quarta-feira, 24 de julho de 2013

PM É ACUSADA DE INFILTRAR POLICIAL EM PROTESTO NO RIO
Um vídeo exibido no Jornal Nacional reforçou relatos publicados nas redes sociais nesta terça-feira (23) que acusam a PM de ter infiltrado policiais em um protesto na noite de segunda no Rio para provocar tumulto.

Nas imagens, dois homens correm em direção à barreira da polícia no esquema montado em frente ao Palácio do Guanabara na visita do Papa. Um deles tira a camisa. Eles parecem se identificar e são autorizados a passar.

Por telefone, o coronel Frederico Caldas reconheceu que policiais do serviço reservado, a paisana, acompanham a manifestação, com o objetivo de identificar agressores e coletar provas, mas disse disse que não é possível afirmar que os homens mostrados nos vídeos sejam policiais.

Em resposta às acusações, o relações-públicas da Polícia Militar, coronel Frederico Caldas, se disse "enojado" e afirmou que considera um absurdo imaginar que um policial possa agredir um colega.

Por volta das 18h, manifestantes saíram em caminhada, em direção ao Palácio Guanabara, onde autoridades davam as boas-vindas ao Papa Francisco. O grupo chegou a reunir 1.500 participantes, segundo a Polícia Militar.

Em frente ao bloqueio montado pela PM, a cerca de 200 m da sede do governo, manifestantes queimaram um boneco, que representava o governador Sergio Cabral. Pouco tempo depois, pessoas mascaradas e vestidas de preto começaram a incitar gritos contra a PM: "Sem hipocrisia, a polícia mata pobre todo dia!"

Depois que o papa Francisco deixou o Palácio Guanabara, as grades que bloqueavam a rua foram derrubadas e a batalha começou. Os mascarados lançaram coquetéis molotov contra os policiais.