SENADO OU GOVERNO? E AGORA,
JOÃO PAULO?
O deputado federal João
Paulo (PT-PE) tem um dilema pela frente. De um lado, o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva o escolheu para ser um dos quatro novos senadores que ele
pretende eleger a todo custo. Do outro, o parlamentar pernambucano tem
conseguido algo até então inédito no PT pernambucano, conseguir unir o partido
- que encontra-se rachado internamente desde as últimas eleições municipais –
em torno de uma candidatura própria para disputar o Governo do Estado.
O fato de Lula querer eleger
quatro senadores, na marra, conforme noticiado pelo colunista de O Globo,
Ilimar Franco (José Guimarães – CE, Fátima Bezerra – RN, Marcelo Déda – SE, e
João Paulo – PE), altera significativamente o cenário das eleições
pernambucanas em 2014.
Com o partido rachado e sem
conseguir a união interna, a avaliação é que a legenda deverá se unir a outra
sigla visando construir um palanque forte para a reeleição da presidente Dilma
Rousseff (PT) e para enfrentar o candidato que deverá ser escolhido pelo
governador Eduardo Campos (PSB) para sucedê-lo no Palácio do Campo das
Princesas.
A principal opção petista
nesta linha seria fechar aliança com o PTB, que tem no senador Armando Monteiro
Neto o seu pré-candidato ao Governo do Estado.
Como o PTB nacional está
alinhado com a reeleição da presidente Dilma, manter esta composição em nível
estadual seria o caminho mais fácil e seguro para o PT, que ainda poderia levar
a vice em uma chapa resultante desta aliança.
Com João Paulo candidato ao
Senado, o caminho para uma união entre as legendas é uma possibilidade que se
vislumbra como uma grande possibilidade de se tornar realidade. Outra
alternativa seria João Paulo ser indicado para vice e o deputado federal
Eduardo da Fonte (PP), ser o escolhido para concorrer ao cargo de senador.
Caso o PT faça a opção por
uma candidatura própria, a situação tende a se complicar. Não se sabe qual
seria a força real de ter dois palanques disputando espaço com o candidato que
venha a ser indicado pelo governador, que tem altos índices de aprovação em
todas as regiões do Estado.