sábado, 16 de dezembro de 2017

Legislativo e Judiciário antecipam recesso político em Brasília em meio a uma semana agitada

De um lado, um presidente da República operado, obrigado a jogar a toalha para a votação de uma reforma que não vai mais acontecer este ano. Do outro lado da praça, um Supremo Tribunal Federal que adiou para fevereiro o fim do julgamento sobre a autonomia da Polícia Federal negociar delações. Em meio aos dois poderes, no Congresso Nacional a conclusão de uma comissão parlamentar de inquérito que acabou em pizza ao querer punir investigadores e poupar investigados. 

Foi assim, em uma semana às vésperas do recesso de final de ano, que a cena política em Brasília deu início ao fechamento de 2017, pronta para encarar um 2018 com calendário de Carnaval, Copa do Mundo e eleições capaz de dominar a atenção dos brasileiros. 

Nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer voltou a Brasília depois de passar por um procedimento para desobstrução da próstata. Ficou dois dias de molho, articulou por telefone, o que não foi suficiente para colocar na pauta do plenário da Câmara o texto da reforma da Previdência que tanto quer ver aprovado. A expectativa agora é fevereiro de 2018. 

E no Supremo, ficou para fevereiro o término do julgamento sobre a manutenção da lei que autoriza a Polícia Federal a negociar delações premiadas. Até o momento, a Corte tem maioria de 6 votos a 1 a favor das delações negociadas pela PF, mas todos com divergências.

A missão do governo neste recesso será angariar no mínimo 308 votos, dos 513 deputados, para aprovar a reforma da Previdência. Ficará a cargo de Carlos Marun, agora no Palácio do Planalto, mobilizar seus colegas de férias e com Brasília vazia. Um final de ano e janeiro que prometem ser longos.

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