PM É ACUSADA DE INFILTRAR POLICIAL EM
PROTESTO NO RIO
Um vídeo exibido no Jornal Nacional reforçou relatos
publicados nas redes sociais nesta terça-feira (23) que acusam a PM de ter
infiltrado policiais em um protesto na noite de segunda no Rio para provocar
tumulto.
Nas imagens, dois homens correm em direção à barreira da
polícia no esquema montado em frente ao Palácio do Guanabara na visita do Papa.
Um deles tira a camisa. Eles parecem se identificar e são autorizados a passar.
Por telefone, o coronel Frederico Caldas reconheceu que
policiais do serviço reservado, a paisana, acompanham a manifestação, com o
objetivo de identificar agressores e coletar provas, mas disse disse que não é
possível afirmar que os homens mostrados nos vídeos sejam policiais.
Em resposta às acusações, o relações-públicas da Polícia
Militar, coronel Frederico Caldas, se disse "enojado" e afirmou que
considera um absurdo imaginar que um policial possa agredir um colega.
Por volta das 18h, manifestantes saíram em caminhada, em
direção ao Palácio Guanabara, onde autoridades davam as boas-vindas ao Papa
Francisco. O grupo chegou a reunir 1.500 participantes, segundo a Polícia
Militar.
Em frente ao bloqueio montado pela PM, a cerca de 200 m da
sede do governo, manifestantes queimaram um boneco, que representava o
governador Sergio Cabral. Pouco tempo depois, pessoas mascaradas e vestidas de
preto começaram a incitar gritos contra a PM: "Sem hipocrisia, a polícia
mata pobre todo dia!"
Depois que o papa Francisco deixou o Palácio Guanabara, as
grades que bloqueavam a rua foram derrubadas e a batalha começou. Os mascarados
lançaram coquetéis molotov contra os policiais.