A TV morreu?!
Hoje se fala muito que a televisão,
aquela tradicional que fica no centro da nossa sala para assistir a programação
diária, morreu e tudo virou “tela”. Isso porque não precisamos mais seguir
àqueles horários certinhos que as emissoras programam para nos inteirarmos do
capítulo da novela, do telejornal, por exemplo, já que temos tudo isso
disponível na internet, e através de um dispositivo móvel ou um desktop
conseguimos assistir em qualquer horário.
Não há diferença em ver na televisão
ou no Youtube, o que vale hoje em dia é assistir onde e quando quiser. As
séries americanas, por exemplo, que milhares de pessoas acompanham, é só fazer
download e assistir na “tela” que desejar, sem precisar acompanhá-las naqueles
horários estipulados a cada semana por uma emissora da TV aberta ou fechada.
Outro exemplo é o Netflix
(www.netflix.com), em que o assinante paga R$ 16,90 por mês para assistir a
filmes e sériesde forma ilimitada em até três telas simultâneas. O conteúdo do
Netflix pode ser visto em mais de 1.000 tipos de gadget, como smartphones,
tablets, videogames, computadores e até sua TV. O vídeo é automaticamente
adaptado ao formato da tela escolhida.
E há ainda a previsão que a
televisão como a conhecemos hoje irá mudar completamente com o objetivo de aumentar
a interatividade entre os telespectadores. Já existem TVs conectadas à internet
– as Smart TV, mas essa parcela ainda não é tão significativa. Conforme pesquisa
feita pelo Ibope, 43% dos brasileiros conectados navegam na web enquanto
assistem televisão. Desses, 70% buscam mais informações sobre o que estão
vendo. Essa interferência da internet nos telespectadores já delineia o novo
modelo de se fazer televisão no país.
Se dermos uma olhada nos sites das
emissoras da TV aberta no Brasil já percebemos que eles estão oferecendo o
vídeo e a descrição completa do programa exibido horas ou até minutos antes,
mas com uma diferença, os usuários da internet têm à disposição também
conteúdos exclusivos.
Outra saída para atrair mais
telespectadores é disponibilizar canais como as redes sociais para que os
usuários expressem sua opinião. E esses comentários muitas vezes são exibidos
na tela, ao vivo.
E você está assistindo em que
“tela”?
Jornalista e professora
Mestre em História (UFCG)
Trabalho, pesquiso e ensino sobre mídias digitais
Email para contato,
sugestões e dúvidas (silvanatorquato@gmail.com)
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