Rodolfo Aragão é o
primeiro candidato a prefeito entrevistado na Polo FM
Na manhã desta terça-feira (23) a rodada de entrevistas da Rádio Polo FM
teve início, e o candidato a prefeito de Santa Cruz do Capibaribe pelo PSOL,
Rodolfo Aragão, iniciou a série. Na entrevista, o radialista Ney Lima esteve
realizando várias perguntas de caráter político e administrativo.
Vale lembrar que a sequência segue da forma na qual foi definida através
de sorteio. Na quarta-feira (24) foi entrevistando o candidato Fernando Aragão
(PTB), nesta quinta-feira (25) foi a vez do candidato Clodoaldo Barros (PMN) e amanhã,
sexta-feira (26),será a oportunidade do candidato a reeleição Edson Vieira
(PSDB).
Quem é Rodolfo
Aragão?
Estudante de História na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e será
a primeira vez que o mesmo vai à busca de um cargo público pelo Partido
Solidariedade e Liberdade (PSOL). De família tradicionalmente ligada ao
contexto político da cidade, Rodolfo já esteve militando nos dois polarizados
grupos: boca-preta e taboquinha.
Recordação – Na entrevista, o
mesmo fez questão de recordar as suas atuações dentro dos grupos políticos,
onde foi assessor parlamentar do também candidato a prefeito pelo PTB, Fernando
Aragão, trabalhando com o mesmo entre o período de 2004 e 2008. Ainda esteve
junto com Edson Vieira (PSDB) quando o mesmo foi candidato a deputado estadual
em 1998. “Eu estava dentro desses grupos, porém já sentia a necessidade de uma
nova alternativa, uma visão que quebrasse esse revezamento de poder entre os
grupos”, disse.
Mudanças? - Questionado sobre
os pontos nos quais o mesmo deveria, caso eleito, modificar em sua gestão,
Rodolfo disse que a redução do “inchaço” da máquina pública deve ser
prioridade. “Não podemos deixar isso acontecer, o inchaço da máquina pública
diminui os recursos destinados às ações de forma prioritária. Eu tenho a visão
de que os grupos políticos não sobrevivem sem a prática da velha política, da
animosidade, da não discussão política, sem proposições”, destacou.
Plano de Governo – Sobre seu Plano de
Governo, o mesmo afirmou que esteve em duas reuniões, uma no Bairro da
Palestina e outra no Bairro do Santo Agostinho, onde realizou junto à população
da localidade, planos de ação que visa suprir as necessidades delas. “Eu estive
com um grupo de pessoas dessas localidades e nos foi repassado vários raios-X
do que a cidade precisa”, explicou.
Secretarias – Perguntado se o
mesmo, caso eleito, diminuiria a quantidade de secretarias, o mesmo foi
categórico e disse que, precisaria de um estudo melhor. “Não sei se em primeiro
momento eu diminuiria a quantidade de secretarias administrativas, pois
acredito que todas as existentes têm um papel fundamental, porém acho que a de
Cultura e Educação poderia ser uma só, e isso já uniria as duas”.
“Trampolim Político” – Perguntado se o
seu interesse em sair candidato nessas eleições teria como pensamento construir
melhores perspectivas de crescimento em um dos dois maiores grupos na cidade, a
exemplo de candidaturas que migraram, como a última de Cleiton Barbosa, Rodolfo
garantiu que não tem projeto pessoal e que irá manter a sua intenção, mesmo em
caso de não eleição. “A única forma de garantir é a minha palavra e a do PSOL,
nosso projeto é um projeto que não é pessoal, é coletivo, é de partido”.
Dia-a-dia da campanha – Sem colocar o
bloco na rua, o candidato ressaltou que à falta de material de campanha, é o
que faz com que suas andanças fiquem um pouco mais discretas. “Temos visitado
algumas pessoas, não fizemos nada de caminhada, e material de campanha ainda
virá de Recife, pois o pessoal vai ajudar a gente, pois não temos dinheiro.
Quando recebemos o material, nós vamos intensificar as movimentações. Não é
diariamente, pois não temos apoio financeiro e isso dificulta. Quem tem
dinheiro já vê o que é, imagina quem não tem grana. Não faremos nenhuma
loucura, pois não temos essa condição”, afirmou.
Falta de base na
Câmara – Com apenas uma candidatura do partido ao cargo de vereador, Rodolfo
Aragão elencou as dificuldades que pode enfrentar sem uma base consolidada na
Casa José Vieira de Araújo. “A Câmara está para fiscalizar, é independente, e
eu tenho certeza que com a população e a imprensa de nosso lado, nenhum vereador
que não seja diretamente ligado ao grupo vá votar contra algo benéfico para a
cidade”, citou.
Polêmicas – Rodolfo Aragão afirmou
que caso seja eleito, trabalhará para implantar nas Escolas Municipais a
discussão de gêneros e práticas de forma mais consistentes de atividades
voltadas para a cultura e debates políticos.
Outra polêmica discutida foi sobre o armamento da Guarda Civil
Municipal. Rodolfo disse que é contra esse projeto, e afirmou porque não
colocaria o mesmo em prática. “É uma questão complicada. Não acho que a questão
da violência seja só o armamento. É mais complexa. Sou contra o armamento da
Guarda, mesmo com treinamento e capacitações. Não é atribuição da Guarda andar
armada. Quem tem que estar é a polícia, que tem treinamento e cultura de
repressão”, afirmou.
Propostas
Sem experiência política e administrativa, Rodolfo Aragão comentou as
respeito das prioridades que enxerga para a cidade algumas áreas do setor público.
Programas - Rodolfo comentou
sobre a implantação do Cidade Lazer, onde ele apontou que é um bom programa,
porém tem falhas que precisam ser corrigidas. “É um ótimo programa de lazer,
porém pessoas que moram em bairros mais afastados não podem se deslocar até a
Avenida 29 de dezembro para usufruir desse espaço, e que eu na prefeitura,
implantarei também o Cidade Lazer no Jaçanã e no Santo Agostinho, além de
levá-lo a bairros distintos”.
Saúde – Questionado sobre
os investimentos que pretende colocar na área relacionada à saúde do município.
Rodolfo disse que não sabe exatamente qual o percentual que seria colocado,
tendo em vista que o mesmo afirmou que irá estudar de forma mais detalhada.
Transporte Público – Rodolfo disse que
irá lutar para conseguir a implantação de linhas de transportes públicos. “É
uma de minhas ideias, a cidade carece muito desse tipo de serviço. Pessoas
precisam se deslocar a vários locais e com a ausência disso fica difícil que a
cidade possa evoluir”.
No encerramento de sua fala, o candidato aproveitou para questionar, a
população, sobre as necessidades que elas obtêm e se as mesmas estariam
satisfeitas com as formas de administração do azul e vermelho. “Você que me
ouve, está satisfeito com a saúde, com a segurança, com educação e com questões
fundamentais? Se não. Analisem, entendam a minha mensagem, e se obter êxito,
iremos mostrar tudo isso na prática”, concluiu.
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