terça-feira, 28 de janeiro de 2014



Qualificação profissional e competitividade empresarial

Na conjuntura do mercado atual, caracterizada pela busca incessante por inovações e diferenciais competitivos, o conhecimento sobre as novas técnicas é indispensável para o sucesso nos negócios. Nesse sentido, a qualificação profissional tanto dos colaboradores como dos empresários não pode ser percebida como um custo, mas, sobretudo, como um investimento que possibilitará o bom desempenho econômico e organizacional. 

É preciso alinhar o conhecimento tácito, adquirido com a experiência prática da atividade profissional, com o conhecimento teórico, ofertado pelas instituições formais de ensino (LASTRES; CASSIOLATO, 2003). Essa junção de conhecimentos possibilita por sua vez a transferência de tecnologias e coloca as empresas e seus colaboradores em contato com o que há de mais moderno e eficaz no mercado, o que consequentemente lhes concede produtividade e vantagens competitivas em relações aos concorrentes que não buscam se adequar as novidades do seu setor. 

Especificamente no setor têxtil, a formação continuada dos profissionais se faz necessária porque esse segmento é intensivo tanto em mão-de-obra como em tecnologia (ABIT, 2012). No que tange a indústria da moda, as inovações ocorrem de maneira mais enfática no processo de criação e produção das roupas, bem como no maquinário que dá suporte a tais processo. Além disso, a produção de roupas reflete as constantes modificações nos gostos, hábitos e costumes da sociedade e exige dos profissionais da área, conhecimentos específicos sobre a confecção das peças de vestuário e informações sobre como inserir esses produtos no mercado. 

Na indústria de confecção local essa percepção sobre a importância da qualificação profissional ainda precisa ser difundida, isto porque, segundo dados do Sebrae (2013) 93% das empresas são administradas por profissionais não habilitados para o cargo, só 24% das empresas dispõem de profissionais capacitados para manusearem os maquinários modernos, 53% das empresas produzem suas peças através da imitação de outras marcas enquanto apenas 7% das empresas contratam profissionais de desing e estilismo. Tais indicadores comprometem a qualidade dos processos e   produtos do arranjo e refletem a necessidade da qualificação profissional na indústria local para a promoção da competitividade e bom desempenho das empresas. 

Qualificar-se é preciso, pense nisso. 

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