Vereador perdeu oportunidade de ser
candidato a deputado, se diz contra reeleições, e a favor de manobras políticas (com
limite)
Sempre
com discursos fortes, na tribuna da Câmara e fora dela, o vereador situacionista
Fernando Aragão (PROS) foi o convidado desta terça-feira (27) do programa Opinião,
que vai ao ar na Rádio Comunidade FM.
Ele
falou sobre diversos assuntos, deu algumas declarações já eram de conhecimento
do grande público, outras, nem tanto...
Cavalo passou selado?
– Fernando falou, pela primeira vez, que foi convidado pelo então governador
Miguel Arraes para ser candidato a deputado estadual, representando o grupo
político de Santa Cruz do Capibaribe no início dos anos 90. “Arraes me disse
‘você que deve ir’, mas não me interessava, eu gosto de Santa Cruz do
Capibaribe, tinha passado dez anos fora da cidade”, falou acrescentando que não
se arrepende da posição tomada. O pleito citado pelo vereador aconteceu exatamente
em 1990. Os candidatos de Santa Cruz à época foram Oseas Moraes e Agostinho
Rufino, ambos eleitos.
Olho na calculadora
- sobre eleições 2014, Fernando prevê um acréscimo no coeficiente eleitoral
para corrida federal, que poderá dificultar projetos de alguns pré-candidatos.
“Essa eleição será muito atípica, porque temos um povo indo para rua fora do
processo eleitoral. Há quatro anos o coeficiente ficou em torno de 90 mil, este
ano pode ir para 100 mil ou mais. Um número muito alto”, disse.
Presidente da Câmara
- “Me surpreendeu”. Com essa palavras Fernando definiu a gestão do atual
presidente Junior Gomes (PSB). “Já disse
que Junior tem sido uma grande surpresa por seu comportamento. Na última
legislatura tinha um comportamento não tão sério e imaginava que seria um
desastre como presidente. Para minha surpresa não foi, tentou fazer as coisas
corretas”, falou ele, mesmo deixando claro que o mesmo caiu no seu conceito nos
últimos meses, pela forma como vem se posicionando, citando a questão da não
abertura de CPI.
Manobras
– para fechar, Fernando disse que não é contra manobras na Câmara. Para ele, há
de existir apenas um “limite ético” para que isso ocorra. Ele reconheceu que
participou de uma, no fim da sua gestão como Presidente em 2010. “Não estou dizendo que sou contra (manobras),
mas não pode ser tão escandaloso. Tudo tem seu limite”, disse, fazendo um
comparativo com o episódio da reprovação do próprio requerimento, protagonizado
pelo vereador Zé Minhoca (PSDB) há algumas semanas.
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