quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Rodolfo Aragão é o primeiro candidato a prefeito entrevistado na Polo FM

Na manhã desta terça-feira (23) a rodada de entrevistas da Rádio Polo FM teve início, e o candidato a prefeito de Santa Cruz do Capibaribe pelo PSOL, Rodolfo Aragão, iniciou a série. Na entrevista, o radialista Ney Lima esteve realizando várias perguntas de caráter político e administrativo.

Vale lembrar que a sequência segue da forma na qual foi definida através de sorteio. Na quarta-feira (24) foi entrevistando o candidato Fernando Aragão (PTB), nesta quinta-feira (25) foi a vez do candidato Clodoaldo Barros (PMN) e amanhã, sexta-feira (26),será a oportunidade do candidato a reeleição Edson Vieira (PSDB).

Quem é Rodolfo Aragão?

Estudante de História na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e será a primeira vez que o mesmo vai à busca de um cargo público pelo Partido Solidariedade e Liberdade (PSOL). De família tradicionalmente ligada ao contexto político da cidade, Rodolfo já esteve militando nos dois polarizados grupos: boca-preta e taboquinha.

Recordação – Na entrevista, o mesmo fez questão de recordar as suas atuações dentro dos grupos políticos, onde foi assessor parlamentar do também candidato a prefeito pelo PTB, Fernando Aragão, trabalhando com o mesmo entre o período de 2004 e 2008. Ainda esteve junto com Edson Vieira (PSDB) quando o mesmo foi candidato a deputado estadual em 1998. “Eu estava dentro desses grupos, porém já sentia a necessidade de uma nova alternativa, uma visão que quebrasse esse revezamento de poder entre os grupos”, disse.

Mudanças? - Questionado sobre os pontos nos quais o mesmo deveria, caso eleito, modificar em sua gestão, Rodolfo disse que a redução do “inchaço” da máquina pública deve ser prioridade. “Não podemos deixar isso acontecer, o inchaço da máquina pública diminui os recursos destinados às ações de forma prioritária. Eu tenho a visão de que os grupos políticos não sobrevivem sem a prática da velha política, da animosidade, da não discussão política, sem proposições”, destacou.

Plano de Governo – Sobre seu Plano de Governo, o mesmo afirmou que esteve em duas reuniões, uma no Bairro da Palestina e outra no Bairro do Santo Agostinho, onde realizou junto à população da localidade, planos de ação que visa suprir as necessidades delas. “Eu estive com um grupo de pessoas dessas localidades e nos foi repassado vários raios-X do que a cidade precisa”, explicou.

Secretarias – Perguntado se o mesmo, caso eleito, diminuiria a quantidade de secretarias, o mesmo foi categórico e disse que, precisaria de um estudo melhor. “Não sei se em primeiro momento eu diminuiria a quantidade de secretarias administrativas, pois acredito que todas as existentes têm um papel fundamental, porém acho que a de Cultura e Educação poderia ser uma só, e isso já uniria as duas”.

“Trampolim Político” – Perguntado se o seu interesse em sair candidato nessas eleições teria como pensamento construir melhores perspectivas de crescimento em um dos dois maiores grupos na cidade, a exemplo de candidaturas que migraram, como a última de Cleiton Barbosa, Rodolfo garantiu que não tem projeto pessoal e que irá manter a sua intenção, mesmo em caso de não eleição. “A única forma de garantir é a minha palavra e a do PSOL, nosso projeto é um projeto que não é pessoal, é coletivo, é de partido”.

Dia-a-dia da campanha – Sem colocar o bloco na rua, o candidato ressaltou que à falta de material de campanha, é o que faz com que suas andanças fiquem um pouco mais discretas. “Temos visitado algumas pessoas, não fizemos nada de caminhada, e material de campanha ainda virá de Recife, pois o pessoal vai ajudar a gente, pois não temos dinheiro. Quando recebemos o material, nós vamos intensificar as movimentações. Não é diariamente, pois não temos apoio financeiro e isso dificulta. Quem tem dinheiro já vê o que é, imagina quem não tem grana. Não faremos nenhuma loucura, pois não temos essa condição”, afirmou.

Falta de base na Câmara – Com apenas uma candidatura do partido ao cargo de vereador, Rodolfo Aragão elencou as dificuldades que pode enfrentar sem uma base consolidada na Casa José Vieira de Araújo. “A Câmara está para fiscalizar, é independente, e eu tenho certeza que com a população e a imprensa de nosso lado, nenhum vereador que não seja diretamente ligado ao grupo vá votar contra algo benéfico para a cidade”, citou.

Polêmicas – Rodolfo Aragão afirmou que caso seja eleito, trabalhará para implantar nas Escolas Municipais a discussão de gêneros e práticas de forma mais consistentes de atividades voltadas para a cultura e debates políticos.

Outra polêmica discutida foi sobre o armamento da Guarda Civil Municipal. Rodolfo disse que é contra esse projeto, e afirmou porque não colocaria o mesmo em prática. “É uma questão complicada. Não acho que a questão da violência seja só o armamento. É mais complexa. Sou contra o armamento da Guarda, mesmo com treinamento e capacitações. Não é atribuição da Guarda andar armada. Quem tem que estar é a polícia, que tem treinamento e cultura de repressão”, afirmou.

Propostas

Sem experiência política e administrativa, Rodolfo Aragão comentou as respeito das prioridades que enxerga para a cidade algumas áreas  do setor público.

Programas - Rodolfo comentou sobre a implantação do Cidade Lazer, onde ele apontou que é um bom programa, porém tem falhas que precisam ser corrigidas. “É um ótimo programa de lazer, porém pessoas que moram em bairros mais afastados não podem se deslocar até a Avenida 29 de dezembro para usufruir desse espaço, e que eu na prefeitura, implantarei também o Cidade Lazer no Jaçanã e no Santo Agostinho, além de levá-lo a bairros distintos”.

Saúde – Questionado sobre os investimentos que pretende colocar na área relacionada à saúde do município. Rodolfo disse que não sabe exatamente qual o percentual que seria colocado, tendo em vista que o mesmo afirmou que irá estudar de forma mais detalhada.

Transporte Público – Rodolfo disse que irá lutar para conseguir a implantação de linhas de transportes públicos. “É uma de minhas ideias, a cidade carece muito desse tipo de serviço. Pessoas precisam se deslocar a vários locais e com a ausência disso fica difícil que a cidade possa evoluir”.

No encerramento de sua fala, o candidato aproveitou para questionar, a população, sobre as necessidades que elas obtêm e se as mesmas estariam satisfeitas com as formas de administração do azul e vermelho. “Você que me ouve, está satisfeito com a saúde, com a segurança, com educação e com questões fundamentais? Se não. Analisem, entendam a minha mensagem, e se obter êxito, iremos mostrar tudo isso na prática”, concluiu.


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