segunda-feira, 8 de julho de 2013

Vitória surpreendente – o tucano Roberto Asfora surpreendeu a muitos com a maioria folgada que conseguiu diante o seu opositor, Hilário Paulo, na eleição para o cargo de prefeito, que aconteceu neste domingo na cidade de Brejo da Madre de Deus. Mesmo considerado favorito por muitos, os mais de dois mil e quinhentos votos superou as expectativas até mesmo do “Jacaré” mais otimista.

O peso de São Domingos - o fato de Hilário ser natural de São Domingos não foi suficiente para que o grupo Boca-preta quebrasse a escrita de nunca vencer no distrito. A forma indiferente como o ex-prefeito Dr. Edson tratou São Domingos é considerado por muitos o principal motivo para que os “Jacarés” conseguissem mais que dobrar a diferença de votos, em relação a eleição de outubro de 2012.

Até na sede - sem sombra de dúvidas a maior surpresa na disputa brejense foi a vitória de Asfora na sede do município. Considerado até bem pouco tempo algo impossível, o grupo Boca-Preta perdeu uma hegemonia que já durava décadas.

Balanço - passada a eleição é hora de fazermos algumas análises, dentre elas, os nomes que saíram mais fortes e também os que perderam espaço diante a nova conjuntura política da região.

Mais fortes - o nome de Roberto Asfora naturalmente é apontado como o maior vencedor da disputa, no entanto, para Hilário a eleição não trouxe prejuízos políticos, já que diante o espaço que se abre de agora em diante em seu grupo ele já cacifa o seu nome para disputas futuras.

Mais fortes II - os nomes da política de Santa Cruz do Capibaribe também saem mais fortes depois da eleição brejense. Por mais que a disputa tenha atraído as atenções de todo o Estado, a Capital das Confecções foi de onde saíram as principais decisões e estratégias das duas candidaturas. Zé Augusto, Ernesto, Diogo Moraes e Edson Vieira protagonizaram os principais momentos da eleição brejense.

Mais fraco - o futuro do ex-prefeito Dr. Edson Souza ainda é uma incógnita. Sem mandato e sem perspectivas eleitorais para os próximos anos, a situação dele não das mais fáceis, já que outros nomes já externam a vontade de liderar o grupo e alçar voos mais altos em eleições futuras.

Zé estadual - nem mesmo a empolgação da vitória de Roberto Asfora fez com o que Zé Augusto Maia admitisse a possibilidade de disputar a reeleição para o cargo de deputado federal. Escorregadio como sempre ele simplesmente se negou a firmar posição em relação a eleição do ano que vem.

Zé estadual II - a despistada de Zé deixou claro para muitos que o seu projeto para 2014 é mesmo disputar uma vaga na ALEPE. A estagnação de seu patrimônio eleitoral seria o principal motivo para a mudança de rumo de sua carreira política que fará com o que ele entre em rota de colisão com o se sobrinho, Ernesto Maia, que tem se preparado para concorrer ao cargo de deputado estadual.

Dor de cabeça a vista - a peleja entre os Mais deverá ocasionar uma dor de cabeça para Roberto Asfora, que teve na eleição de ontem o apoio de Zé e Ernesto e poderá ter que escolher apenas um deles no próximo ano.

César Mello