôlego novo ao seu grupo político.


Fotos: Veja.com/Sulancanews/G2 Comunicação/Divulgação

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