quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Não engoliu - o ex-prefeito e pré-candidato a deputado estadual, Toinho do Pará deixou claro na manhã desta quarta-feira que não digeriu a história do deputado federal Zé Augusto apoiar dois nomes na disputa por vagas na ALEPE na eleição de outubro.

Toinho também pode - no programa Opinião ele deixou claro que apoiará também o nome de Eduardo da Fonte, dividindo assim suas atenções e esforços, assim como fará Zé Augusto, no apoio ao próprio Toinho e ao vereador Ernesto Maia.
Foto feita na Festa de São João dos servidores municipais no ano de 2010
Vale a pena ver novo? - ao se concretizar o apoio de Toinho do nome de Da Fonte, será reeditada uma parceria que já aconteceu na Capital das Confecções, no entanto, de forma “branca”. Não é segredo para ninguém que em 2010, o então prefeito Toinho colocou a máquina pública a disposição de Da Fonte, que há época obteve quase quatro mil votos em Santa Cruz.

Achou foi bom - quem saiu no lucro foi o então vereador, hoje vice-prefeito Dimas Dantas, que sem medo de ser feliz assumiu a “paternidade” dos votos de Da Fonte, dando a ele o apoio explícito que todo projeto político necessita.

Debate que divide - e por falar em Dimas, o debate em torno da doação de uma área por trás da escola Ivone Gonçalves para a construção de uma unidade do SENAI colou em campos opostos o prefeito Edson Vieira e o vice, Dimas.

Obra grande - segundo dados do blog Diário da Sulanca, a obra está orçada em aproximadamente 11 milhões de reais e pode chegar a 18 milhões com a compra de equipamentos. A atual área, de 2.400m², irá dar lugar a um complexo educacional de 4.600m², com três compartimentos, salas de aula, auditório e área para capacitação pratica dos alunos. A área especifica teria sido um pedido do SENAI.

Dimas quer debater o assunto - participando do programa Opinião, Dimas afirmou não ser contra a escola do SENAI, porém deixou claro que defende a ampliação do debate em torno do tema. Um dos pontos mais contestados por Dimas foi a localização da nova unidade do SENAI.

Outra opção - “Creio e defendo que busquemos outro lugar para que seja construída essa escola, não sou contra a obra, porém creio que existam outras áreas que possam ser utilizadas”, disse Dimas, que defendeu que a área requisitada pelo SENAI seja utilizada para a edificação de uma creche e outro espaço adequado para o lazer das crianças.

E agora? - Dimas disse ainda que de acordo com informações que recebeu, ao contrário do que foi revelado em reunião há poucos dias, o SENAI não teria exigido a área especifica para a construção da obra. “Um servidor da secretaria de educação me falou que, em contato com os diretores do SENAI, obteve a informação de que eles não teriam exigência alguma para um terreno específico”, revelou ele.

Mesmo assim... - apesar de tudo, Dimas disse que seguirá a definição do grupo em relação ao assunto. Ele participou de uma reunião do grupo onde o tema foi debatido, entretanto, saiu antes do término da mesma.

Edson também falou - o prefeito Edson também participou do Opinião. Ele foi enfático e disse que a questão já havia sido debatida no âmbito do grupo de situação, na reunião citada por Dimas. “Discutimos tudo ontem. Levei ao conhecimento de todos um ofício onde o SENAI cita sim a área específica, como já havia dito o secretário Bruno Bezerra”, disse ele.

Os argumentos - em outro ponto da entrevista Edson citou o fator histórico, que tem sido usado como argumento por algumas pessoas que são contra a doação. “Não podemos colocar em pauta a questão histórica, pois o que existe lá é uma gruta e o município irá manter a mesma no local. Diante disso os 10 vereadores entenderam que ali poderia sim ser construída essa escola, todavia também acho importante que existam as discussões, os prós e os contras devem ser debatidos”.

O debate - no final do programa foi noticiado que na próxima semana haverá na Câmara de Vereadores uma audiência pública onde o tema será debatido. Até lá o assunto deverá render quentes debates, que terão, no embalo que vai, o prefeito de um lado e o vice de outro.
- A pergunta que fica é: até onde essa corda esticará?

César Mello

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